Quando a ar lhes faltou, separaram-se o suficiente para que pudessem respirar. Com as testas coladas, roçaram o nariz um no outro. Ele se afastou um pouco mais para a mirar nos olhos e ver ali o brilho que faltava em sua vida. Arrebatado pela emoção que se instalara nele, não se conteve ao externar para ela a declaração que sempre quis falar.
- Eu te amo. – Arthur observou o rosto da mulher a sua frente. Assistiu quando ela fechou os olhos e os abriu, como se quisesse confirmar que aquele momento era real. – Volta para mim, por favor.
A súplica tão carregada de amor a embeveceu e ali, naquele segundo, dentro daquele carro, no colo dele, ela aceitou que todas as ressalvas que tinha já não existiam mais.
- Eu também te amo, seu bobo.
A feição dela confirmava o peso das palavras ditas. Carla o amava. Ele tinha certeza que sim. Arthur relaxou por inteiro e, se possível, apertou ainda mais o enlace que seus braços faziam ao redor dela. A paz que o invadiu tinha um efeito sedativo. Uma onda de aprazimento o percorreu por inteiro e ele simplesmente gargalhou, agradecido por se sentir vivo mais uma vez.
Carla o assistia e reconhecia em si a mesma felicidade. A moça descansou em seu colo e posicionou a cabeça sobre seu coração. A serenidade do abraço os transportou a outra dimensão. Continuaram dentro do carro, sem se importar em estarem apertados no banco do motorista. Arthur trouxe o rosto dela até o seu novamente, deliciando-se com o beijo candente.
- Vai voltar para mim? – Ele a questionou quando conectou seus olhares. – Deixa eu te namorar... Deixa eu cuidar de você... – Enquanto sussurrava suas falas, Arthur iniciara um jogo de sedução com ela. Seu polegar passeava firmemente pelo pescoço branquinho, enquanto a outra mão fazia-lhe um carinho na cintura. – Eu quero você na minha vida todos os dias.
- Todos os dias? – Ela incitou. Gostava quando ele se declarava, isso inflava seu ego.
- Todos os dias. Quero acordar e dormir com você... Te surpreender num dia qualquer. Quero conhecer toda a sua família e seus amigos. Quero te apoiar nos teus projetos, e ser a primeira pessoa com quem você compartilha teus segredos. Quero que você esteja no estádio me assistindo na minha estreia e que, se eu fizer um gol, eu possa dedicá-lo a você. Quero viajar contigo e segurar tua mão em qualquer lugar. E, mais do que tudo, quero te foder todas as noites e te ouvir gemer meu nome, do jeitinho que você sabe que eu gosto.
Ela tragou em seco, sentindo seu centro de prazer imediatamente incendiar. Sentiu-se a flor da pele, prestes a entrar em combustão. Arthur, que não é bobo, logo percebeu o efeito de suas palavras na mulher a sua frente. A viu fechar o olho e franzir a testa e aproveitou para abaixar o decote da blusa e massagear seu mamilo por cima do sutiã de renda.
- O insulfilm é 100%? – Carla indagou.
- Não. – O jogador respondeu em lamento. Ela mordeu os lábios e pensou um pouco.
- A gente precisa aprender a conversar, você sabe. Esse é o nosso problema.
- Eu sei. Prometo melhorar, tentar dividir tudo com você. Eu quero fazer dar certo. Eu preciso que dê certo. – A respondeu com veemência.
- Então eu volto. – Eles sorriram e deram um breve selinho. Carla pulou de volta para o banco do passageiro e afivelou o cinto de segura. – Vamos logo.
Ele entendeu o recado e prontamente colocou o carro em movimento. Estava indo matar a saudade do seu amor.
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Um cap pequinino só pra gatilhar vocês pro picaz que vem por aí 😬
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Gatilho
FanfictionCar e Thur me deixaram gatilhada essa semana. Vamos gatilhar também?