Uma vida deixada para trás

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Kóri se sentia com oito anos novamente

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Kóri se sentia com oito anos novamente. Sempre fora assim no passado. Kóri era uma boa manipuladora, sabia jogar jogos mentais e conhecia as leis, assim como as falhas dela. Lidava com políticos e tinha certo desdém por eles mesmo que agora tivesse se tornado uma. O problema era que seu pai e Baki estavam acostumados a repreendê-la por ter tido atitudes precipitadas que tinham tudo para causar caos.

Como a vez que Chiyo lhe provocara sobre sua incapacidade de matar alguém de quem se aproximara em Kirigakure, aqueles que ela usava para tirar informações possíveis, alegando que Kóri passara pouco tempo em Suna para lhe ser leal. Naquela época, de fato, ela não tinha motivos para lealdade. Ela contava com a proteção do pai caso sobrevivesse, pois todo seu rancor era dirigido a Kirigakure e a capacidade que eles tiveram em tentar matar ela e a sua mãe mesmo com acordos e selos para impedir traições. 

Então, como um ato final como espiã de Kirigakure... Kóri organizara um massacre. Nunca atribuiram a ela. Oficialmente, ela deixou Kiri apenas semanas depois e estivera no funeral da avó enquanto tudo ocorrera. 

Seu pai e Baki tinham lhe dado uma bronca daquelas... Então, ela não tivera mais permissão para retornar ao serviço de espionagem. Mesmo Chiyo tivera que admitir que Kóri dera lucros com o seu massacre. Lucros numa missão arriscada e até estúpida, seu pai deixara claro; aquela fora uma marca de Kóri que ele jamais conseguira corrigir. 

Seu corpo pulsava pelo perigoso mesmo que sua mente fosse treinada a se manter como sensata. A maior parte do tempo, sua mente vencia; isso a fazia uma boa conselheira, uma politica boa em reuniões e tratados e uma estrategista genial. Todavia tinha algo dela que pulsava e via a tona apenas ocasionalmente. 

As vezes, Kóri achava que fora aquilo que lhe conduzira a Gaara como uma mariposa para a luz. 

Sua permanência em Suna, determinação de fazer dar certo, veio com o preconceito tangível de Chiyo e os olhares desconfiados dos outros. Kóri não parecia alguém de Sunagakure, mas ela tivera seu pai e Gaara ali. Fora o único local que o retorno parecera uma casa. Seu nascimento fora resultado de um erro e demorou anos para que seu pai, junto de sua mãe, chegassem a um consenso por ela. 

E isso acabou em tragédia. 

Kóri seria mais do que o erro e a tragédia de seus pais. 

– Você está me ouvindo, Kóri? – Baki questionou e a garota apertou a fronte respirando fundo. Assentiu. – Não parece.

– Você está falando a dez minutos sobre como achava meu plano para lidar com Iwagakure estúpido, o que é desnecessário já que Gaara me proibiu de ir e fez sua própria jogada. – Que também fora horrível, Kóri não disse isso, mas o olhar de Baki deixava claro o que ele achava daquilo. – Eu vim discutir contigo sobre a próxima reação de Oonoki e o que podemos fazer em diferentes cenários. Você me perguntou qual tinha sido meu plano e eu lhe contei, mas é um plano que já foi inviabilizado. Isso não é relevante.

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