Capítulo 3: little sister

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Josephine point of view

— Você vai bater — escutei o Chris na escuta e revirei os olhos, acelerei mais — Porra Bieber! Ela vai bater o carro novinho.

Fiz a curva aberta sem problemas nenhum e acelerei mais ainda, me aproximando da curva fechada que o Beadles jurava que eu não ia conseguir passar.

— Ela não vai — o Justin riu do outro lado e eu abri um sorriso, ele tinha me ensinado tudo aquilo afinal.

— Vocês dois são loucos.

Abri ainda mais o meu sorriso convencido, mesmo que ninguém além de mim pudesse ver, e me preparei para a curva. Segurei firme no freio de mão e virei o carro de lado, derrapando pela pista e soltando o freio de mão na hora certa, finalizando o drift perfeitamente. Diminui a velocidade e freei assim que ultrapassei a marcação da pista, descendo do carro e gargalhando com a cara que o Chris estava.

— Você ainda me subestima, Christian. Esse é o seu maior erro.

Me aproximei do portão aberto do galpão, onde os dois estavam, e dei o meu melhor sorriso convencido, o Justin mordia o lábio enquanto fingia estar concentrado na moto que estava concertando.

— Como você conseguiu fazer aquilo tão fácil? — ele apontou para o carro e eu dei de ombros, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

— Eu tenho treinado. Dirigir clareia a minha mente.

— Que bom. Hoje a noite você vai clarear a mente e ganhar, pelo menos, 100 mil na pista.

— Você não acha isso meio ganancioso para um racha de rua? — me sentei na mesa onde as ferramentas do Justin estavam, ele olhou rapidamente para mim e voltou a prestar atenção na moto.

— Não mesmo — o Chris pegou o tablet e me mostrou uma conversa com o cara que administrava essas corridas — Todos sabem que nós voltamos, hoje a noite é a primeira corrida que vamos aparecer e todo mundo quer mostrar poder, Jô. Eles vão fazer de tudo para evitar que tomemos o controle outra vez, o que significa que as apostas são altas.

Concordei lentamente enquanto lia a conversa. A expectativa de público para hoje era muito maior do que as festas que eu costumava ir e o valor das apostas estava acima do normal, a noite seria uma loucura.

— E você vai acabar com todos esses convencidos de merda — encarei o Justin, que se aproximava de mim com o rosto sério — Vai mostrar para ele que nós voltamos com tudo.

Eu sabia que era boa na pista, é o que eu nasci para fazer, mas eu nunca tinha corrido com ninguém de Atlanta e isso me assustava um pouco. Justin e eu treinamos muito enquanto estávamos no Canadá e na Itália (nós passamos um pequeno período de tempo lá para evitar sermos rastreados), mas eu perdi várias corridas antes de me tornar boa de verdade. Conhecer os oponentes é um ponto muito importante para ganhar e não fazer ideia de com quem eu ia correr me incomodava um pouco. No entanto, eu nunca ia deixar isso transparecer.

— Ainda bem que eu amo uma chegada dramática — sorri de lado e senti as mãos fortes do Justin na minha cintura.

— Está nas suas mãos, primeira-dama.

Confesso que um arrepio passou pelo meu corpo ao ouvir o Justin falar isso, eu sei o que ele quis dizer e prefiro evitar o assunto ao máximo. Desviei o olhar e vi o Christian se afastando para checar o carro que eu deixei na pista.

— Que horas você vai encontrar o seu irmão?

— Eu saio daqui em 10 minutos — respondi baixo, ainda encarando o lado de fora.

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