𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓋𝒾𝓃𝓉𝑒 𝑒 𝓈𝑒𝒾𝓈

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Mayse Mancini

Levanto meu olhar para JJ que vem caminhando até mim. Nós encontramos uma ilha, mas não fazemos a mínima ideia de onde estamos. Os meninos terminaram de puxar o bote e vieram para perto de nós.

Meu corpo ainda estava com leves tremores, a probabilidade de perder JJ nunca foi tão grande. Nunca tinha ficado tão desesperada na minha vida. 

— Tá tudo bem, JJ? — John B pergunta enquanto se senta.

— Eu ainda estou meio tonto. — ele se senta no meio das minhas pernas e escora seu cabeça no meio ombro. — Seu plano deu muito certo, Pope.

— Estamos literalmente no fundo do poço. — Pope fala nos olhando. — Nós literalmente não temos mais nada a perder. Levaram a cruz. 

— O ouro. — a Sarah complementa. 

— Se eu ganhasse cinco centavos para cada vez que nos vencem, já teríamos U$ 1,50. — dou risada do comentário de JJ. 

— É mais do que eu tenho aqui. — Cleo fala fazendo Sarah rir.

— Isso não faz eu me sentir melhor. 

— Mas tivemos algumas sortes. — John B fala. 

— Pode me dar um exemplo? — olho para ele. Ele desvia o olhar e começa a pensar.

— Ah… a explosão? Se não tivesse explodido eu não teria escapado do Rafe. Eu não teria pego o bote e a gente não fugiria. 

— Isso não conta como sorte. — encosto minha cabeça na de JJ. — Ia explodir de qualquer jeito. 

— Ok, você venceu. — John B me olha. — O Pope é parente do Denmark Tenny.

— E eu perdi a herança. — Pope fala e John B suspira.

— Tá, mas… — John B se levanta e para na nossa frente. — É isso a vida Pogue. Estamos no Caribe. É o nosso paraíso particular. Com a minha família. — ele olha para cada um de nós. — Vocês são as únicas pessoas que eu iria querer estar agora. — sorrio e abaixo a cabeça. — Somos uma família e finalmente estamos todos unidos. Todos desistimos de algo para estarmos aqui agora. A Sarah e a Mayse eram as maiores Kooks e desistiram daquilo tudo para se juntar a vida Pogue. A Mayse e a Kiara foram expulsas de casa. 

— Você foi expulsa de casa? — Cleo me olha de boca aberta.

— Minha mãe surtou e jogou todas as minhas roupas para fora. Literalmente fiquei sem um teto. Estou deserdada. — Cleo começa a rir. 

— Você é toda princesinha e agora vive na rua. Não acredito. — reviro os olhos e começo a rir

— Estão vendo? Tem coisas boas. — John B fala e eu olho para ele.

— Eu ser jogada para fora de casa é uma coisa boa? 

— Não. A coisa boa é. — ele olha para JJ. — Enquanto vocês estavam reclamando, eu olhei para aquelas ondas. — ele aponta e JJ olha. — Olha aquelas ondas. 

— Tem umas ondas boas. — os dois sorriem olhando um para o outro. 

— Eu sei que vocês querem surfar. — John B me olha. — Você nunca aprendeu, não acha que é a hora? 

— Sem prancha? — olho para ele rindo e JJ se levanta.

— A gente faz só com o corpo até arrumar algumas. — John B dá de ombros. — Vamos lá, Pope. 

— Acho uma ótima ideia. — Pope se levanta também. — Não tem ninguém aqui, podemos ficar um pouco. O lugar é nosso agora, né?

— A Poguelândia. — JJ fala. — Eu te nomeio de Poguelândia. Eu gostei do nome. Vou até fazer uma bandeira. Vai ter uma galinha, com um biquíni de coco, fumando um baseado e de crocs. — começo a rir. — O que acha? — ele estende a mão para mim. — Me acompanha? 

Sorrio e pego em sua mão. 

✃✁✃✁

Já anoiteceu e estamos sentados em volta de uma fogueira. Todos sorrindo e contando história. Paro e olho para JJ que está contando uma de suas histórias que já estamos cansados de ouvir, mas amamos. Não me lembro a última vez que todos sentamos e ficamos felizes. A última vez que podemos celebrar sem nenhum problema vindo em seguida. 

Com certeza não há outro lugar no qual eu iria querer estar. Estou ao lado da minha família, a família no qual tive que lutar muito e desistir de algumas coisas para ter todos reunidos. Volto ao mundo real quando sinto que tem alguém me olhando.

— Tá pensando no que? — Pope bate seu ombro no meu.

— Em como eu estou feliz de ter todos reunidos e bem. Não poderia ser melhor.

— Poderia se os nossos planos tivessem dado certo. — nós dois rimos.

— Mas depois de tudo o que aconteceu, esse é o melhor cenário. — ele concorda.

— Você realmente estava falando da Cleo naquele dia? — olho para ele com um sorriso. — Só estou perguntando.

— Sim. Ela é uma pessoa legal, foi a minha melhor amiga no tempo em que estive nas Bahamas e eu falei muito de vocês. Ela basicamente conhece todos vocês. — ele sorri e abaixa a cabeça. — Não querendo insinuar nada, mas teríamos que ir até Bahamas para conhecê-la, mas o destino colocou ela no nosso caminho.

— Ok, eu já entendi. — ele começa a rir. — Só preciso acertar algumas coisas antes.

— Só quero o melhor pra você, Pope. Você não precisa necessariamente ficar com alguém, mas também não pode ficar preso a uma pessoa que não te valoriza. 

— Eu já falei que te amo? 

— Não lembro qual foi a última vez que você me disse.  

— Então eu te amo. — ele beija minha testa e me abraça de lado. 

— Eu também te amo, Pope. — sorrio para ele. — Pensei que eu fosse te perder aquele dia. 

— Eu vou viver pro resto da vida para te incomodar. — ele sorri e eu concordo.

Continuamos conversando com o resto do pessoal e me perco nos meus pensamentos novamente. Quase perdi a Sarah, JJ e Pope em menos de uma semana. Somos apenas adolescentes e já precisamos lutar para proteger um ao outro. Olho ao redor e vejo que JJ está me olhando fixamente. Ele faz um sinal com a cabeça e se levanta. 

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