Olho no espelho mais uma vez para conferir o visual.
― Nossa, Tess, como você faz falta. Não tenho ninguém para falar que estou maravilhosa. ― Sei que estou, aliás, eu sempre estou. Tenho um jantar de negócios com um novo cliente e preciso impressionar. Nada melhor que um belo vestido pretinho, cheio de transpassados. Básico, mas sem perder o glamour. Nos pés, o sapato sensação, sola vermelha, altíssimo. Prendo os cachos para não cair no rosto e completo com uma maquiagem terrosa.
― Maravilhosa. ― Pego minha bolsa, saio no corredor, tranco a porta e jogo a chave dentro. Viro-me rumo ao elevador e estaco. Encostado ao lado da porta do elevador, vestido de mafioso, um belo mafioso por sinal, está Rico Bonaventura. Em um terno negro, contrastando com a camisa branca, o homem está de cair o queixo. Não há mulher na face da terra que não queira esse homem agora.
Bom, agora eu não quero, tenho um encontro de negócios.
― O que faz aqui, Rico? Estou de saída e odeio me atrasar ― pergunto, apertando o botão do elevador.
― Você está maravilhosa, Christie Miranda. Sensacional seria a palavra correta.
― Obrigada, eu sei disso, mas ouvir uma segunda opinião reafirma o que já sei. ― O elevador chega e ele abre a porta para mim. Eu entro e ele me acompanha. Seu perfume inunda o ambiente.
― O que você quer, afinal?
― Vim te buscar.
― Eu tenho um jantar de negócios, Rico. Hoje não vai ser possível. ― O elevador chega e saímos. O portão é aberto e eu pego o celular para chamar um táxi. ― É uma pena ter perdido o seu tempo, mas preciso ir agora.
― Seu jantar é com Carlos Tufvesson, no restaurante Savini. Vão falar sobre vestidos de noivas. ― Olho para ele, espantada, e rosno.
― Colocou escuta telefônica no meu celular, senhor Bonaventura? ― Ele ri, deliciado.
― Não cheguei a esse ponto, ainda.
― Mas que merda está acontecendo aqui? ― Cruzo os braços, louca por uma explicação plausível.
― Fique calma, não quero ver você assim. O cliente é real, mas o jantar não vai acontecer hoje. Infelizmente, o senhor Tufvesson teve um contratempo e remarcou a reunião para segunda-feira.
― O que você fez com ele, Rico?
― Digamos que o fim de semana em um castelo tenha o deixado bem feliz.
― Se armou tudo isso, tem um propósito. Qual seria?
― Quero que você esqueça o lance de exclusividade. Repensei e acho que isso dá a impressão de um relacionamento. Eu não quero um e você também não. ― Acho essa conversa muito estranha, contudo, nada que vem de Rico é convencional. Deixo que ele continue.
― Quero te levar em um lugar para mostrar que estou falando sério.
― Que lugar é esse? ― Estou cheia de curiosidade, não disfarço. Penso nas possibilidades dos lugares onde dê para ele provar que não quer exclusividade. Talvez seja uma daquelas festas que eu frequentava em Nova Iorque.
― Deixa eu te levar. Prometo que se você não gostar, nós vamos embora.
― Tudo bem, talvez seja divertido. ― Entramos no carro, na mesma vibe de sempre, vários seguranças, carro na frente e atrás. Sair com esse homem é o mesmo que viver perigosamente. Tento acompanhar o caminho e me perco depois de dez curvas.
― O que fez você mudar de ideia, Rico?
― Pelas nossas conversas pude perceber que a única coisa que está atrapalhando para que eu possa te foder quando quiser, é a tal da sua liberdade. Cheguei à conclusão de que isso não me afeta, desde que tenhamos um tempo juntos. Resolvi ceder.
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