Conflitos com Iwagakure

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 O tempo passava para eles num ritmo tranquilo, com uma rotina preestabelecida e uma calmaria que agradava Kóri

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O tempo passava para eles num ritmo tranquilo, com uma rotina preestabelecida e uma calmaria que agradava Kóri. Ela tinha a própria sala no prédio, mas passava a maior parte do tempo na de Gaara trabalhando com ele, ou em reuniões com ninjas ou o conselho. Chiyo não deixara de se opor a ela e o peso de seu julgamento estava sempre lembrando a Kóri quem ela fora e o que fizera. Jamais tivera coragem de perguntar a Gaara se ele lera seu arquivo, se descobrira o quanto a sua segunda em poder era marcada por sangue e traição.

De fato, um currículo impecável sem um único fracasso.

Um currículo repleto de sangue.

Ela, Kankuro e Temari ainda saiam em missão com relativa frequencia. Kóri se tornara particularmente exigente em suas missões. Ela pegava aquelas com dificuldade e o fato de agora estar sozinha nelas não agradava Temari. Kankuro gostava de perguntar se a convivência com Gaara a tornara suicida.

Aqueles dois tinham conseguido manter suas piadinhas para quando Gaara não estivesse presente, mas ela sentia o humor e a malicia no olhar de Kankuro, a forma como as palavras chegava a beira de seus lábios, sempre que ele os encontrava tarde da noite ou muito cedo de manhã trabalhando em papéis ou relatórios. Nem Kóri e nem Gaara eram bons em respeitar o horário de trabalho, principalmente por serem adolescentes com uma vila inteira para organizar, acordos para fechar, tentativas de diplomacia e lidar com os Daimyoos desdenhosos.

Eles não entendiam o contexto do poder e a responsabilidade de Gaara para assumir mesmo com a pouca idade. Este, por sua vez, não deixara a desejar em um único momento desde que assumira. O momento mais difícil para Kóri era quando tinha que deixar seu posto ao lado dele para alguma missão... A rotina de trabalho. A presença de Gaara, outrora tão opressiva e desconfortável, se tornaram parte essencial dela.

Era doloroso sair de Suna. Ficar longe dele.

Gaara estava se tornando uma droga necessária a Kóri e a garota tinha plena noção do quão perigoso aquilo era para si mesma. Ele não comentava sobre a mudança de estilo dela desde que começara a trabalhar, mas Kankuro e Temari estavam sempre de sobrancelhas erguidas perante as roupas mais claras e ao cabelo solto.

Havia pouco tempo sozinha. Os maiores momentos sozinha era em suas missões e isso passou a ser, rapidamente, atrelado a saudade de casa... e casa passou a ser resumido aos irmãos. Principalmente a Gaara.

– Sem notícias, eu suponho. – Kóri murmurou entrando na sala de Gaara. O rapaz estava com um relatório apertado entre os dedos observando o céu com sol alto. Era meio da tarde e o crepúsculo se aproximava com rapidez.

– Nenhuma. – Ele disse baixo.

Não era uma situação fácil para Gaara. A pior parte, para ele, vinha sendo enfrentar o fato de que ele queria salvar e proteger toda a vila e que era sua responsabilidade fazer isso, mas ele também deveria ser a pessoa que os enviaria para missões perigosas. Até para a morte. Gaara não interferia em suas missões, mas ela via uma sombra passar pelos olhos dele quando ela pegava as missões mais complexas.

Sentakushi: Akai Ito Onde histórias criam vida. Descubra agora