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Olho para escada e vejo Sati saindo irritada

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Olho para escada e vejo Sati saindo irritada.

— O que deu nela? — Thiaguinho perguntou.

— Eu não sei, sinto que ela tá me escondendo alguma coisa. — Falo.

— A Saturno nunca gritou com a gente, muito menos por uma besteira assim. — Gabriel concluiu.

— Será que ela tá grávida?

Olhamos para Neymar e frazo o cenho.

— Quê?

— Quando a Carol tava grávida do Davi, ela ficava muito estressada, até com besteira. Talvez ela já saiba que tá gravida e quer te fazer uma surpresa. — Neymar disse.

Será?

O jeito que ela se assustou quando Fernanda falou sobre, depois ela perguntou se eu queria um filho... De repente, tudo fez sentindo.

— Meu Deus! Eu vou ser pai? — Pergunto em choque.

— Coitada da criança. — Sussurrou Ney, e dei um tapa na sua cabeça. — Au.

— Eu vou ser o padrinho! — Medina falou rapidamente.

— Ah, não vai não!

Os meninos começaram a discutir sobre quem seria o padrinho, mas não me concentrei nisso.

Eu vou ser pai!

✍︎

Dou dois toques na porta e não obtenho resposta. Mesmo assim, abro e olho para minha esposa que está deitada na cama.

Me aproximo cautelosamente e deito ao seu lado.

— Sei que está acordada. — Digo. — Tenho um presente pra você.

— Desculpa por hoje. — Sussurrou baixo.

— Tudo bem, os meninos entenderam que você está cansada.

A morena se vira para mim e percebo que ela havia chorado.

— E o meu presente? — Perguntou, sorrindo minimamente.

Entrego a caixa para ela, e a mesma pega rapidamente.

— É pesado. — Constatou.

Assinto e vejo ela se ajeitar na cama e abrir a caixa. Seu sorriso aumentou, o que também me fez sorrir.

— Um livro?

— Um livro. Ele está todo em branco, você pode fazer o que quiser com ele. — Falo, e ela deixa um beijo em minha bochecha.

— Eu adorei! — Disse, animada. Logo depois, voltou a ficar quieta. — Desculpa mais uma vez, eu só... Estou frustrada por não conseguir escrever.

Só isso mesmo?

— Vamos fazer um combinado. — Proponho. — Essa é minha última semana em casa antes de começar a me preparar para as olimpíadas, então vamos aproveitar, só nós dois, depois você volta a tentar escrever.

— É uma ótima idéia. — Disse.

Ficamos abraçados e em silêncio.

— Pode fazer cafuné em mim? — Perguntou.

Ela está muito pra baixo, será que não quer mais um bebê e por isso está assim?!

Mesmo com essa dúvida, faço cafuné até que ela pegue no sono. A observo até sentir meus olhos pesarem e dormir também.

 A observo até sentir meus olhos pesarem e dormir também

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Confusa, olho ao redor quando acordo.

Um homem está deitado ao meu lado e um de seus braços estão envolta de mim. Tiro sua mão, assustada e tento reconhecer o cenário ao meu redor.

Me esforço para lembrar de qualquer coisa que seja e suspiro quando reconheço o tal homem.

Bruno.

Meu esposo.

Também começo a me lembrar vagamente dos acontecimentos do dia anterior. Alzheimer.

Não me surpreende eu estar tão confusa, o médico disse que isso iria começar a acontecer com mais frequência.

Me levanto e tropeço num livro. Um presente dele. Lindo. Passo minha mão por ele e de repente tenho uma idéia.

Minha única esperança para não esquecê-lo, é deixar nossos momentos registrados. E começarei a fazer isso imediatamente.

✍︎ ✍︎ ✍︎
𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐 𝒃𝒆𝒃𝒆̂ 𝒏𝒂̃𝒐 𝒈𝒂𝒏𝒉𝒐𝒖 𝒐 𝒐𝒖𝒓𝒐 :(
𝒎𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒇𝒆́ 𝒆𝒎 𝑫𝒆𝒖𝒔, 𝒐 𝒃𝒓𝒐𝒏𝒛𝒆 𝒗𝒆𝒎!!!

𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺𝗌 𝗆𝖾𝗆𝗈́𝗋𝗂𝖺𝗌 ✍︎ 𝖻𝗋𝗎𝗇𝗂𝗇𝗁𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora