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Anahí: Já pode ir falando, o que tanto deseja?

Carlos solta um breve suspira: -Sei que errei Anahí, sei que abandonei você e a nossa filha...

-Acho que isso é tarde de mais, não acha? - Ela olha no fundo dos olhos dele, procurando algum olhar de mentira. Mas ao contrário do que ela esperava, via um olhar de sinceridade, arrependimento e medo.

- Eu não acho que seja tarde. Eu ainda tenho tempo de reconquistar vocês, de aproximar da minha filha e ver ela crescendo. Sei que fui um babaca, que fui escroto com você, quando foi me procurar. Mas esse tempo todo eu amadureci, Anahí! Não quero que minha filha cresça sem um pai. Sei que perdi boa parte da vida dela. Mas eu ainda tenho tempo de recuperar o tempo perdido. Quero que minha filha cresça sabendo de mim, sabendo que nunca recusei ela, que sempre vou estar ao lado dela para tudo. Quero que ela saiba Anahí, que eu a amo! Eu conheço minhas consequências, sei que não vai ser fácil me aproximar dela. Mas eu tenho total consciência, que quero reconquistar nossa filha. Ela não tem culpa de nada, Anahí. Ela é apenas uma criança, que precisa de um amor de pai. Por isso, eu estou aqui, por favor não me afasta da minha filha. Deixa eu me aproximar? Deixa eu cuidar dela por todos esses anos?

Anahí: Ca..Ca..Carlos...eu...Meu Deus! - Fala com a voz falha, por causa do choro.

- Deixa eu me aproximar dela, Anahí, por favor?

- Si...Sim... Pode.— Anahí, fala com uma voz fraca.

- Também quero que saiba, Anahí, que eu não quero conquistar apenas nossa filha. E sim você também!

Anahí olha ele de uma forma estranha, tentado assimilar cada palavra que ele falou: - Olha Carlos, eu sinceramente fico muito feliz por você querer se aproximar da sua filha. Mas o que aconteceu com a gente, simplesmente acabou. Não daria mais certo, e eu absolutamente não sinto nada por você, não mais. - Ela fala de uma forma completamente grosseira.

Carlos: Eu entendendo, que você e sua família não confia mais em mim. Mas Anahí, eu não vou desistir de você e da nossa filha. Eu sinceramente, quero construir uma família com vocês duas.

Anahí solta um gemido frustrado pelo rumo que aquela conversa estava levando, e resolve mudar de assunto o mais rápido possível: -Bom, eu estava já indo para o hospital, se quiser pode ir comigo para ver a Bia.

Claro, que sim! - Ele ver ela pegando as duas bolsas de roupas, e se apressa pegando elas de sua mão. - E como está indo o caso da minha filha?

- Cada dia mais difícil!

- Eu quero tentar, Anahí. -Diz em um fio de voz confiante. - Eu quero ver se sou compatível com minha filha. Se não for, eu rodo esse mundo tudo, até encontra uma pessoa que possa ser.

- Carlos, obrigada por isso! Sei que esta fazendo isso porque se arrepende do seu passado, mas a Bia precisa muito de você. Falo de um amor de pai, e um apoio de um. - Ambos vão em direção ao carro de Carlos, que sorria de leve por cada palavra da Anahí.

David

Quando o David tirou suas luvas e máscara, após sair de uma cirurgia complicada. Ele resolvo ir tomar uma água, era um momento que ele mais odiava em fazer: Da a notícia da morte de um paciente.

Lidar com a morte não é fácil para ninguém. Ainda mais quando se é médico, quando se perde um paciente o sentimento de fracasso bate forte. Na residência somos ensinados a não se apegar a um paciente, ser sempre racional e não emocional.

Se você não sente que é a pessoa mais sortuda do mundo, eu David, te convido a fazer uma visita na área da oncologia. Principalmente, na oncologia pediátrica, lidar com pacientes com câncer não é fácil. Ainda mais com uma criança!

Após da a notícia a família, observo os mesmo chorando com desespero pela morte do garoto. Me afasto deles com o sentimento de fracasso dentro de mim.

As pessoas nós ver como heróis. Que nós somos pessoas fortes. Mas deixa eu te contar, somos mais fracos do que se imagina.

- Finalmente te encontrei, Dr Giuntoli. - Belinda, diz se aproximado até mim caminhando ao meu lado pelo corredor. - Como foi com os pais do pacientes?

David: Horrível, eles acabou de perder um filho que tinha a vida toda pela frente, não?! -Respondo de uma maneira grosseira, e dou um longo suspiro ao ver o silêncio dela. - Desculpa, eu não queria ser grosso com você. Não está sendo um dia bom para mim.

- Eu entendo. Você não parou um minuto hoje, e ainda não almoçou, aceita minha companhia para isso?

- Acho melhor não, Belinda. Fala sério David! Você não parou o dia todo, e daqui a pouco tem outra cirurgia, precisa se alimentar antes de pegar um bisturi. Por Deus, não seja irresponsável! Uma coisa que você não é meu querido.

- Está certo, vamos lá então, senhorita mandona.

Belinda sorri vitoriosa. - Sabe o que eu andei pensando? Poderíamos sair para curtir um pouco. Faz tempo que isso não acontece, e eu estou com saudade, sabe?

David: Sim, eu sei! Corre atrás de mim, igual um cachorro correndo atrás de uma moto.

Belinda: Tinha esquecido de como você é um amor com as palavras. -Eles entra na cantina do hospital.

- Dr Giuntoli e enfermeira Peregrín. O que desejam?

- Oi, vou querer um suco de morango e um prato de salada, por favor.

- Sim, senhorita -Diz anotando os pedidos. E o senhor Dr Giuntoli?

- Vou querer o mesmo de sempre, e um suco de laranja. -Ele observa o moço anotando os pedidos e saindo logo em seguida.

- Então, você tem certeza que vai me recusar assim? Você nunca me recusou!

- Tenho Belinda, não estou com cabeça no momento, perdão.

Belinda observa ele e resolve falar. - Não acha que está muito ligado a família Portilla, emocionalmente?

- Não sei o que está falando.

- Sim você sabe. Não só eu percebi isso David, mas todo o hospital. Você esta ligado ao caso dos Portilla. E você sabe que pode sair machucado disso. Não estou falando isso, por que gostaria inda de estar dormindo com você. No fundo talvez sim! - Diz em um tom de brincadeira. - Falo isso, por que sou sua colega de trabalho, e um envolvimento assim com um paciente e a família dele, não é algo bom. Mas se você esta, afim na mãe da menina. Vai em frente, só não deixa isso acabar com seu lado profissional.

David fica calado ouvindo cada palavra que a Belinda, falava com ele, cada uma das coisas que saía da boca dela era uma facada no seu coração. Após, a comida deles chegar eles comem em um completo silêncio. David, ainda absorvia as palavras de Belinda. Ele é tirado do seus pensamentos com uma mensagem de sua irmã Isabela: Oi, gostaria de conversar com você. Poderia vim aqui em casa amanhã a noite? David ler a mensagem da irmã e resolve responder em uma outra hora, não estava com cabeça para ninguém. Seu dia não foi um dos melhores e as palavras de Belinda, toda hora aparecia na sua cabeça.

Dias y Dias ADTOnde histórias criam vida. Descubra agora