No momento em que a sacerdotisa ia responder, um segundo antes de sua voz sair, Marília desmaiou. Sua pele que lembrava chocolate começou à mudar e do nada, um homem enorme com cabelos e olhos negros surgiu em seu lugar. Andrey se jogou na frente de Nix e rosnou para o homem que na verdade era Drako, seu tio traidor.
Nix tremia dos pés à cabeça – O que está acontecendo?! – Ela se perguntava – Onde estava a sacerdotisa? e como daquela figura graciosa e pequena surgirá esse monstro?– O que você quer, Drako? – Perguntou Andrey, afirmando em seguida:
– Aqui você não tem poder. O que espera conseguir possuindo a sacerdotisa e invadindo seu templo? Você sabe que este lugar é sagrado.Com um sorriso malévolo, Drako olhou ambos com desprezo; Nix espiava por trás de Andrey, pensando que aquele ser horrendo era seu tio, e que ele havia ceifado sua vida há 300 anos e tentaria novamente.
– Ora, ora Andrey, cheguei em um momento impróprio? – Perguntou Drako, sarcasticamente, desviando seu olhar para Nix – Olá, querida sobrinha, há quanto tempo não a vejo, acho que alguns séculos, se não me falha a memória, e devo admitir, querida Nix, você voltou um deleite aos olhos, não é a toa que o guerreiro está parecendo um cachorrinho babão atrás de você. – Andrey tentou avançar até Drako que continuava a sorrir – O que é isso, guerreiro lobo? – Drako disse essas palavras, não em tom de elogio e sim de deboche. – Não insulte minha inteligência, acha que se eu realmente estivesse aqui vocês estariam vivos, não – Disse ele baixinho, com ódio exalando em seus poros – Eu já teria os exterminado, vim somente dar um recado; quero que me devolvam minha filha Luna até a próxima lua cheia ou vocês vão... – Andrey o cortou – Vamos o quê, Drako? Me poupe de todo esse teatrinho, dessa vez você vai perder. Há 300 anos, você nos pegou de surpresa, agora estamos preparados para você e aquela aprendiz de cobra da sua filha vai continuar onde está.
– Vocês irão se arrepender, corja de lobos, vou ter prazer em matar cada um de vocês, quanto a você, cara sobrinha, dessa vez vai desaparecer desse e de qualquer outro mundo que possa existir. – Dito isso, Drako começou a desaparecer, como se nunca tivesse existido e a pequena sacerdotisa reapareceu, caída no chão, extremamente pálida. Seus acólitos que até então pareciam ter sumido, saíram de onde quer que estivessem e correram até ela, enquanto isso Andrey abraçava Nix tentando acalmá-la, pois desta vez, ela tremia tanto que seus dentes chegavam à bater um no outro. Depois de um tempo, a sacerdotisa começou à despertar; assim que voltou totalmente à si, Marílis chamou Andrey e Nix para perto e lhes disse:
– Eu sei o que vocês vieram buscar, vou lhes ser sincera, eu não ia deixá-los se aproximarem de meus pergaminhos, mas depois dessa afronta de Drako; possuindo me sem minha permissão e invadindo meu templo, o contaminando com sua essência maligna, me deixaram deveras ímpia. Quero este monstro morto, então podem voltar amanhã de manhã e o acesso aos pergaminhos será liberado. – Disse a sacerdotisa.
– Você está realmente bem, Marílis? Há algo que possamos fazer por você? - perguntou Andrey.Marílis deu um pequeno sorriso, e disse:
– Sim, menino Andrey, podem me dar aquela mala de lenços como prova de gratidão. – Andrey sorriu e respondeu:– É claro, ainda hoje estarão aqui. - Dizendo isso, Andrey pegou a mão de Nix e ia saindo da sala do altar, quando Nix parou, soltou a mão de Andrey, voltou até a sacerdotisa, e falou:
– Me perdoe, sei que você acabou de passar por algo terrível, mas antes daquele ser desprezível chegar, você estava prestes a responder uma pergunta, você ainda pode, por gentileza, nos dizer o que acontecerá com Andrey? – A sacerdotisa os olhou fixamente e disse:
– Infelizmente não, menina Nix, pois não eram minhas palavras que estavam ouvindo, eram palavras do oráculo, uma entidade de luz que me possue, as vezes, para elucidar dúvidas daqueles que merecem, eu não lembro absolutamente nada do que é dito quando ele está presente em mim, pois nesse momento, estou em transe e totalmente aberta, como um fio condutor e foi por esse motivo que Drako conseguiu entrar no templo e me possuir. Tenham cuidado com a transformação da menina Nix; se aproximando, Drako vai ficando mais poderoso, seu poder só sucumbirá quando a maldição você quebrar. – Dito isso, Marílis levantou e saiu da sala do altar. Nix e Andrey se foram também para casa, fora do espaço tempo em Grimmuel, já era tarde da noite e eles estavam muito cansados e aterrorizados com as revelações do oráculo, também estavam preocupados e torcendo por um pouco de sorte para que conseguissem uma pista de onde encontrar a primeira pedra.
A casa tinha 3 quartos, Nix ficou no que havia entrado mais cedo e Andrey no outro quarto ao lado do que ela estava.
