Capítulo 7 (parte 1)

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O sábado chega, pensei que ele estaria calmo por conta de eu ir hoje ao seu lado para a festa, mas está meio nervoso. Está mais focado com seu livro novo, é como se estivesse achando que eles vão pegar suas anotações e vão julgar o que contém escrito. 

- Como está indo? - Pergunto para deixa-lo calmo

- Está indo como sempre, ás vezes com picos de criatividade, outras vezes não, como posso definir? Está indo muito normalmente sendo assim.

- Pelo menos não está se sentindo inseguro. 

- É claro que eu estou. - Ele diz de uma forma meio grosseira

- Tá, não precisa falar assim! 

- Desculpe, é que estou meio nervoso por conta dessa festa, parece que vai ser algo de "gala" sabe? 

- É claro que tinha que ter um idiotazinho para inventar uns detalhes. 

- Bem que você poderia usar aquele vestido amarelo. 

- Aquele? Não sei o que você vê naquele vestido de cetim, é apenas um vestido!

- Aqueles bordados de margaridas nele te deixam tão linda, mais do que já é. 

- Talvez eu pense em usar hoje. 

- Use, você vai ficar tão bonita. 

O vestido de cetim amarelo com bordados, é um vestido rodado da altura até os joelhos, com umas partes em um tecido transparente com bordados de margaridas e suas folhas nas mangas e costas, é um belo vestido, ele tem uma cisma com esse vestido desde da primeira vez que me viu usando, talvez seja porque é uma cor alegre e Timothée gosta de me ver sorrindo? 

- Sabia que isso é uma homenagem ao J.D Salinger essa festa? 

- Que interessante, e você gosta muito dele. 

- Sim eu gosto. Pelo menos tem algumas coisas para salvar sobre isso.

- Entendo.

- Se o Saint-Claire não for encher minha paciência, vou retirar o que disse.

A noite chega, eu vou com  o vestido amarelo que Timothée gosta muito, uso junto com um salto preto, uns acessórios como anéis, colares, uma maquiagem leve com um batom vermelho e finalizo com o meu sobretudo verde, pois a noite a temperatura baixa e fica congelante. 

- Estou pronta! 

- Nossa! Você está tão perfeita. - Assim que eu mostro como estou seus olhos brilham

- Obrigada! Quer ajuda com a gravata? 

- Sinceramente, preciso de ajuda sim. 

- Vem aqui! 

Ele se aproxima de mim, pego a gravata em suas mãos, ponho em seu pescoço e dou um nó.

- Prontinho! 

- Obrigado, eu já pedi o táxi ok? 

- Ok! 

Depois de uma meia hora o nosso táxi chega, fomos para a festa. Chegando lá todos só falavam no livro "copiado" do Christian. 

- Até que não está tão ruim assim. - Ele pega um copo de whisky com o garçom e dá um gole 

- Verdade.

- A única coisa que me deixa desconfortável é como todos estão elogiando maravilhosamente o livro do Saint-Claire que na verdade é minha ideia! 

- É o que mais escuto aqui. 

- NÃO PODE SER! TIMOTHÉE CHALAMET ?! - Um homem chega em direção

- Lewis?! - Ele responde 

- Rapaz! Onde você estava?! Não vejo seu nome nas capas e livros faz uns dois anos. 

- É eu sei, Ah! Essa é a S/N minha namorada. 

- É um prazer conhecer você! - Digo eu 

- Eu conheço seu namorado desde da faculdade! Esse cara era um dos melhores da sala, sempre impressionando todos e todas com os poemas dele. 

- Não precisa exagerar. 

- Mas como você sumiu! 

- Bom, estou escrevendo novamente. Algo diferente do cenário sabe? 

- Você deve ter escrito maior parte agora sozinho, revisando e tals. 

- Eu...- Na hora que vou falar sou interrompida

- Sim, tudo só! - Espera, eu que lhe ajudo a revisar os textos! - É meio cansativo fazer tudo isso só.

- Na verdade, eu ajudo ele a revisar. - Falo - Eu não havia lhe dito que iria lhe ajudar a escrever dar opiniões e essas coisas. 

Que história é essa? Eu que ajudo na revisão, isso não foi legal de sua parte, foi como se não estivesse dando os créditos mínimos para mim. Ficamos em silêncio se olhando. 

- Eu preciso ir! Foi bom ver você Timothée e prazer conhecer você S/N. - Lewis saí 

- Que merda você falou agora? 

- Eu não disse nada! Só disse a verdade! 

- O que será que o Lewis vai dizer...

- Você só pode tá de brincadeira, você mentiu, eu que estou lhe ajudando você disse algo que é como se o trabalho a tona veio para você! Eu não irei lhe ajudar? 

- É que o que vão pensar de mim? Tipo quando você não é um escritor que escreve e deixa outras pessoas colocarem suas ideias e opiniões, é meio mal visto... 

- GRANDE COISA! 

- Eu vou ser tão mal falado! 

- É só não ligar para isso entendeu? 

- Podemos discutir depois, mas agora não, tem um monte de gente importante aqui.

O que deu nele? Bateu uma amnésia? demência. Isso tudo para não virar uma chacota entre um grupo de escritores?! Patético demais! Depois de horas voltamos para casa, eu queria entender isso.

The lovers (Timothée Chalamet)Onde histórias criam vida. Descubra agora