Capítulo 6

437 42 8
                                    

Depois de uns dois dias, nas revistas só falavam da grande expectativa sobre o livro de Christian, parecia que deixava Timothée basicamente preocupado pela as grandes comparações que irão fazer entre os dois. 

- S/N, olha essa narrativa poética que fiz sobre como o Dave conheceu a Marie. É apenas o começo.

- Tudo bem. 

- Só na verdade, me diga o que achou e o que precisa mais para ficar bom. - Ele me entrega - Eu fiz algo meio desorganizado, mas vai assim mesmo.

"Uma mulher, é uma mulher

 O que basta sonhar sozinho com uma certa pessoa

para lhe adorar como uma criança

Se ao mar tem alguém para chorar

É isso que me faz de mim um homem? "

- Como posso dizer? Está confuso e bom ao mesmo tempo. 

- Eu disse que está desorganizado. 

- Nem é por isso, eu sei que ainda é o começo, mas não dá para entender que é uma narrativa de quando se conheceram. 

- Queria criar algo indireto, e sim mostrando o sentimento dele em si. 

- Tirando isso, tá muito bom, você sempre foi bom nisso. 

- Obrigado! Sabe quem eu encontrei hoje?

- Quem?

- Penny Harris!

- Aquela garota que pagou boquete pro seu melhor amigo no Bar Mithzva do sobrinho dele?

- Sim, ela mesma.

- Prossiga!

- Sabe aquele cara lá das aulas de grego? Sempre esqueço o nome dele, mas parece que eles estão juntos.

- Sério?! Pelo o que me contou ele era apaixonado por ela.

- Com certeza se sentiu realizado.

- Mudando de assunto, fui pegar lá em baixo as correspondência e  chegou uma para você. - Pego as cartas que deixei sob a mesa e lhe entrego a que continha seu nome

- Deixa eu ver...- Timothée examina a carta, abre e lê o que está escrito - A coisa que mais temia aconteceu.

- Lhe convidaram não foi?

- Sim, na verdade não sabia como descobriram que estava aqui, com certeza que quem disse foi o Saint-Claire.

- Você sabe que não precisa ir.

- É claro que tenho que ir, pois se eu não for, vou ter que depois ficar escutando um monte de gente enchendo minha paciência.

- E quando seria o dia ?

- Sábado, ainda tenho que agradecer que pode levar um acompanhante.

- Comigo ficará menos horrível?

- Com certeza. 

- Mesmo que eu vá me preocupar com o Sebastian toda hora na festa? 

- Sim, esse gato só existiu para roubar você de mim. 

- Ainda tem ciúmes dele?! - Pego o gato no colo - Olha nos olhos dele e veja que essa não era a intenção dele!

- Sei...

- Você fica tão engraçado com ciúmes! - Solto o gato e bagunço seu cabelo - Eu não irei lhe trocar por ele! 

- Mesmo? 

- Sim. 

- Então vamos ver! 

Ele me joga no chão ficando por cima de mim fazendo cócegas, simplesmente adoro esses momentos de brincadeiras do nós dois juntos. 

- PARA! PARA! SE NÃO EU VOU MORRER! - Fico rindo descontroladamente

- Ok! Ok! - Ele para, se deita ao meu lado e começa a rir de mim

- Estou sem fôlego! 

- Tá afim de ir andar de bicicleta? 

- Você leu minha mente! 

E foi seguindo a tarde nós dois juntos em nossas bicicletas andando por Nice e olhando o mar azul que cerca a cidade.

The lovers (Timothée Chalamet)Onde histórias criam vida. Descubra agora