Desde cedo, sempre tive tudo o que queria. Aprendi que sobrenome e poder são suficientes para me levarem ao topo, e que todos cairiam aos meus pés. Mas será que isso também é valido no amor?
Sydney Rodriguez Crawford é amigo e sócio do meu pai, ele...
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Paris
Durante todo o percurso da viagem, aproveitei para refletir sobre o que havia acontecido. Tudo estava indo tão bem, minha relação com o Ravi estava finalmente funcionando. Mas parece que recebi um balde de água fria. Desde o beijo que eu e Zoe tivemos, percebi que ele não ficou satisfeito com meu pedido de desculpas. Não nos tornamos inimigos, nosso pai deixou bem claro que nos mataria se isso acontecesse um dia. Bem, eu prefiro não duvidar. Nosso pai já exterminou boa parte da China, imagine seus dois filhos. Dei uma risadinha imaginando a cena. Olhei para a janela do jatinho e vi um céu azul nebuloso. Talvez fosse melhor ficar longe por esses dias. Não quero criar mais problemas para Zoe e Ravi, pois eles merecem a felicidade. Já a minha? Bom, vou ver o que Paris reserva para mim.
Chegamos atrasados, se não fosse o jatinho particular do tio Syd, provavelmente não chegaríamos a tempo. Peguei minha mala, eu e Liam e saímos correndo em direção ao evento. Avistamos uma limusine com um motorista que estava nos esperando. Eu sabia que o tio tinha muito dinheiro, mas não contava com tanto luxo. Ele disse que a viagem seria por conta dele, e vi o quanto ele está disposto a gastar. Pois bem, aproveitarei todas as regalias, dinheiro e conforto é comigo mesmo, eu não abro mão. Sentamos no banco luxuoso da limusine, Liam me olhou sorrindo, fiquei mais aliviado por vê-lo mais animado, pois ele estava muito triste depois do jantar em que ele beijou a Hanna. Deus é testemunha de que fiz de tudo para animá-lo. Foi difícil mas meu amigo aos poucos estava voltando a ser como era antes e isso me deu mais motivação. Meu instinto investigativo era forte, mantive em mente que precisava procurar a fundo. Tio Syd estava me pagando uma fortuna para descobrir que tipo de narcótico o Liam estava usando. Liam não me contou nada, já tentei puxar assunto, perguntar se ele conhece alguém que venda, mas ele sabe que eu nunca usaria drogas, então ele finge demência. Saí dos meus devaneios e me servi uma taça de champanhe e entreguei uma para Liam que tomou aliviado, ele estava empolgado contando tudo que ele queria fazer em paris comigo. Era a primeira vez em que viajamos juntos, geralmente ele sempre viaja com o tio Syd e eu com o meu pai. Temos o costume de nos encontrarmos sempre no local, mas dessa vez era diferente. Estávamos sozinhos e sei o peso da confiança que o tio Syd depositou em mim. Eu preciso por na cabeça que essa viagem não era algo para me divertir, eu precisava investigar meu amigo, eu tenho que descobrir o que ele esconde. Liam pegou a garrafa de champanhe para se servir novamente, instantaneamente puxei de sua mão derrubando um pouco do líquido no carpete da limousine. Liam franziu o cenho e logo me apressei para me retratar.
— É melhor não beber muito, já estamos atrasados. Quando o desfile acabar a gente se esbalda e faz aquela festinha.
— Porra, por um minuto achei que você pegaria no meu pé.
— Ei! Está me achando com cara de velho? Sou seu pai por acaso? — Disfarcei. Liam sorriu e eu ri em seguida. Ele me deu um soco no ombro e revidei. A limousine parou e saímos às pressas. Uma mulher de cabelo curto e óculos redondos veio correndo em nossa direção. Ela pegou no meu pulso e no do Liam e começou a nos arrastar.