CAPÍTULO 8

211 31 0
                                    


Observo Christie dormindo na cama do hotel. Meu desejo era deixá-la em seu apartamento e ir para casa. Meus planos mudaram quando a vi desestruturada e eu fui o culpado pelo seu destempero.

É a primeira vez que uma mulher fora da família mexe com o meu instinto protetor. Assumo que ela mexeu comigo desde a primeira vez. Nunca me faltou desejo pelo sexo feminino, contudo, com ela essa atração tomou maiores proporções. Nunca fodi uma mulher amarrada por punição e isso me preocupa.

Sei que a culpa é totalmente dela, por ser atrevida, altiva e muito independente. Qual o problema de ceder aos seus próprios desejos e também aos desejos de um homem louco para fodê-la? Ela nem percebe o quanto a sua vontade de ser livre me provoca e torna a minha busca mais incessante. Preciso ter cuidado com essa obsessão. Se isso cair em ouvidos errados, podem interpretar erroneamente e ela passa a ser interessante aos inimigos.

Ela se estica na cama e eu acompanho os seus movimentos. Seu vestido sobe e vejo parte da popa da sua bunda. É o suficiente para sentir meu pau inchar.

Ela abre os olhos, olha o lugar onde estamos e analisa a marca vermelha em seus pulsos.

― Devo desculpas a você pelas marcas, não pensei que isso fosse te machucar. ― Ela se senta na cama.

― O caralho que você não sabia que me machucaria, Rico. Desde o começo essa era a sua intenção. Confessa, seu figlio di puttana. ― Sorrio sem querer.

― Vejo que já sabe xingar em italiano. É... talvez eu seja mesmo um. Só quero que você entenda de uma vez por todas, que me pertence, senhorita Miranda.

― Você não me merece, Rico. Eu sou uma mulher livre, gosto de ser assim. Gosto do seu corpo, do que você provoca na minha pele quando encosta sua mão. Mas não quero exclusividade. Quero viver tudo que a vida pode me proporcionar. ― Saio da poltrona e me sento ao seu lado.

― Eu estou pedindo o seu corpo, Christie. A única liberdade que não concordo é dividir você com outros homens. Não quero romance, juras de amor, mesmo porque a minha posição determina que preciso escolher alguém do meu meio para me relacionar. Estou pedindo que fiquemos juntos enquanto essa química ainda existe. Sou novo, a máfia ainda não me pressiona para contrair matrimônio. ― Ela me olha compenetrada, talvez pensando nas minhas palavras.

― Sabe, às vezes, eu penso que você está se enganando. Você me quer, quer exclusividade. Isso parece para mim um relacionamento. Vejamos, quantas vezes você quer transar comigo, digamos, em uma semana? ― Olho confuso para ela. Quero responder todo dia e se eu disser o que penso, parecerá mesmo a porra de um relacionamento.

― Quando der vontade ― minto. Ela se movimenta na cama, levantando as pernas e as abraça com as mãos. Nessa posição, suas pernas ficam à mostra e eu salivo.

― Está com vontade agora? ― Ela é uma diabinha e sabe que a desejo. Não sei o que acontece quando estou com ela, fico transparente, ela consegue enxergar através de mim.

― Estou duro por você, bella. ― Pego a sua mão e coloco em cima da minha ereção. Vejo seus olhos brilharem e sua pupila dilatar.

― Rico, preciso de um banho. ― Minha vontade fica para depois. Levanto-me e vou em direção ao banheiro.

― Vou preparar um banho para você.

― Só se você entrar na banheira comigo ― ela me desafia.

Paro e a olho deitada na cama. Balanço a cabeça, inconformado com a resposta que vou dar.

― Hoje, posso fazer essa gentileza. ― Entro no banheiro e regulo a temperatura da água. Enquanto a banheira enche, penso que nunca me vi nessa situação. Dentro de uma banheira de hotel com uma mulher, sempre fui mais prático. Descubro que tudo tem uma primeira vez.

MEU MAFIOSO FAVORITOOnde histórias criam vida. Descubra agora