[31] O reencontro

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Quando a noite chegou, o movimento dentro do bar aumentou ainda mais. Muitos alfas que não tinham dinheiro suficiente para pagar um profissional do sexo, tentavam aquecer seus corpos com o calor das bebidas alcoólicas.

Apenas quando a maioria já havia ido embora, os membros da tripulação se reuniram em algumas mesas próximas. Não todos, pois alguns acabaram se embebedando e não estavam em condições de estarem  em uma reunião.

Muitos dos clientes também eram hóspedes do lugar, desse modo não era possível expulsá-los com o fechamento da taberna. Bangchan estava com um véu cobrindo metade da face, deixando apenas os olhos de fora. E quando viu que Jisung não estava presente, logo tratou de se sentar de frente para Minho e retirar o tecido que escondia seus machucados e hematomas.

— Nossa, o que aconteceu com seu rosto? — Jeongin questionou tentando disfarçar a cara de riso, já sabendo o que havia acontecido.

Posso falar logo de uma vez? — Bangchan indagou fingindo voz de choro, para que o Capitão ficasse com pena. — Eu só quero voltar para meu cantinho e esquecer dessa agressão covarde.

— Não teve nada de covarde, Jisung também é um ômega. — Disse Scott.

— Um lúpus. — Bangchan acrescentou.— Você esqueceu disso, ele tem mais força do que eu.

Para de drama Christopher, todos já sabemos que você mereceu. — Félix disse já sem paciência.

Sem falar que Jisung ainda vivia sob as asas do pai até praticamente ontem, gente. É um neném. — Moonbyul articulou. — E você pelo que sei, não passa de uma ratazana velha que já passou pelos piores esgotos do mundo.

— Se fosse eu, teria rasgado a garganta dele. — Hyunjin disse calmamente.

— Eu não vim aqui para ser humilhado.— Bangchan se levantou fazendo drama.

Ele não estava sentido por falarem com ele daquele jeito, já lhe falaram coisas piores. Sua intenção era apenas que o Capitão o defendesse.

— Sente-se. — Lee ordenou friamente. — Deixem ele falar de uma vez.

Todos se calaram e deixaram que Bangchan contasse tudo que sabia sobre Alma Negra e sua tripulação. Não foi bem uma defesa, mas Minho estava ali por causa dele, mandou que todos se calassem apenas para ouvi-lo falar.

Bangchan respirou fundo, com um sorriso campeão no rosto, e quando abriu a boca para falar, o olhar do Capitão se dirigiu as escadas quando Jisung apareceu, descendo-as. Assim como Minho, a tripulação também observou o ômega descer cada degrau, se aproximar e sentar de lado, no colo do Capitão. Ele cruzou os braços em seu pescoço, ignorando totalmente a presença de Bangchan, que estava com seus olhos em chamas.

— Minho eu estou cansado, vou dormir porque amanhã quero acordar bem disposto para comprar mais algumas coisas. — Jisung falou, com voz manhosa. — Boa noite, gatinho.

Percebendo com o canto dos olhos que Bangchan pretendia falar alguma coisa, Minho ergueu a mão para que ele ficasse quieto. Ele abraçou o loiro pela cintura e o beijou. E não foi um simples beijo. Ele foi quente e demorado. Ninguém ousou interromper.

— Boa noite, neném. Daqui a pouco eu subo. — Lee disse, deixando mais alguns beijinhos nos lábios do ômega.

Estou te esperando em nossa cama. — Jisung abraçou o Capitão uma última vez, se levantou e deu um "tchauzinho" para Jeongin, Félix e Hwasa, que estavam sentados um ao lado do outro.

O silêncio permaneceu até que o ômega lúpus subisse as escadas e entrasse em seu quarto.

— Caralho. — Moonbyul articulou abanando-se com uma das mãos. — Está quente aqui ou sou apenas eu?

Black Swan • MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora