Capítulo 30.

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A anestesia te faz contar coisas, que você nunca pensou em dizer em vista alta

~ᴊᴇᴏɴ ᴊᴜɴɢᴋᴏᴏᴋ.
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Eu nunca senti tanta dor na minha vida, mesmo com anestesia, a dor embaixo do meu umbigo e nas minhas costas estão quase me matando — fora que minha cabeça e outros lugares do meu corpo estão doloridos pela queda

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Eu nunca senti tanta dor na minha vida, mesmo com anestesia, a dor embaixo do meu umbigo e nas minhas costas estão quase me matando — fora que minha cabeça e outros lugares do meu corpo estão doloridos pela queda.

Eu me lembro claramente de uma coisa antes de entrar na ambulância para vir nesse hospital, eu meio que mandei o dedo do meio para as três garotas — que tentaram me pedir desculpa, de todas as formas possíveis. Só pediram porque eu estou grávido, mesmo que eu não estivesse... Empurrar alguém do topo de uma arquibancada é coisa de doente.

Enfermeiros para todos os lados, a sala de emergência estava um completo caos — eu nunca recebi tanta atenção de uma vez como agora, meus braços estão cheios de agulhas com soros e outros líquidos aleatórios. Eu conseguia ver meus batimentos cardíacos no monitor, meus sinais vitais estavam bem pelo que o médico falou. Por falar em médico, aonde será que ele está? Ele tinha ido buscar algo que me ajudasse a não perder os bebês, já se passaram cinco minutos.

— Moça, eu vou acabar perdendo os meus filhotes? — Perguntei para uma das enfermeiras que apenas coçou a própria nuca, sem saber o que responder.

Desde que eu cheguei, ninguém me respondeu nada sobre os bebês — logo eu que estou grávido deles, os funcionários estão escondendo a porra da informação da pessoa que mais quer saber sobre o assunto. Eu estou quase arrancando essas agulhas do meu braço p'ra ir esganar um deles, vai que assim eu consiga pelo menos uma pista.

— Temos uma única saída, que pode funcionar — o médico finalmente volta, dessa vez acompanhado por um alfa que eu conheço muito bem. — Mas é bem arriscado.

— GUUCK-AH! Meu amorzinho — Taehyung tenta correr até mim, mas dois alfas que parecem ser seguranças o seguraram pelos braços impedindo-o.

— Para de gritar, eu tô com a cabeça doendo pela queda — rosno para o garoto que sorri ainda mais, vendo que eu estou melhor.

— Que bom que você está vivo, os bebês estão bem? Nossos filhotinhos? Nossos bebezinhos? Caramba eu tô tão feliz que você tá bem! — Ele começou a dar pulinhos animados, tentando não chorar na mesma hora que tentava se soltar dos seguranças. — Porra eu vou se papai! Depois disso podemos nós casar certo? Se quiser eu tento um emprego na empresa dos meus pais, vou te mimar p'ra karalho!

— Eu espero que os filhotes estejam bem, fico feliz por você estar feliz — sorrio para ele, que me olha com uma cara de bobo apaixonado. — Mas agora fica quieto seu idiota, que a situação é séria!

Relação de amor é ódio, isso nós resume.

TODOS SAIAM DA SALA, preciso ficar sozinho com o casal — o médico falou seriamente, olhando diretamente para a minha barriga.

Todos saem da sala deixando nós três sozinhos, um clima estranho estava começando lentamente por todo o local. Meu namorado se senta na cama perto de mim segurando minha mão com força, logo abrindo um sorriso bobo — como se fosse uma criança no meio de uma doceria.

— Bom senhores, o caso é grave — o médico chama nossa atenção, me fazendo engolir seco. — Prestem atenção.

Me ajeito bem na cama, fazendo com que o alfa de cabelos acastanhados analisasse todos os meus movimentos, me ajudando com o travesseiro — pelo menos ele teve uma reação boa, tirando um por cento das minhas preocupações no momento. Só de pensar na possibilidade de perder os bebês, eu tenho vontade de chorar. Em pouco tempo, só de sentir pequenas coisinhas que eles causam — eu fico todo bobinho.

— Jungkook caíu de um lugar muito alto, acabando por fraturar o pulso e fazendo um ferimento na nuca, quanto aos filhotes, você quase sofreu um aborto mas por sorte eles estão resistindo bem, o que nós dá um pouco de tempo para pensar numa solução para salvá-los.

— Fala logo o resultado dos exames moço — o Kim choramingou fazendo carinho na minha mão com o dedão, ele parecia estar quase explodindo.

— Certo, os filhotes ainda estão com sérios riscos então eu me lembrei de uma solução arriscada para que eles fiquem salvos. — O doutor arrumou os óculos de grau pegando um dos meus raios-X é o analisando, com toda a cautela tô mundo.

— Que seria? — Ergo a sobrancelha sentindo uma dor aguda no peito.

— Uma marca.

— Uma marca? — Grito na mesma hora que o alfa do meu lado, claramente confusos. — até onde eu sei, é impossível que um alfa marque um beta — dessa vez eu digo sozinho, fazendo o meu companheiro concordar.

— Não é Impossível, só é raro. Pense bem, você tem um pouco de genética ômega por conseguir gerar filhotes, uma marca não é nada comparado à isso — o beta mais velho se sentou numa cadeira, perto de nós dois. — As marcas fazem seu lobo interior se conectar com o de seu companheiro, criando um laço inquebrável que não pode ser desfeito nunca mais! Uma das coisas que esse laço faz, é suportar dores juntos... Ou seja, a saúde de vocês estaria ligada.

— Aí eu daria a minha força para os filhotes indiretamente — Taehyung concluiu animado, fazendo o senhor concordar.

— Isso é seguro? — Olho esperançoso para o doutor, apertando a mão do Taehyung.

— Não é nada seguro, temos várias possíveis consequências sobre isso. A decisão é de vocês, isso pode ser a única saída dos filhotes, então... O que vocês acham?

— Por mim tudo bem, faço o que for preciso para salvar eles — Tae fala na minha frente, fazendo com que os dois me olhassem juntos esperando por uma resposta.

Correr um risco para salvar meus bebês é bem melhor do que não fazer nada quanto à isso.

— Eu topo.

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐨 𝐩𝐢𝐨𝐫 𝐛𝐞𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 → ᴛᴀᴇᴋᴏᴏᴋ' ᵃᵇᵒ · ʰᵒᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora