— E se você tiver se fazendo de bonzinho e na verdade querer me matar e vender meus órgãos? — Perguntou Saturno com os olhos estreitos em minha direção.
— Achei que já estivéssemos estabelecido uma grande amizade, e que você confiasse em mim. — Falo.
Eu tinha chego a uma conclusão.
Não importava se em todas as manhãs a minha esposa esquecesse de tudo, eu me apaixonaria por ela todos os dias.
Pois era exatamente o que vinha acontecendo.
Todos os dias, eu contava algumas das nossas histórias pra ela.
Todos os dias, cozinhava para nós enquanto fazia alguma palhaçada só para ver seu sorriso.
E, todos os dias, eu me apaixonava por ela.
Ela deu de ombros e continuamos andando.
— Já chegamos? Eu estou cansada de tanto andar. — Resmungou.
Algo que não mudaria nunca, a sua preguiça.
Rio e me sento no chão do Monte.
— Chegamos.
Ela me olhou confusa.
— Você literalmente me trouxe para o meio do nada? — Perguntou, indignada.
Afirmo com a cabeça e ela senta ao meu lado contrariada.
— Você ama estrelas. — Digo.
— Sério?
— Sim, nós sempre víamos aqui para vê-las. Acho que você tem uma certa conexão com a galáxia, afinal, seu nome é de um planeta.
— Eu sinto muito, Bruno. — Disse em um sussurro.
— Como?
— Dá pra ver pelo seus olhos o quanto você me ama. O quanto você ama a antiga eu. Queria poder te ajudar de alguma forma. — Falou.
— Você pode. — Respondo-a.
— De que jeito?
— Fazendo um pedido. — Aponto para o céu.
E de repente, começa uma chuva de meteoros. Ou mais conhecida como, estrelas cadentes.
No mesmo instante, Saturno fecha os olhos com força e faz seu pedido.
Também fecho os olhos e desejo.
Desejo o impossível, segundo os médicos.
Desejo o que todos dizem para eu não esperar.
Desejo que a minha Saturno volte para mim.
— Espero que meu desejo se realize. — Sussurrou Sat, então abri os olhos.
— E qual foi o seu desejo? — Pergunto, interessado.
— Se eu te contar, não vai se realizar. — Disse e sorriu irônica.
— Então está bem. — Respondo e volto a olhar as estrelas.
— Eu... — Sat começa a falar, mas ela mesma se interrompe colocando a mão na cabeça.
— Você tá bem? — Pergunto preocupado, e me levanto.
— Tá doendo! — Resmungou e pela sua careta, aparentemente a dor veio mais forte.
Ela fica de pé, mas antes que possamos fazer alguma coisa, ela cai em meus braços. Desacordada.
— Saturno? Sat, acorda!!! — Falo desesperado.
Pego ela no colo e vou até o carro, nos levando para o hospital.
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Ando de um lado para o outro, muito nervoso.
Meus pais, minhas irmãs e minha sogra já estão comigo no hospital. Trouxe Saturno o mais rápido que pude, e não tive notícias dela desde que a mesma entrou na sala de emergência.
— Ai, Luisa! Você fez xixi na roupa? Poderia ter ido ao banheiro! — Falou Vitória.
No mesmo momento eu gelei.
— Eu vou parir! — Foram as únicas palavras que saíram da boca da minha irmã antes da minha mãe sair gritando pelo hospital.
— Minha filha está dando a luz, alguém me ajuda! — Gritou Vera.
Sento na cadeira mais próxima, crendo que teria um infarto ali mesmo.
— Eu acho que o Bruno tem que ir pra emergência também. — Disse Vitória mais uma vez.
— Vitória! Guarde seus comentários para você. — Repreendeu minha madrasta.
— Meninas, vão com a Vera e a Luisa, eu fico com o Bruno. — Meu pai falou e todas foram saindo.
No mesmo instante, o médico chegou.
— Acompanhante de Saturno Rezende? — Perguntou e eu me levantei.
— Sou eu! Como ela está? — Pergunto.
— Melhor você ver com seus próprios olhos. — Respondeu ele e me guiou até o quarto que ela estava.
Quando entrei, ela olhou para mim e sorriu aliviada.
— Bruno, meu amor, pode me explicar o que está acontecendo? — Perguntou.
A minha Saturno voltou. Então, desabei em lágrimas.
Obrigado, estrela cadente.
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vocês mandam e eu obedeço!!!
não sei se perceberam, mas troquei a avatar da saturno, é isso.
fic nova do coutinho no meu perfil, e as duas fics estão ligadas! 🤍
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𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺𝗌 𝗆𝖾𝗆𝗈́𝗋𝗂𝖺𝗌 ✍︎ 𝖻𝗋𝗎𝗇𝗂𝗇𝗁𝗈
Fanfiction✈︎ 𝚘𝚗𝚍𝚎 𝚜𝚊𝚝𝚞𝚛𝚗𝚘 𝚎𝚜𝚌𝚛𝚎𝚟𝚎 𝚜𝚞𝚊𝚜 𝚖𝚎𝚖𝚘́𝚛𝚒𝚊𝚜 𝚌𝚘𝚖 𝚋𝚛𝚞𝚗𝚒𝚗𝚑𝚘, 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚗𝚊̃𝚘 𝚎𝚜𝚚𝚞𝚎𝚌𝚎̂-𝚕𝚘. ✍︎ 𝖿𝗂𝗇𝖺𝗅𝗂𝗓𝖺𝖽𝖺 ✍︎