The lovers (Timothée Chalamet)

Capítulo 10

Na manhã seguinte acordei cedo, lá estava ele ao meu lado, Timothée parecia uma coisa angelical quando adormecido, me levanto, tomo um banho, me arrumo, coloco a comida de Sebastian, faço um chá de camomila e me sento na varanda olhando para a rua e sentindo o aroma das flores.

- Acordou cedo? - Timothée chega beija minha bochecha e se senta ao meu lado

- Sim. Hoje é um bom dia para ir a praia não acha?

- Verdade, poderíamos ir.

- Ah! Esqueci de perguntar ontem.

- Pode dizer.

- Quando o Mike vai vir?

- Na semana que vem, talvez ele venha visitar aqui o apartamento dele que vai comprar.

- Entendi, quando ele vir bem que podíamos sair para beber, sei lá.

- Verdade, deveríamos fazer isso.

- Enfim, vamos pra praia?

- Claro!

Se arrumamos, pegamos as bicicletas e partimos para Neptune Plage, hoje a praia está um pouco vazia que a deixa melhor para curtir o dia. Timothée levou seu caderno para escrever um pouco.

- Não sei por qual razão você trouxe o caderno.

- Sei lá, acho que seria bom escrever fora e procurar inspiração sabe?

- Entendi. - Coloco meus óculos escuros

- Você pode me dar opinião nessa parte ?

- Tudo bem. - Timothée me entrega o livro

" Marie, ela é complicada ela procura uma razão de ir para a cama comigo. É como se fosse uma necessidade, tenho certeza que ela é ninfomaníaca, me lembro das vezes que ela chegava em mim e dizia " Podemos fazer se quiser, mas por favor transe comigo" ela sabe que não quero transar com ela, ela sabe que me sinto um lixo depois de gozar. Queria que ela entendesse minha parte, de que não me sinto confortável com uma mulher nua querendo que eu lhe ame. Acho que isso veio do meu medo de fazer de tudo para não decepcionar as pessoas, vindo de um trauma com minha mãe, ele dizia " Espero que não seja uma vergonha para mim, uma decepção na minha vida." Tentei resolver com um terapeuta, mas sem resultados..."

- Olha, e tem como confirmar que Marie seja uma ninfomaníaca? - Entrego caderno

- Ao longo da história, podemos dizer que sim.

- Eu gosto desse personagem seu, porque ele é o único que procurou ajuda em um terapeuta.

- Isso é bom não é?

- Muito bom mesmo.

- Ótimo, então! - Ele pega um cigarro, ascende e dá um trago

- Dessa vez você não ficou preocupado falando que os seus fãs vão odiar. - Pego o cigarro de suas mãos e dou um trago

- Acho que eu deveria me importar menos com isso.

- E está fazendo certo.

- Uns dois dias atrás sabe quem eu vi que estava aqui?

- Quem?

- Taylor Hills!

- Mentira!

- Verdade.

- E o que ele veio fazer aqui?

Taylor Hills é um professor que foi meu, que também foi de Timothée, ele tem fama de sempre a cada mês arranjar uma mulher. Ele é muito mulherengo, me lembro de sua esposa invadir a aula para confrontar ele.

- Está de férias e adivinha.

- Arranjou outra mulher?

- É claro que sim né? Mas é outra coisa.

- Então fale!

- Ele disse que tem um amigo diretor de filme e tals, ele tá procurando um livro para produzir. E tudo indica que ele quer fazer uma adaptação de " Histórias sobre um bairro de Nova York"

- TIMOTHÉE! ISSO É MARAVILHOSO! Por que não me disse antes?!

- É que eu esqueci.

- E vai conversar com ele?

- Talvez sim, talvez não. Fico na dúvida do que pode acontecer.

- Acho que é uma decisão que é para pensar com calma.

- Concordo.

Passamos a manhã na praia e voltamos só depois do meio dia.