"O que eu fiz?"

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Anteriormente

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Anteriormente...

Podia sentir o cheiro de metal do sangue. Ele estava se cortando de novo. Não pensei duas vezes antes de bater na porta.

(S/N): - Jimin, abre a porta. - não tive resposta. Estava tão preocupada que não esperei, fui buscar a chave reserva na gaveta e destranquei, revelando aquele Jimin de anos atrás. Frágil e sensível.

Ele estava com os braços cheios de sangue e os olhos inchados de tanto chorar. Corri para abraçá-lo e ele desabou em meu ombro, enquanto eu acariciava suas costas numa tentativa de acalmá-lo.

(S/N): - Ei, meu amor, vai ficar tudo bem. - ele não respondeu, apenas chorou. Ele estava se sentindo culpado. Sabia que cedo ou tarde a depressão dele ficaria pior. Ele parecia tão bem antes. Como pude não perceber o que estava acontecendo? Ele não gritou comigo só porque ficou com raiva, mas porque a depressão estava o afetando mais - Calma.

JM: - Me... me desculpe... eu nã... não quis... - ele falou entre soluços.

(S/N): - Está tudo bem... eu te entendo, agora entendo.

JM: - Mas...

(S/N): - Vem, vamos apenas cuidar disso. - apontei para os seus cortes.

Peguei o antisséptico e curativos. Limpei tudo com muito cuidado e coloquei os curativos. Ele tinha se cortado demais. Sempre que eu via seus cortes estavam apenas na região do pulso, mas dessa vez ele fez nos braços todos.

O ajudei se levantar e o levei até a cama. O cobri e ele logo fechou seus olhos, então tratei de esconder a caixa. Não contaria agora, ele está passando por tanta coisa. Acho que isso só pioraria.

Coloquei a caixa embaixo da cama e me deitei ao lado de Jimin, colocando sua cabeça em meu peito.

Me sinto muito mal quanto a sua depressão. Não sabia que estava tão ruim assim, ele não demonstrava isso. Sorria mesmo estando triste. Queria que ele tivesse me contado o que estava acontecendo. Queria que ele confiasse em mim, mas que seja, eu o amo e não vou deixá-lo.

(S/N): - Eu te amo. - disse, deixando um selar em sua testa.

Agora...

(S/N) P.O.V.s ON

Acordei com a luz invadindo o quarto. Olhei para o meu lado, mas não vi Jimin, então me levantei e fui procurá-lo. Não conseguia achá-lo, quase desisti da minha procura, mas vi a sombra de alguém embaixo do balcão da cozinha.

Ele estava de costas, não me viu. Tinha certeza do que se tratava, a mesma coisa de ontem à noite. Ele estava chorando novamente e quando meu olhar caiu sob suas roupas, quase me desequilibrei. Estavam vermelhas pelo sangue. Corri em sua direção e ele afundou sua cabeça entre meus seios. Agachei ao seu lado e o abracei, confortando o máximo que podia.

O silêncio era presente, mas isso não nos incomodava, muito pelo contrário, não precisávamos de palavras, apenas do conforto um do outro. Fiz carinho em seus cabelos, tentando passar certa confiança.

O depressivo (Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora