CAPÍTUL0 7

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O gosto do vômito alcançou a minha língua antes que eu tivesse atravessado completamente. O ácido estava em minha língua como uma camada amarga.

Ela parecia estar com medo de mim. Deve me achar um monstro.

Ela mentiu para mim e eu agradeço por isso.

Um nome inventado.

Ela me deu um nome inventado.

A humana dos meus sonhos vai viver bem, pelo resto de seus dias. Ela vai ter uma vida boa. Minhas mãos tremiam. Pelo horror.

Não aguentei ficar na dúvida. Esperei até que ela finalmente tivesse saído daquela maldita corte. Fui com eles, mesmo que ela estivesse na corte primaveril para quebrar a maldição. Não pude arriscar, o que Amarantha faria com ela. Brincaria com ela e acho que não suportaria o desespero que sairiam em seus lindos olhos castanhos.

                         🌟🌌🌟

Acabou, finalmente acabou.
Ela está segura. Meu peito estava um pouco quente por saber que ela estava bem e segura.

Tamlin, estava sentado carrancudo ao lado de Amarantha sem máscara. Observei tudo como se aprecisasse cada maldito momento naquele lugar.

Ao menos, o maldito trocará de lugar comigo, eu torço para isso, cada maldita noite.

Depois de dois dias. Tamlin, ainda a recusava. Eu estava aliviado por que eu pensava que ao menos eu seria esquecido. E agora, quem aquecerá a cama de Amarantha seria o nobre senhor da Corte primaveril. Mas não, ele preferiu ver Lucien receber 20 chibatadas a isso, a ceder.

Minha família está segura, meu povo e a humana também. Ninguém vai poder machucá-la, pelo menos ninguém de Phythian.

Amarantha havia proferido ordens para os guardas dela, para que encontrasse a humana que estava sob os cuidados de Tamlin.

Clare Beddor, eles haviam acabado de sair novamente. Nunca irão achar, é um nome inventado.

Eu estava no fundo do trono de Amarantha, com a máscara de sempre, fria como gelo. Até que um terror me abateu, tão forte e profundamente assim que o guarda passou pelo portal. Ele estava com as garras nela, a arrastando. Todos os meus instintos berravam. E ele a empurrou, ela quase caiu, mas um equilíbrio repentino a fez ficar irritantemente reta.

Nunca sentir tamanho terror. Mordi minha língua tão forte, que tive que parar para que eu não caísse.

Protega a. Protega a.

Eu estava nas profundezas do desespero, um passo e eu correria a sua ajudar a humana.

E lá estava ela. Com uma calça preta e uma blusa de linho verde.

O olhar dela denunciava que não sabia a mínima ideia onde estava, e esse olhar perdido estraçalhou a minha alma. Ela agora estava entre esses animais, os animais do quais tentei protegê-la.

Eu não deveria ter dito o nome, eu não deveria.

Que seja um pesadelo, pela mãe.

Não, por favor não. Ela é uma coisinha inocente e bela. Não merece isso, não merece. Eu me senti tão impotente, uma sensação horrível. Não posso protegê-la. Se eu demostrar que quero fazer isso, fariam uma tortura pior com ela.

Eu queria matar todos esses animais, arrancar a cabeça do Guarda, esquartejar Amarantha.

Mas não posso, e se eu tentasse protegê-la. Amarantha faria questão de fazer as piores coisas com a humana apenas para me atingir.

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