Mensagens...

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ARTHUR

É... acho que realmente estraguei tudo. Ela não deve mesmo querer falar comigo, já que faz 10 minutos que visualizou minhas mensagens e não respondeu. Só eu sinto saudades. Só eu a queria. Pensando nisso resolvo deixar de ser o cachorrinho da Carla Diaz e apago as mensagens que havia enviado, eu não seria trouxa de mulher nenhuma mais, já bastava o que minha ex me fez.

Após apagar as mensagens, coloco o celular no bolso do short e vou até a porta da sacada para fecha - la, mas assim que me levanto do sofá sinto meu celular vibrando e com isso engulo em seco.

"Será que era ela?" - Penso comigo, mas logo afasto esses pensamentos, porque claro que não seria ela, primeiro que estava nítido que não queria falar comigo; segundo eu havia apagado as mensagens, então não tinha como e nem porque responde - las, certo? Errado. Mas é claro que eu estava errado, talvez eu tivesse esquecido um pouco o jeito da minha loirinha, acho que havia esquecido o quanto é afrontosa e o quanto gosta de me afrontar, é claro que para poder mais uma vez acabar comigo nas palavras ela não deixaria passar batido mensagens apagadas, eu devo ser muito burro mesmo.

Era uma resposta tão simples a dela, mas por ser dela me fez ficar trêmulo e com o coração acelerado. Essa loirinha ia me enlouquecer, certeza. Eu preciso responde - la, mas o que? Fico algum tempo pensando até me lembrar das palavras de Eri.

"Pergunte ao seu coração, quem a conquistou foi você e do Arthur conquistar que Carla gosta e a fez se apaixonar. Sem ninguém em cima, você foi tendo atitudes e roubou o coração dela, então só ele pode te ajudar." - Meu cunhado tinha razão e ao contrário do que muitos pensam se eu errei tanto é porque eu decidi ser de verdade e talvez por isso tantos erros. Pessoas de verdade, erram. Pensando nisso, decido ser direto como uma flecha - Solto um leve sorriso ao pensar nisso. - E ser mais uma vez extremamente verdadeiro, mas dessa vez sem me privar e sem medo. Eu não podia perder mais tempo, eu já deixei passar 7 meses, eu precisava e queria Carla de volta e se ela estava ali tendo a oportunidade de me ignorar, tendo em vista que apaguei as mensagens, mas não o fez, pelo contrário estava dando a chance para eu responde - la e de certa forma até puxando assunto, eu não perderia mais tempo, então respondo.

CARLA

Eu estava super aflita, o garoto tava digitando a 70 dias e nunca mais terminava, eu estava a ponto de ter uma crise nervosa até que leio.

"Jamais me arrependeria.
Aliás, só me arrependo de duas coisas nessa Vida. Não ter sido bom o suficiente para você e por ter lhe deixado partir." - Sinto meus olhos encherem de lágrimas quando leio aquilo, ele me pegou totalmente desprevenida. Ai meu Deus, o que eu respondo? Eu devo responder? Bom quem tinha vindo atrás era ele, então ele que segure os B.O e me aguente.

CARLA - "Não está um pouco tarde para contar piada?"
Xxx - "Tarde esta, mas se bem me lembro você dorme de madrugada e isso não é piada."
CARLA - "Ai Arthur, me diz logo o que quer por favor, é melhor."
Xxx - "Tá com pressa dona Carla?"
CARLA - "Só estou tentando entender o que te levou a aparecer na minha Vida do nada, meses depois de já termos colocado um fim na nossa relação."
Xxx - "Pelo que me lembro não colocamos fim em nada, pelo contrário nós conversamos e choramos muito, e no final eu te fiz um pedido e você disse que veria o que poderia fazer."

Droga, ele tinha razão. Realmente nós nunca colocamos um fim 100%, nós nunca falamos que realmente não estávamos juntos, apenas as nossas atitudes mostravam e deixavam isso subentendido, mas eu me lembrava perfeitamente o que ele havia me pedido.

(Flashback on)

Após uma longa conversa aqui estou eu esperando ele falar com o Chaplin e finalmente sair da minha casa e me deixar em paz para que eu possa chorar o quanto eu quiser. Vejo ele caminhando em direção a porta e quando ele passa por mim sinto aquele cheiro delicioso, que me faz querer agarra - lo e enfiar minha cabeça naquele pescoço e me embriagar do melhor cheiro do mundo. Ele já estava saindo, mas antes para e se vira para mim me pedindo um abraço e eu jamais iria recusar, pois eu também queria e muito... Então apenas caminho até ele e acabo com a pequena distância que havia entre nós, e se longe o perfume dele já me deixava embriagada, estando colada naquele pescoço eu já estava em coma álcoolico - "que cheiro maravilhoso, puta merda. E esse abraço meu Deus... a quem eu quero enganar? É nesses braços que é o meu lar, esse garoto é o meu abrigo." - Penso tudo isso, mas mesmo assim não posso voltar atrás, meu foco precisa ser outro, dessa vez meu foco não podia ser o Arthur. Então mais do que rápido me desfaço do nosso último abraço e sem falar nada ele se vira e caminha para fora e eu já não suportando segurar as lágrimas, começo a fechar a porta até que ele a segura e me olha com aquele olhar que revelava uma tristeza tão grande quanto a minha e diz.

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