O Gatilho da Minha Vida

Fim da contagem??

ARTHUR

Eu já estava na frente do meu apartamento entrando do Uber, quando lembro que não sabia o número do quarto dela e como queria pega - la de surpresa e ela só me ignorava não podia e nem adiantaria eu perguntar, então olho para Thaís que me acompanhou até lá embaixo para se despedir e falo.

- Descobre o número do quarto para mim?

- Daqui a pouco te mando por mensagem. - Diz me abraçando e se despedindo. Logo depois entro no carro e seguimos rumo ao aeroporto.

Eu já estava prestes a entrar no avião quando recebo uma mensagem, confesso que na hora o coração até errou uma batida, pensando que era ela, mas era só minha irmã me passando o número do quarto da Carla e mandando eu ter cuidado com o que iria fazer. Como eu precisava desligar o celular para decolar, respondo com um simples "obrigada" e sigo em direção ao meu objetivo.

Alguns minutos, suor e tremedeira depois, desembarco no aeroporto Santos Dumont e caminho a passos largos até chegar no primeiro Uber que vejo. Geralmente, meu assessor que me busca, mas dessa vez seria uma surpresa até para ele, que eu já estava por aqui.

Antes de passar o meu destino para o motorista do veículo, resolvo dar uma olhada nos stories da Carla de novo só para tentar vê se ela estava no hotel, mas para o meu azar a última publicação tinha sido a pouco mais de 1 hora, "puta merda, o que faço agora?" "Ajuda ai senhor dai de cima, me manda uma luz." Eu pensava, e Ele realmente manda, me lembro que sua amiga Kelly foi junto, então rapidamente digito o nome dela na barra de pesquisa e pulo todos os seus stories, até chegar nos dois últimos que revelavam o que eu queria. Sim, ela estava no hotel. Então mais do que rápido passo o endereço e partiu.

Com o trânsito caótico de São Paulo já devem imaginar que fui chegar aonde queria 50 minutos depois. Eu odeio essa cidade por isso. O bom é que durante esse tempo fui dando uma olhada na movimentação do Twitter e como eu imaginava os "pobi" dos Carthur estavam alvoroçados. Me tirando da minha análise o motorista para em frente ao hotel, eu desço, pego minhas coisas, pago e entro no hotel. Pela porta da frente mesmo, foda - se. Caminho até a recepção e digo.

- Por favor, gostaria de ir até o quarto 411. Meu nome é Arthur Picoli.

- De Conduru. - A moça completa sorrindo e digitando meu nome na tela do computador.

CARLA

Depois de um dia intenso, mas muito feliz estou aqui largada na cama, conversando com a Keh sobre todos os últimos acontecimentos. Eu ia contar sobre o Arthur só para a minha mãe, mas não tinha como esconder isso da minha melhor amiga e de umas das poucas pessoas que no dia seguinte a nossa conversa, foi passar o dia todo sentada no sofá, comendo brigadeiro e chorando junto comigo, enquanto assistiamos filmes românticos.

- Ai amiga, de verdade eu tô muito feliz por você. Eu espero que dessa vez de super certo, porque sentimento tem de sobra.

- Muito obrigada, não só pelo apoio, mas por sempre estar comigo e isso sem querer algo em troca.

- Como sem nada em troca? É claro que quero, faço tudo que faço e fiz, porque no final de tudo quero ser madrinha do casamento e do Lucas. Não aceito nada menos do que isso.

- É tudo por interesse então? - Digo rindo. - Mas vai com calma, não estamos na fase do casamento nem nos beijamos de novo ainda.

- Mas é tudo questão de tempo viu? Certeza.

- Posso saber da onde veio toda essa certeza?

- Primeiro porque vocês não resistem a ficarem juntos e não rolar nada, até numa ligação vocês aprontam Carla. - Sim, eu tinha contado para ela literalmente TODA a ligação. - E segundo porque ele tá morrendo de saudade e quando se vê depois de um tempo longe, é beijo na certa, ainda mais com um sentimento recíproco como o de vocês.