"Tenho medo de me deixar quando eu contar quem sou"

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Anteriormente

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JE: - Até depois. - e me deu um forte abraço.

(S/N): - Até.

Tiveram que me colocar no soro, porque estava fraca e precisava "melhorar logo", então foi bem mais trabalhoso me locomover. Jimin já estava de volta ao quarto 254, mas ainda dormia. Não sabia até quando, mas espero que ele acorde logo.

Me juntei à ele na cama grande e espaçosa, deitando ao seu lado. Contemplei seu rosto. Uma beleza única e especial. Pode não ser o homem mais bonito do mundo, mas é o meu.

Agora...

(S/N) P.O.V.s ON - Dois meses depois

Tem dois meses que parei de estudar. Dois meses que quase não tenho comido. Dois meses com o mínimo de esperança que fosse. E dois meses com aquela dor no coração.

Tenho vivido no hospital. Venho de manhã bem cedo e só vou embora tarde da noite. Tem vezes que passo a noite aqui e não saio por nada. Uma parte de mim ainda acredita que ele vai acordar e tudo vai voltar a ser como era antes, mas a outra parte acredita no que os médicos vem dizendo e isso é algo que eu não queria que estivesse acontecendo.

Tem mais de dois meses que o Jimin está em coma e os médicos já perderam as esperanças de que um dia ele possa acordar. Disseram que se ele não acordar em uma semana, vão desligar os aparelhos e vou perdê-lo para sempre.

(S/N): - Jimin... você precisa acordar. Eu preciso de você do meu lado, sorrindo e sendo feliz. Não sabe o quanto me dói te ver assim, em uma cama de hospital.

Emagreci muito e tinha me tornado um corpo sem vida. Estava sem rumo e não tinha ideia do que fazer sem o Jimin na minha vida, que havia se tornado um caos total. Chorava todos os dias e implorava para que qualquer deus pudesse fazê-lo voltar para mim.

Minha mãe já estava "melhorando", digo, teve alta para voltar para casa, mas não está totalmente boa. O câncer dela não melhorou e nem piorou, está estabilizado por enquanto... Tem tantas coisas me rodeando e tenho medo das consequências que elas podem me trazer.

Me obriguei a fitar Jimin mais uma vez, um simples ato que me enchia de dor.

(S/N): - Jiminie... preciso voltar para casa, mas volto antes que perceba que eu saí daqui. - dei um beijo em sua testa e, em seguida, em seus lábios.

Precisava tomar um banho e tentar relaxar, mas o noticiário na televisão da entrada prendeu minha atenção. Todos olhavam para o mesmo que eu. Surpresos e assustados, assim como eu.

"Na madrugada de hoje foi encontrado o corpo de uma mulher, na casa dos 50 anos, com marcas de esfaqueamento e enforcamento. As câmeras de segurança mostram que um homem invadiu a casa por volta das duas da madrugada e a mulher estava sozinha, dormindo. Acordou com barulhos e, quando se levantou para ver o que era, foi violentada e morta. A identidade da vítima deve permanecer em sigilo e, apenas se a família permitir, levaremos à público. E foi confirmado que a vítima tem apenas um parente de sangue e é sua filha, que faz faculdade em Seul. A polícia está tentando entrar em contato com a jovem, mas não houve sinais de retorno.

O depressivo (Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora