Escolhas: O fio vermelho do destino
Filha de uma kunoichi do alto escalão de Kiri e do Imediato de Suna, Yuuki Kóri teve a vida pautada na dualidade de sua descencencia. Aquilo era seu valor e seu demérito; sua força e fraqueza; poder e vulnerabilid...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Kóri observou, com humor contido, a animação de Kankuro e Temari depois de lhe retirarem, quase a força, informações sobre seu Kekkei Touta. Ela passara algum tempo explicando que o kekkei Genkai era a união de dois elementos, enquanto o Touta dependia de três. Era um pouco injusta, aquela classificação, enquanto haviam Kekkei Genkai como os de Gaara que não pareciam se encaixar em nenhuma delas realmente.
Naqueles casos, se dizia apenas que era um Kekkei Genkai não elemental. Os irmãos, nenhum deles tendo herdado, curiosamente o elemento magnetismo não despertava em toda uma linhagem. Lembrava um pouco o Mokuton em Konoha, exceto que não tinha desaparecido. A maioria pensava que sim. Ou preferia pensar. Kóri detestava aquilo.
– Aqueles cadernos que você está sempre com eles são sobre jutsus, então? – A pergunta veio de Temari e eu assenti.
– Minha mãe gostava de fazer anotações. Ajudava-a a aprender, minha avó me dizia sempre. Meu pai aderiu o habito dos cadernos para me fazer estudar mais o shouton, mas ele preferiu me treinar primeiro nos elementos; não conseguiu se aprofundar no próprio Kekkei Touta treinando comigo. É algo que pretendo fazer sozinha. Dominar ambos. Usar ambos. – Kóri falava em voz regular.
Aquela era para ser só uma pausa do treino, tanto que ela e Kankuro tinham garrafas d'agua nas mãos. Temari estava sentada próxima, no chão, as pernas cruzadas uma sob a outra e a encarando com curiosidade escancarada. Ela vira o que Kóri fizera em Kirigakuri, obviamente. Temari tinha acabado de acusa-la de deixar Kiri atormenta-la, então Kóri se expôs. Tomou lados, mostrou para eles quem ela era, do que ela era capaz, o que ela fora treinada para ser; diplomata, politica, kunoichi, conselheira e espiã. Indubitalvemente leal a Suna.
Seu pai esperara aquilo dela. Kóri tivera sucesso em absorver seus ensinamentos.
–Poderia usar o Shouton conosco em treinos? – Perguntou Kankuro, mas a garota teve que sacudir a cabeça.
– Tenho pouco controle ainda. Se eu cometer um erro posso mata-los. Esse elemento pode simplesmente cristalizar uma pessoa, de forma letal ou não; acidentes podem ocorrer. – Deu de ombros, tentando diminuir o peso da alegação e das memórias que aquilo trazia.
Um silêncio pensativo os tomou por um instante.
– Você foi uma espiã em Kiri. – Gaara falara pela primeira vez. Kóri sentiu os ombros se tencionarem levemente e ela o encarou de canto, as palavras dele, assim como as próprias, martelando em seus ouvidos. Ela duvidava muito que não tivesse corado um pouco, ao menos.
– Sim, eu fui. – Kóri admitiu. Gaara a observava atentamente e a garota aguardou a pergunta sobre a lealdade dela, mas esta não veio.
– Você é poderosa e habilidosa em tudo que se dispôs a fazer. O mesmo ocorrerá com os elementos. – Gaara falou e Kóri congelou, o encarando de olhos arregalados e completamente embasbacada. – Use-os mais.
