MEU MAFIOSO FAVORITO

CAPÍTULO 5

Quinze dias em Milão e eu decido que preciso me divertir. Aceito ir em uma festa dessas animadas, numa casa de shows, com um pessoal do último desfile que trabalhei. Bebo alguns drinks e fico mais alegre que o costume. A casa está movimentada e meus amigos me levam para um tour, mostrando-me os bastidores da boate. Tem algo que não está me agradando, sou atenta nessas paradas, em todo lugar que olho tem um homem vestido de terno e aqui não é um ambiente para esse tipo de frequentadores. Um homem muito bonito me tira para dançar e ele toca em meu corpo com segundas intenções, fazendo-me desvencilhar dele, e logo outro me aborda um pouco mais respeitoso. Ele fala em meu ouvido, convidando-me para sairmos dali e irmos para um local mais tranquilo. Olho para ele, ainda em dúvida, quando meu olhar periférico detecta um movimento. Naquele instante entendo o porquê de tantos seguranças na boate, Rico Bonaventura acaba de entrar no recinto e não me parece feliz. Aquilo me faz o sangue ferver, controlei-me o tempo todo, e talvez o excesso de álcool da noite tenha contribuído para as minhas futuras decisões.

Preciso provar para ele que eu mando em meus atos, se quero ficar com um cara eu vou ficar e ponto, não é um mafioso tesudo com cara de mau que vai me impedir. Peço para o garçom falar para o DJ da casa tocar uma música para mim. Ele vai até ele e pede a música Toxic.

Subo no palco quando a música começa e passo a dançar no pole dance, atraindo todos os olhares masculinos do ambiente. Rebolo muito, entrego-me a sensualidade, fazendo giros e passos inventados. Não enxergo Rico dali, mas sei que ele deve estar possuído. Meu sorriso aumenta a cada nota, a cada giro. De repente, puxo o meu vestido, estourando os botões, que voam para todos os lados, ficando somente vestida com uma lingerie vermelha e minúscula. Acho que parei a boate com a minha performance.

Homens e mulheres vibram, enquanto prossigo loucamente o meu show. Sei que o final será com ele entre as minhas pernas, mas por vontade própria e não por ele achar que é meu dono. Quando a música acaba e os aplausos, gritos e assobios irrompem o ambiente eu saio rapidamente pelo corredor lateral e entro no primeiro camarim que vejo. Não dá tempo de recuperar o fôlego quando a porta abre e ele entra.

― Gosta de se exibir, senhorita Miranda? Adora deixar os homens de pau duro, loucos por você? ― Ele avança em minha direção, com os olhos vidrados de ódio e eu olho para todos os lados, tentando achar uma escapatória.

Não tem nenhuma e, na verdade, eu também não quero fugir. Ele me prensa na parede e abocanha meus seios. Eu grito de antecipação.

― Nesse corpo ninguém mais toca até que eu esteja saciado dele, acho que a senhorita ainda não compreendeu isso. Também não entendeu que não sou muito paciente e que se você não se comportar terei que tomar medidas drásticas.

― Eu não sou sua, Rico. Coloca isso na sua cabeça. ― Ele me larga apenas para tirar sua boina, abrir o zíper da calça e colocar o pau duro para fora. Sem querer, eu salivo com a sua amostra de masculinidade. Coloca a proteção e ruge no meu ouvido.

― A única coisa que vou fazer agora, é colocar a minha cabeça e a pica toda dentro de você. Vira essa bunda morena para mim, Christie. Você merece uns tapas pelo showzinho que deu lá fora. ― Ele me vira e eu apoio na parede, louca para que ele cumpra todas as promessas. Rico mete todo ele dentro de mim e eu gemo de prazer. Adoro a sua enterrada, deixa-me preenchida como nenhum outro.

Isso é insanidade, misturado com paixão, com desejo e com luxúria. Rico pode ser tudo, mas quando ele crava em mim, parte de sua arrogância, do seu poder, da sua soberania some, dando lugar a um homem que gosta de dar prazer, que sabe foder uma mulher, que faz com que eu me sinta querida. Eu busco isso quando o provoco.

Mesmo agora, enquanto me fode com força, dando uns tapas merecidos na minha bunda, eu sinto que sou diferente de alguma forma e que ele sente prazer em me dar prazer.