𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓆𝓊𝒶𝓉𝓇𝑜

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❂Mayse Mancini❂

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Mayse Mancini

Uma chuva intensa começa, apenas para dificultar mais os nossos planos. Nós paramos do outro lado do local de encontro de Gavin e Ward. Pope puxa uma câmera. 

— Legal a câmera. Onde arranjou essa relíquia? — JJ pergunta. — Por que não usa seu celular? 

— Eu gosto dos meus eletrônicos antigos. Essa lente é perfeita, posso filmar perfeitamente de longe. Para uma prova concreta de suborno de testemunha, precisamos de uma boa lente. 

Avistamos Ward e Gavin correndo para dentro da construção. 

— Eles entraram. Merda! Não dá para ver nada daqui. 

— Dá para subir aqui. — JJ assobia e nós três corremos até ele. 

Nós subimos por uma escada para um prédio mais alto e nos posicionamos novamente. De onde estamos, só conseguimos ver algumas movimentações, as provas todas vão ficar na câmera de Pope. 

— O Ward entregou uma bolsa de ginástica para o Gavin. — Pope começa. —  O Gavin não está muito feliz. Parece que ele está gritando com o Ward. Eles estão brigando por alguma coisa. O Ward está chutando o Gavin. Puta merda! Ele está armado. 

— Aposto que é a arma do crime. —  volto minha atenção para os dois. Com certeza Gavin está ferido. 

Barulhos de tiros ecoam assustando todos nós. Nós nos abaixamos e nos escondemos atrás do pequeno muro. Pope se levanta lentamente e volta a filmar. 

— Você filmou isso, não filmou? — JJ pergunta. 

— Filmei o suficiente para ele ir preso. 

Me levanto lentamente e vejo que Gavin ainda está vivo e parte para cima de Ward. Os dois começam uma briga novamente e vejo que a arma caiu na rua. 

— Se abaixa! — Puxo Pope e me encosto no muro novamente. — A arma caiu. Ela está na rua. É melhor a gente ir agora. 

— A arma caiu no boeiro. — Pope fala feliz. 

Me levanto e corro em direção a escada, sou interrompida por Kiara gritando. 

— O que ela tá fazendo? — JJ me olha assustado e nega com a cabeça. — Tira ela daí! — JJ agarra ela pela cintura e a empurra em direção a escada. Desço a escada rapidamente e logo Pope começa a descer também. — Cuidado com a câmera, Pope! Me dá ela! 

Quando Pope se vira para me alcançar a câmera, JJ chuta a sua cara fazendo Pope jogar a câmera para o outro lado. 

— Desculpa, me desculpa. — eu e Pope corremos até a câmera e vejo que ela está quebrada. 

— Ah não. 

— Você derrubou a câmera? — JJ vem até nós. 

— Você chutou a minha cara!

— Ela pisou na minha mão!

— A gente precisa correr! — exclamo e corro em direção ao pequeno muro e pulo ele. 

Corremos de volta para o carro e eu pego meu telefone ligando para a polícia. JJ, Pope e Kiara começam a gritar um com o outro, discutindo sobre alguma coisa no qual não prestei atenção. 

— Oi, uma pessoa foi baleada no canteiro de obras da rua Grand. — começo a falar assim que alguém atende o telefone. — Vocês precisam correr! Ele vai morrer! Eu não sei! — o policial começa a me fazer perguntas, na qual não consigo responder nenhuma. 

✃✁✃✁

— Há quanto tempo isso aconteceu mesmo? — Shoupe pergunta nos olhando. 

Kiara dirigiu para um local mais afastado para esperar a polícia chegar. E agora que estamos aqui, não tem nada. Não há corpo, não há dinheiro, nada. 

— Há uns 45 minutos, Shoupe. — ele olha para JJ e anota alguma coisa. 

— Ok, então Ward Cameron pegou uma arma e matou ele? Tipo uma execução? E depois voltou e limpou tudo em 45 minutos? — ele nos olha e nós confirmamos. 

— A gente filmou tudo! — Kiara fala e ele nos olha surpreso. — Mas a gente não pode mostrar porque eu pisei na mão de JJ, e ele chutou a cara do Pope que deixou a câmera cair e ela quebrou. 

— Mas a gente estava aqui, a gente viu tudo! — Pope fala. 

— Então o cachorro comeu o seu dever de casa? — antes que alguém falasse algo ele fala novamente. — Eu não sei o que vocês querem que eu faça. Vocês me arrastam para cá, no meio da noite, para não me mostrar nada. Apenas para ouvir essas histórias malucas sobre Ward Cameron sair matando pessoas.

— Não é pessoas aleatórias, Shoupe. — ele me olha. — O Gavin era o piloto dele. Ele estava na pista no dia em que o Rafe matou a Susan, e o Ward estava pagando para ele ficar quieto. Ele guardou a arma que o Rafe usou e estava usando como chantagem. 

— Então ele chamou o Ward aqui porque ele queria mais dinheiro, mas não era o suficiente e então o Ward matou ele. — JJ complementa. — Com a arma do crime! 

— Como sabem disso? — Shoupe me olha novamente. 

— O Pope plantou uma escuta no carro dele. — Kiara começa. 

— Não! — falo e Kiara me ignora. Falar que fizemos isso é incriminar nós mesmos. 

— A Mayse distraiu o Gavin e o Pope colocou uma escuta no carro dele. — ela continua. —  Nós ouvimos a conversa inteira. 

— Você grampeou ele? — Shoupe olha para Pope. — Podem parar! — ele começa a descer da construção e nós vamos atrás dele. — Não tem nada lá em cima. Podem ir embora. — os outros policiais começam a entrar no carro. — Alarme falso! 

— Escuta a gente! Isso faz sentido. — Kiara grita e Shoupe se vira para nós. 

— Eu sei que vocês estão chateados, acham que o amigo de vocês é inocente. — ele me olha. — E você não quer acreditar que seu amigo matou a sua madrinha, mas vocês não estavam lá. As únicas testemunhas vivas dizem o contrário. Então está encerrado. E ambas tem mais credibilidade que vocês nesse momento. — ele se vira e começa a andar. 

— E se a Sarah estivesse viva? — pergunto e ele se vira para mim. — E se ela estivesse viva? Mudaria algo? — ele me olha por um tempo em silêncio. 

— Vão para as suas casas. 

Kiara continua protestando e eu me viro e começo a andar. Kiara e JJ começam a brigar, mas estou cansada demais para prestar atenção em algo. 

— Calem a boca! — eles me olham assustados. — Ainda não acabou. 

— Ainda podemos pegar a arma. — Pope fala e eu concordo. 

➮ Novos planos • Outer BanksOnde histórias criam vida. Descubra agora