◇ Second Chapter ◇

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Diferente do que deveria acontecer, as refeições noturnas não foram um enorme banquete e nem teve festa para o povo aquela noite. Tanto Yoongi quanto a população não estavam receptivos à comemorações, não quando um dos seus estava ferido depois de meses dado como morto.

Ao contrário do normal, Yoongi comeu em seus aposentos, sozinho com sua própria mente e sentimentos. Talvez não fosse a ideia mais inteligente deixar um homem poderoso alimentar sua ira, mas ninguém queria enfrentar o Min depois de escutarem os estragos feitos no quarto.

Quando a noite brilhou e os pratos do rei foram limpos uma batida interrompeu o silêncio sepulcral do quarto real.

— Sim? — Yoongi perguntou sem tirar os olhos da lua que via de sua janela.

— Sou eu, senhor, Aera — A mulher disse tranquilamente — O senhor me pediu que lhe informasse quando fosse trocar os curativos do comandante.

— Pode ir Aera, já estarei lá, obrigado! — Respondeu suspirando.

Em minutos Yoongi estaria diante de seu exército, tinha feito questão de convocá-lo e convocar seu concelho. Iriam discutir o que fazer, ou melhor, como contra atacar. Estava claro que tinha algo de errado e o Min não estava feliz, na verdade ele estava furioso como nunca antes.

Se olhando no espelho e vendo as roupas simples em tons escuros o rei se dirigiu até o local em que Hoseok estava agora. Devido suas preocupações, Yoongi tinha decidido deixar o comandante no mesmo corredor que o seu, a dois quartos de distância, e por isso não levou muito tempo para chegar. A porta estava aberta e era possível ver Aera limpando as feridas junto com seus aprendizes.

— Como está o corte? — Yoongi perguntou se aproximando.

— Ainda é difícil saber, senhor... Ficou muito tempo sem o devido cuidado e suponho que o Comandante tenha se esforçado bastante enquanto ferido...

— Quando ele irá acordar? — O rei perguntou se abaixando ao lado da cama e segurando a mão do outro.

— Na melhor das hipóteses... Em três dias — A médica suspirou — Ele perdeu muito sangue, meu rei. Devemos ser gratos que tenha conseguido chegar com vida até nós.

— Eu sei, Aera... Mas não posso deixar de pensar que deveria ter algo mais a ser feito — O Min disse acariciando levemente a bochecha pálida e magra.

— Por agora devemos lhe cercar de atenção e positividade — A mulher disse sorrindo ao fitar o rosto do Jung — O senhor Jung é incrivelmente forte e sempre gostou de surpreender a todos deste Palácio, meu senhor, acredito que se cuidarmos bem de suas feridas e lhe dermos um ambiente confortável... Logo ele estará nos surpreendendo novamente.

— Eu espero que sim... — Sussurrou o rei fracamente.

◇•◇•◇•◇•◇•◇•◇

O concelho real tinha sido quase totalmente renovado, claro que isso era comum de acontecer no Reino dos Min e por isso não tinham objeções quanto ao novo governo.

Estavam sentados na sala de reuniões os cinco homens de confiança de Yoongi, junto com o antigo rei e a antiga rainha. Todos tinham acabado de escutar o relatório de Aera sobre o que foi constatado com o estado do comandante real e agora olhavam sérios para Yoongi.

— Suponho que nem todos tenham conhecimento de qual era a missão do comandante Hoseok e por isso gostaria de pedir ao antigo rei que nos explicasse com exatidão. — O Min falou com seriedade e logo viu seu pai se levantar.

— No início do último ano alguns informantes reais nos informaram sobre entradas de estrangeiros no Porto de Fronteiras, eles não pareciam trazer muitas coisas mas costumavam ficar pela região apenas. Inicialmente não vi nada considerável mas com o tempo eles começaram a espalhar assuntos e gerar pequenos problemas, foi então que o informante reconheceu algo incomum entre os estrangeiros, todos tinham uma marca a ferro no pulso, a marca do Império Ascendente.

The King's CommanderOnde histórias criam vida. Descubra agora