A menina coberta de carmim

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Kóri olhou para Tsunade com uma critica implícita no olhar

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Kóri olhou para Tsunade com uma critica implícita no olhar. A Hokage ignorou enquanto bebericava o sake, a versão quente conhecida por kan, enquanto Kóri mantinha o próprio suco de frutas intocado. Não era que achasse que a Hokage iria envenena-la, mas dado ao ultimo episódio naquela vila...

– Eu suponho que lhe devo desculpas, Kóri. –A garota se incomodou com o tom informal de Tsunade. A Hokage a encontrara na rua com seu time e lhe levara até um café para uma conversa. As crianças pareceram impressionados com Kóri sendo próxima da Hokage, mas ela mesma estava bastante desconfortável. – Neji me disse que não reagiu bem ao nosso pequeno... Esquema.

– Não cabe bem a uma Hokage pedir desculpas pelos estratagemas que usa para garantir a segurança de sua vila. –Kóri disse de maneira indiferente e recebeu o olhar analítico de Tsunade em retorno. Havia um sorriso quase maternal no rosto dela, entretanto.

– Você se tornou uma coisinha bem imperturbável, não é?

– Por que me chamou aqui, Hokage-sama? – Kóri questionou em voz baixa. Tsunade suspirou baixinho.

– Eu era amiga da sua mãe e, após certo tempo pensando, achei que era injusto a forma como lidei contigo. É um pouco ingênuo e não típico meu, admito, mas estou propondo o mais próximo que podemos chegar de uma amizade. – Tsunade olhou para o copo de sake pensativa – Acho que sua mãe gostaria que alguma das amigas dela lhe propusessem amizade e conselho que ela não pode lhe dar.

Kóri desviou os olhos para as mãos, pouco interessada em olhar a Hokage com o bolo na garganta que tentava engolir. Pouco lembrava ou sabia da mãe, mas o pai sempre atestara aquilo sobre ela. Tinha sido uma mulher vivaz e disposta a conhecer a todos. Tivera muitas amizades entre as vilas mesmo sendo uma ninja de alto escalão em Kirigakure e a criação brutal dela jamais lhe minara a vida. Não era uma grande surpresa que tivesse se apaixonado por um estrangeiro com o quão extrovertida fora.

Mas isso lhe custara demais.

– Sunagakure sempre estará de portas abertas para amizade com Konohagakure, Hokage-sama, mas eu tenho tudo que eu preciso na minha vila. – Kóri se ergueu da mesa e, com uma reverencia respeitosa, ela deu as costas para sair do local.

– Você e o Kazekage brigaram? –Tsunade perguntou em voz baixa. Kóri congelou.

Talvez, em outro dia, ela teria apenas andado adiante sem lhe dar nenhum crédito pelo palpite terrivelmente certeiro, mas Kóri estava sensível demais a qualquer menção a Gaara e aquilo era demais para ela. Engoliu em seco, amaldiçoando silenciosamente e desejando que ela fosse melhor. Anos espionando e executando, ou levando para a execução, pessoas por ordens da vila quando era apenas uma criança, mas a menção a Gaara a desarmava. Era patético.

Mas Kóri odiava as noites em Konoha. Ela odiava os sons das manhãs e ao fato de que não teria o escritório para ir... Odiava o som do nome de Gaara na voz de Matsuri e abominava completamente a alegria despreocupada em Konoha.

Sentakushi: Akai Ito Onde histórias criam vida. Descubra agora