Capítulo 7: arco e flecha

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Josephine point of view

Quatro dias depois

— Eu estou falando sério — gargalhei, quase não conseguindo terminar a frase — A Ma ficou muito bêbada naquela noite e saiu dizendo que o Ryan era um idiota e que ela preferia esfregar a boca no asfalto a ter que ficar com ele de novo. Adivinha quem acordou na cama dela no dia seguinte?

O grupo todo caiu na risada e a Mariah fez uma careta.

— Eu faço coisas estúpidas quando eu bebo, ok? todo mundo faz — ela se defendeu.

— Você quis dizer, que fala coisas estúpidas né — o Ryan abraçou ela por trás e mordeu a bochecha dela.

— Não. Eu faço mesmo. Ou não teria dormido com você, o que eu falei era verdade.

Todo mundo riu de novo e dessa vez foi o Ryan que fez careta. Me levantei da cadeira e fui até a mesa onde deixamos as bebidas, me servi de mais coquetel e peguei um petisco que tinha ali. Até que dois braços tatuados me rodearam por trás.

— Eu quero — o Justin falou, deixando um beijo no meu pescoço antes que eu desse um pedaço de torta na boca dele.

Me virei para ele e comi mais um pedaço, observando o grupo na nossa frente. Depois de uma semana muito intensa, nós decidimos tirar uma pequena folga e passar um tempo na área externa, acho que todos precisávamos relaxar um pouco.

— Você vai comigo para Florença? — ele perguntou, chamando a minha atenção novamente.

— Eu não sei. É a semana do aniversário do meu irmão e eu pensei que seria o momento perfeito para, você sabe, estar presente — dei de ombros.

O Justin riu e ergueu as sobrancelhas.

— Presente? Você evitou o assunto a semana toda, Josie.

— Eu estava ocupada, o que eu podia fazer?

— Nós dois sabemos que quando você quer fazer algo, nada te impede — ele estava certo, mas eu não queria discutir aquele assunto.

— Vamos voltar.

Puxei ele de volta para o nosso grupo de amigos e nos sentamos na mesma cadeira que eu estava antes, fiquei no seu colo. Observei a animação de todos, enquanto o Chaz contava mais uma de suas histórias engraçadas, e relaxei ao sentir aquela sensação boa de estar com as pessoas que eu amo, esse grupo estranho acabou se tornando uma família para mim.

O Justin foi sim, o motivo para que eu largasse tudo, mas se ele não tivesse me mostrado que eu poderia ter uma família que me entendia, talvez eu ainda estivesse presa a minha antiga vida.

FLASHBACK

5 anos antes

Eu estou, definitivamente, perdida. Em algum momento entre o carro e o banheiro, eu me perdi da Ma e não faço a mínima ideia de como achá-la no meio dessa multidão. E o pior é que esse é o primeiro racha que eu vou, está cheio de pessoas extremamente perigosas e que eu não conheço.

Continuei andando (lê-se, esbarrando) no meio do tumulto de pessoas, que continuavam comemorando a vitória daquele loiro tatuado na última corrida, até que um cara se vira de uma vez e bate bem de frente comigo, toda a bebida dele descendo pelo decote do meu vestido.

PORRA.

— CARALHO QUE SUSTO! — levantei o olhar para o cara na minha frente, ele não parecia o tipo que me mataria nem nada, mas eu não estava com sorte hoje.

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