Ambos tomaram banho e foram descansar cada um em seu quarto, nem Nix e nem Andrey conseguiam dormir, se reviravam na cama sem sono a névoa sensual que invadia suas mentes estava de volta – E Deus! Nix queria muito sucumbir à este desejo, pois chegava a doer como algo físico, desejou ardentemente que Andrey fosse até ela e como que ouvindo seu chamado, ele foi.
Andrey abriu a porta lentamente e entrou, ele estava com uma calça folgada e sem camisa, lindo em todo seu esplendor de macho. Ele caminhou lentamente até próximo de sua cama e parou olhando-a fixamente nos olhos. Nix perguntou:– Tudo bem com você, Andrey? Precisa de algo?
Nyx pronunciou essas palavras quase sem fôlego e ficou de pé, bem próxima de Andrey. Ela usava uma de suas camisolas das que Andrey havia trazido de sua antiga casa. Era preta de seda, com detalhes em rendas na altura das coxas. Ele a devorou com o olhar e seu amuleto queimava em seu colo como se avisasse que algo perigoso estava para acontecer, então, Andrey disse:
– Desculpe-me, não sou forte o suficiente. Eu não vou conseguir, me desculpe, sou fraco ruivinha.
– Não vai conseguir o quê? – Andrey simplesmente a agarrou e a beijou. Um beijo avassalador, suas mãos agarrando sua cintura de forma desesperada, ela nunca tinha sido beijada, nem sabia o que fazer, Andrey forçou até ela abrir seus lábios e ele envolver suas línguas em uma dança sensual e erótica que a deixou de pernas bambas. As mãos de Andrey começaram à acariciar seus seios por cima da seda negra. Nix gemeu alto, o que foi a perdição de Andrey. Ele começou à empurrá-la para a cama que nem estava tão longe, um leve empurrão e ela caiu com Andrey sobre ela. Nesse momento Nix pôde sentir todo volume de Andrey contra seu sexo, os olhos dele brilhavam com um desejo insano. Ele separou seus lábios, dos dela e abaixou sua camisola até descobrir seus seios, depois capturou um com sua boca, Nix ofegou alto e gemeu balbuciando seu nome, ele mordeu levemente seu mamilo com uma suave pressão só para excitar, não para machucar, enquanto com outra mão acariciava o outro seio. Seus quadris arremetiam e esfregavam todo o volume em seu sexo a deixando completamente preparada para recebê-lo em todo seu esplendor e a única barreira à separá-los era a calça dele e a lingerie dela, ela estava completamente seduzida, ansiando por recebê-lo, inteiro dentro de si. Andrey adorou todo o corpo de Nix, a deixando no limiar do êxtase, ele a devorou até que ela se partisse em mil pedaços gritando seu nome, sem saber o que tinha acontecido, ou o que era aquela sensação mágica, Nix mal tinha se recuperado do êxtase, quando Andrey recomeçou a acariciar seus seios novamente a deixando a beira da loucura, de repente Andrey parou suas carícias e disse:
– Você é minha, só minha ruivinha. E eu é que vou possuí-la e não Alexey.
Neste instante a razão voltou ao cérebro de Nix, a névoa se desfez e seu juramento ecoou em sua mente, mas já era tarde demais. Andrey baixou a calça, arrancou sua lingerie e em uma estocada poderosa, a possuiu a dor quase a dilacerou, pois ele era realmente enorme, com um grito de dor, ela rasgou suas costas com as unhas e ofegou em busca de ar, nesse momento ela sentiu um cheiro peculiar de mel, e o que Nix viu a deixou devastada, Alexey estava no canto do quarto em sua forma humana pela primeira vez. Seu rosto estava banhado em lágrimas e pelos seus olhos ela percebia, a maior dor que ele já havia sentido na vida, enquanto Andrey arremetia possuindo seu corpo com volúpia e vigorosamente, seu amado lobo negro assistia a tudo, sem poder fazer nada, como estava amaldiçoado se tocasse qualquer um deles, eles morreriam na hora, fora o cheiro da maldição dele que Nix sentiu, o cheiro doce da morte, Alexey assistia a tudo impotente, assistia seu irmão tomar o que lhe pertencia. Nix queria gritar para que Andrey parasse, em puro desespero, mas sua voz não saía, ela queria empurrar Andrey, mas não conseguia, queria abraçar Alexey e dizer que tudo ia ficar bem, que aquilo fora um erro, mas eles conseguiriam concertar de algum jeito, de repente, antes que ela pudesse se libertar do ímpeto de seu amante, para ir até Alexey, um uivo dilacerante de dor ecoou no quarto, Andrey olhou para trás horrorizado e sussurrou:
– Alexey, pelos deuses, o que foi que eu fiz...
E nesse momento, meu amado lobo negro, caiu morto em nossa frente.
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A Deusa do lobo
RandomEm noites de lua cheia, durante toda sua vida ele vem a visitar através de seus sonhos. Aqueles olhos azuis repletos de amor e dor guardavam um segredo inimaginável. Nix estava prestes a descobrir que o mundo dos sonhos poderia ser real e que sua re...