Sensei: Memórias | parte 2

Festa De Gala

Mia passou a tarde inteira fazendo uma pesquisa sobre os bares e bordéis, investigando e procurando o seu alvo. Finalmente consegue algo pequeno, alguém que possivelmente o conhecia e sabia onde ele morava. Mia invade o local e para a sua surpresa, o encontra dormindo sobre um sofá velho com a mesa de centro cheia de todos os tipos de drogas pesadas prontas para serem embaladas.

— Ei que porra é essa? - ele acorda assustado.
— Mãos pra cima! - ela grita apontando uma arma.
— Oh merda - ele tenta correr pensando que ela era a polícia.

Ela dispara próximo ao seu pé, o que o faz se assustar e recuar.

— Parado, e mãos pra cima, eu não sou da polícia, só quero conversar - ela fala.
— Conversar? oh você quer comprar?
— Não, quero perguntar algumas coisinhas e você vai me responder com toda a verdade, se não o seu cérebro estoura em cima da sua mercadoria.
— Tá bom tá bom... perguntas só, eu não tenho lsd e essas coisas se for sobre isso.
— Mas tem o feiticeiro não é? é assim como vocês chamam?

Ele arregala os olhos e tenta disfarçar.

— Essa é nova? não conheço. - ele da de ombros.
— Você vai me dizer quem fornece pra você.
— Eu não sei do que você está falando.

Mia se aproxima dele e soca seu rosto com o cano da arma, e depois chuta sua barriga quando ele está no chão.

— Eu falei para você me contar a verdade, fala logo porra.
— Tá bom - ele geme - são uns caras estrangeiros, japoneses. Chegaram com essa coisa aí que deixava todo mundo doido, eu não tenho muito contato com eles.
— Quem entrega pra você?
— Um cara, chamado Kim, careca e já meio velho.
— Você sabe quem é o chefe deles?
— Eu ouvir dizer que era um cara chamado Suguru, mas nunca vi, ele estava mais focado em outras coisas dentro do grupo.
— Conhece todos os membros?
— Eles não deixam você ver ninguém sem ser o cara que troca comigo, eles são super restritos, parece que não querem se envolver com isso pois tem outros objetivos.
— Claro que tem, matar pessoas inocentes. - ela diz para si mesma.
— Por que você está atrás deles?
— Isso não te interessa, agora diga onde você encontra eles. - ela pressiona a arma sobre a testa dele.
— Eles me mandam mensagens marcando um lugar, não sei onde eles ficam fixo.
— E o número?
— Mudam a cada mensagem, eles descartam depois que mandam, assim não dá pra rastrear.

Droga, pensa Mia, voltou à estaca zero, precisava encontrar esse tal de Kim, deveria ser uma entrada para os outros do grupo.

— Olha por favor isso é tudo que eu sei, agora por favor me deixe trabalhar.
— Não ha nada mais que você saiba? acho que isso não é suficiente.
— Problema seu, é tudo que eu sei. - ele diz alto.
— Posso ficar aqui o dia todo. - ela não tira a arma encostada na cabeça dele.
— Oh porra - ele tenta pensar enquanto levanta devagar - Ah, eles de vez enquanto vão em festas de uns caras ricos, la eles vendem presencialmente, e esses caras vendem depois pros burgueses safados.
— Quem são os caras ricos?
— Eu tenho cara de quem conhece? sei lá, fazem festas aí beneficentes, ou qualquer que seja essas coisas de rico. Se souber de uma talvez você os encontre la, ela são bem conhecidas então com certeza você vai achar.

Ela balança a cabeça.

— Você não vai embora?
— Estou pensando se vale a pena te matar mesmo assim.
— Não vale, eu fui simpático e te falei tudo.
— Você tá todo chapado. - ela fala dando a volta desistindo. - Bobia mais um pouco que eu mando a polícia vir bate aqui na sua boca de fumo.
— Eu vou me comportar madame, não quer comprar nada não antes de ir?

Ela bate a porta na cara dele e guarda a arma para não chamar a atenção. Sai dali o mais rápido possível antes que alguém a veja e volta para o seu apartamento, já deixando uma mensagem para Gojo encontrá-la lá.

