Visões desconexas apareciam em minha cabeça. Os lobos mandando ao mesmo tempo, deixava a minha mente uma verdadeira confusão.
Os estábulos eram grandes e limpos. Agradeci por isso.
— Gosta de cavalos, Clare ? – perguntou Lucien atrás de mim. Semicerrei os olhos.
— Vou andar a cavalo. Não posso ? – perguntei com os braços cruzados.
— Pode, mas não sozinha. – ele explicou.
— Se eu usar as meias do lado avesso... – fiz um carinho na égua branca – Você me deixaria cavalgar sozinha ?
— Meias do lado avesso – repetiu ele confuso.
— Para não me perder na floresta. – Expliquei – Humanos precisam fazer isso para que seus sentidos não sejam trocados. Se mantiver seus bolsos cheios de fruta secas, sua mente não vai ser influenciada.
— Onde escutou isso ?
Dei um riso nervoso.
— Não é preciso escutar. É mais como um senso comum onde eu nasci.
— Detesto estragar o seu senso comum. Mas, essas histórias sobre nós é mentira.
Olhei perplexa para ele. As regras dos feéricos do sul não se aplica aos feéricos do norte.
Dei de ombros.
— Vamos, então — falei, e Lucien gesticulou para que os cavalariços preparassem um cavalo. Eu me recostei a uma parede de madeira enquanto esperava, ofereci minhas respostas inexpressivas às observações de Lucien sobre o tempo.
A floresta estava totalmente vazia. Não havia nenhum sinal de feéricos, ou de qualquer Grão-Feérico perambulando. Onde eles estavam ?
Provavelmente na famosa festa de máscaras.
— Você disse que era um emissário de Tamlin — arrisquei. — Emissários costumam patrulhar a propriedade? — Uma pergunta casual e desinteressada.
Lucien emitiu um estalo com a língua.— Sou emissário de Tamlin para ofícios formais, mas este era o turno de Andras. Então, alguém precisava preenchê-lo.
Observei o rosto nenhum pouco amigável de Lucien.
— Você poderia tirar a máscara? – perguntei em um sussurro. – Quero ver o seu rosto.
— A peste não permite.
Levantei uma sobrancelha.
— O que aconteceu para que a magia agisse assim?
Lucien soltou uma risada áspera.
— Algo foi enviado das cloacas do inferno – disse ele, e, depois, olhou em volta e xingou. – Eu não deveria ter dito isso. Se ela soubesse...
Entrei na cabeça de Lucien.
Quem?
Uma imagem de uma fêmea feérica. Os olhos de ébano, os cabelos vermelhos e uma cara de desprezo na natural.
A peste, a doença, é Amarantha.
Minha dançarina de cabelos vermelhos.
Meu brinquedinho.
A cor sumira da pele bronzeada de Lucien. Ele passou a mão pelo cabelo.
Passos silenciosos amassaram a grama em nossos costas.
Lucien virou a cabeça para a direita, ouvindo, o olho rangendo baixinho. Olhei para trás.
— Humana, olhe para frente.
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ACOTAR- Corte de feitiços e rosas
Fanfiction(PAUSADA) Um barco surgiu em um dos reinos do sul. Com uma humana a beira da morte praticamente, ela parecia de uma pouco maluca. Dizia que os Grão-Feéricos precisavam de ajuda e que uma grande peste se espalharia. E uma das 3 Rainhas desse reino...