Capítulo O7 Stella Karlwitz

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— Boa noite!

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— Boa noite!

A pessoa repete e eu me remexo. Mantenha a compostura. E feche a boca! A última coisa que você quer é babar na sua primeira sessão de verdade como psicóloga!

— Ahn... bo-boa noite. – respondo. — Ér... me chamo Natasha Romanoff. – estendo minha mão. — Qual é o seu nome?

— Oi, Natasha. Sou Stella Karlwitz.

Quando a mulher toca minha mão, sinto sua pele macia, fria e firme. Meu campo de visão é totalmente preenchido por sua figura: cabelos loiros, com fios tão claros e lisos, que parecem ser platinados, e olhos verdes esculpidos em uma cor cristalina.

Ela veste roupas elegantes e quentes. Seu casaco de pele cobre todo o busto erguido e pálido. O colarinho de pele sobe por seu pescoço, aquecendo-o e escondendo-o em seu perfume enjoavelmente doce. O aroma preenche a sala e se acumula em minhas narinas.

Durante todo o tempo que nos fitamos, percebo que sua expressão é séria e atenta. Preciso falar alguma coisa. Jura?

— Bom... eu soube que a senhora pediu para uma mulher lhe atender. – pigarreando, solto sua mão e repouso os quadris em minha cadeira larga e preta. — E, de preferência, que fosse jovem.

— Sim. – ela concorda, e minha curiosidade só aumenta.

— E eu posso saber por quê?

A Sra. Karlwitz pondera. Seus olhos verdes movimentam-se para os lados, antes de ela responder.

— Isso é relevante? Faz parte da consulta?

Por algum motivo estúpido e confuso, ela me intimida. Não sei o que responder, mas preciso. Deus, preciso que me ajude!

— Ér... bom, creio que sim. Mas tudo tem o seu tempo. Se estiver disposta a voltar e ter mais consultas, não precisa falar agora. Pode responder quando estiver à vontade para isso.

— Obrigada. – ela me solta um breve sorriso. — Mas acho que posso falar agora.

— Okay.

— Bom... pedi para falar com uma mulher porque achei que poderia me sentir mais... ahn... como posso dizer? Achei que estaria mais confortável, entende?

— Sim. – assinto com a cabeça, pegando a caneta e a prancheta que estão em cima da mesa que fica ao meu lado. — Então, está com algum problema íntimo? Algum problema que... envolva o fato de você ser mulher e se sentir à vontade com uma para conversar?

— Talvez. – a Sra. Karlwitz ergue os ombros. — Podemos dizer que... estou assim por causa de um homem.

— Certo. – começo as primeiras anotações na prancheta. — Pode continuar falando.

— Foi meu primeiro grande amor. – a mulher loira abaixa o olhar e brinca com os anéis que tem nos dedos de cada mão.

— Foi? – indago, e ela olha para mim. — Não o vê mais? Terminaram?

Haunted 🔞 Romanogers / SteveNatOnde histórias criam vida. Descubra agora