Mais tarde, Mia refazia o quadro da sua parede, ligava novos pontos, adicionava novas pessoas, colava pedaços de jornal e lia as matérias de todas as tais festas de gala riquíssimas que por trás tinham alguma coisa escondida.
Gojo chega e entra, ele conseguia abrir as portas sem chave o que deixava Mia irritada, mas ignora naquele momento.

— Você já está aí quebrando os neurónios?
— Descobri coisas novas, anda logo - ela chama com a mãozinha e ele se surpreende por finalmente estar cedendo a sua ajuda.

Ele se aproxima e senta ao lado dela no chão, olha o quadro atentamente enquanto Mia explica tudo que ouviu essa tarde e Gojo complementa.

— Eu soube de uma sim que haveria, mas não fazia ideia de que você tinha algum interesse nisso.
— Bom agora que descobri que la pode ser um tesouro de informações pra mim, precisamos ir.
— Ok, vou tentar comprar nossa entrada. - ele puxa o telefone.
— Isso não é só pra convidados exclusivos? estava pensando em entrar pelos fundos disfarçada.
— Ah Mia - ele ri - eu acho que esqueci de mencionar que sou milionário?
— Hm sim?
— Parabéns! quer ser minha sugar baby?
— Cala a boca, você está brincando.
— Estou falando sério, eles tem uma lista exclusiva mas você consegue facilmente comprar sua presença la se tiver um poder, eu sou um príncipe do Japão pronto para ajudar as criancinhas carentes, eles vão me amar.
— Ok, então estamos dentro - Mia sorri.

A primeira vez que Gojo a vê sorri depois de um tempo, por mais que fosse durona e agora transparecesse a imagem de fria e calculista, ela ainda era a mesma bobinha de sempre, que se entusiasmava com qualquer coisa fácil.

— Isso vai ser divertido, já fizemos isso uma vez.
— O que? - ela diz confusa.
— Nada, missões bobas, dessa vez vai ser sério - ele pretende não contar, assim era como se vivesse aquilo pela primeira vez de novo. - e por falar nisso, você tem alguma coisa pra vestir?
— hmm - ela pensa bem - devo ter qualquer coisa.
— Mas você não pode ir usando qualquer coisa, você é minha acompanhante, para fazer parte do disfarce que vamos dizer.
— O que vamos dizer?
— Que estamos juntos o que mais diríamos. - ele diz como se fosse óbvio.
— Ah não vamos não, pode dizer que sou sua irmã.
— Mas isso não tem graça.
— Não é pra ter graça, é pra ser sério. Tenho um terno, e vou usá-lo, não espere que use um vestido decotado pra atrair olhares para as pessoas ficarem com inveja de você e seu trofeuzinho.

É, Mia oscilava entre a antiga e a nova muitas vezes, o que deixava Gojo tonto.

— Ok senhorita ativista, lute pelos seus direitos, vá como quiser, você fica linda de todo jeito mesmo.

Ela cora as bochechas e faz uma leve cara de zangada.
Gojo ri da situação e se levanta.

— Bom, quanto a mim, não descobri nada, o lugar que fui estava completamente abandonado, sem pistas.
— Tudo bem, isso aqui compensou. Também não fazia sentido Geto ter um lugar que alguém soubesse.
— Não sei, eu ainda tenho... tinha esperanças de que ele no fundo não estivesse fazendo isso tudo por que queria, ele foi muito manipulado, não sei, talvez era só o que eu queria pensar dele mesmo.

Mia permanece no chão lendo os jornais e pensando sobre os últimos acontecimentos e o que ainda lhe reservava a tal festa, esperava conseguir logo toda as informações do grupo de Geto, e conseguir matar todos eles, finalmente estar livre do peso da sua vingança.

—amanhã posto fic da festa À tarde, por que hoje não durmo em casa e não consigo terminar de escrever, e pra assim vocês não terem que ficar  esperando até de noite amanhã, mas promete viu gatxs muito fogo, beijos meus xodó—