Capítulo 2

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Acordamos de cinco da manhã, pegamos o trem das 5:45 para chegar em Nice ás 10 e pouca, ou pelo menos um pouco depois do meio dia. Depois de horas sentados no trem olhando a janela com paisagens realmente interessantes, chegamos á Nice, pedimos um táxi que nos deixasse na porta do prédio. O prédio era realmente adorável, havia um espaço para plantar flores, cada sacada era feita de madeira, o prédio parecia ser antigo, mas reformado. 

- Hé! Je suis S/N, la personne qui vivra ici, je me demandais si des cartons sont arrivés ? (Oi! Eu sou S/N, a pessoa que irá morar aqui, queria saber se chegou algumas caixas?) - Pergunto ao porteiro, provavelmente ele não entendeu com o meu francês de sotaque estranho

- Pouvez vous répéter s'il vous plait? (Poderia repetir por favor?) - Ele parecia confuso

- Elle veut dire qu'elle est la nouvelle résidente et demande si des cartons de meubles sont arrivés. (Ela quis dizer que é a nova moradora e está perguntando se algumas caixas com a mobília chegaram.) - Timothée traduz de uma forma melhor o que eu disse, além de ter estudado Latim e grego, estudou francês 

- Ah ! Oui, un tas de cartons sont arrivés et une lettre est arrivée de l'université, la clé est sous le tapis rouge à l'entrée. (Ah! Sim, chegaram um monte de caixas e chegou uma carta da universidade, a chave está debaixo do tapete vermelho de entrada.) - Ele me entrega a tal carta - Les vélos sont également accompagnés des boîtes. (Também junto com as caixas estão umas bicicletas.)

- O que ele disse? - Pergunto

- Ele disse onde está a chave, que está debaixo do tapete de entrada, a universidade lhe mandou essa carta e as bicicletas estão lá em cima junto com as caixas.

- Entendi. Merci! ( Obrigada!) 

ELES ME MANDARAM UMA CARTA! Subo rapidamente as escadas, pego a chave debaixo do tapete. 

- Mal espero para conhecer! 

- Então abra, não há nada para lhe empatar.

- Puxa estou impressionada por sua boa animação. - Falo ironicamente

- Eu estou animado. 

- Tá bem. - Abro a porta 

- Mas tem que seguir a tradição! - Ele me segura e me carrega em seu colo para entrar em casa 

- Isso só se faz quando se casa! - Começo a rir

- Essa é a intenção! 

- Ok, agora vamos ver o que a universidade me mandou! - Tiro o lacre da carta e envelope

- O que está escrito? 

- "Prezada S/N, obrigado por ter aceitado nosso convite e ter vindo para cá, a universidade de Nice achou sua tese muito sábia e adoraríamos ouvir coisas iguais vindas de sua boca e sua sagacidade ganha por conta de seus estudos em Nova York, por conta das novas turmas que chegarão, queremos avisar que iniciará seus estudos na metade de Setembro, mas não se preocupe, poderá começar por sua autonomia. Atenciosamente, Universidade de Nice."

- Eles colocaram um tempo para se acostumar  com a cidade nova. 

- Verdade.

Eu fiquei chocada como era lindo o apartamento, janelas de carvalho escuro, paredes brancas como a neve e a entrada do sol de meio dia! Era um apartamento grande, ainda bem que montaram o sofá, estantes e o rack com a televisão. 

- Como aqui é bonito!

- Verdade. 

- Deveríamos começar a arrumar, será que no banheiro daqui tem banheira?

- Se tem essa dúvida vá explorar a casa.

Esse apartamento é muito perfeito, o banheiro tinha ladrilhos e cerâmicas portuguesas junto com a banheira, os quartos tinham janelas grandes com visão para a uma parte da praia de La Réserve. 

- É tão perfeito aqui. - Digo olhando a vista da praia, mesmo muito longe conseguia ver  

- Essa praia é bonita até, podemos jantar no restaurante nesses dias. 

- Vamos parar de enrolar e começar a arrumar! Temos muito trabalho a fazer. 

- Tudo bem. 

Pegamos todas as caixas que separava os objetos, parecia algo sem fim, eram pilhas e mais pilhas de papelão. Além de meus livros está tudo que vou precisar para esse ano. Também organizamos o conjunto de louças da nossa última viagem á Tóquio, na verdade era a viagem do Timothée, pois era na época do seu último livro e então estava acontecendo alguns encontros de perguntas com leitores. Depois de desempacotar tudo ficamos na varanda olhando o pôr do sol, da cidade. Com certeza meu lugar favorito agora é a varanda. 

- O que achou? - Pergunto á ele

- É fascinante até. 

- Até ontem você nem queria pensar em ir, não queria perder sua essência Nova iorquina quando fosse escrever.

- Pessoas mudam de ideia, é só eu tentar me acostumar. Tipo aqui, aqui tem mais natureza do que concreto, seria uma vida ao inverso, as pessoas não buzinam seus carros e preferem andar em suas bicicletas ou scooters, é como se o barulho tivesse sido silenciado. - Ele pega um cigarro no bolso, ascende e dá um trago - O problema em geral não é isso, e sim o problema de não conseguir escrever nada bom e ser considerado uma fraude literária. 

- Você não vai ser. - Vou para traz de seu corpo e começo a massagear seus ombros 

- Muitas pessoas estão colocando um expectativa enorme, acho que isso é o que me bloqueia a ter criatividade. 

- Fica calmo, você tem todo o tempo  da Terra para escrever uma boa história, mesmo que todos estejam esperando, eles terão que ter muita paciência, olha, acho que durante esse tempo antes de eu começar a estudar, posso lhe ajudar com o livro. 

- Você faria isso por mim? - Ele se vira para mim 

- Claro que sim! Bom vou precisar me ocupar até setembro

- Obrigado! - Ele dá um beijo em minha testa 

Se olhamos por alguns segundos, nossos lábios se colam formando um beijo delicado, mas cada vez se aprofundava, suas mãos descem para minha cintura puxando para mais perto de seu corpo, eu sabia que ele estava começando a ficar excitado, seu corpo ficou quente, sua respiração ficou pesada, sem dizer nenhuma palavras fomos para o quarto, ele se senta na cama me esperando enquanto tiro minha roupa, dava para ver em seus olhos que ele queria transar comigo agora, fico em sua frente, seu tato passeava por meus quadris, sua boca beijava meu abdômen, Timothée me joga na cama, ele se despi e fica por cima de meu corpo. 

- Já está molhada? - Sua mão vai para minha intimidade tocando levemente meu clitóris com a ponta de seus dedos me faz gemer baixo enquanto beijo seu pescoço

- Me desculpa... 

- Não precisa se desculpar, é porque parece que você está realmente gostando. 

Ele me beija, sinto seu pau ficar duro, abro um pouco as minhas pernas e seu membro me penetra, eu choramingava por seu nome em forma de gemidos por mais prazer. 

- Fica de quatro. - Timothée sussurra em meu ouvido

Não respondo, só faço o que ele me pediu. Quando me estocava suas unhas cravavam em minha carne, parecia se sentir feroz e gostar de fazer isso tudo. Gozamos ao mesmo tempo, ficamos deitados ali na cama dividindo um cigarro e conversando. 

The lovers (Timothée Chalamet)Onde histórias criam vida. Descubra agora