O Gatilho da Minha Vida

Problema resolvido

Depois de muitos altos e baixos, e de um dia incrível, Carla e eu selamos nossos sentimentos da melhor maneira. Aquele momento não era só o fim de uma contagem tão aguardada. Nós havíamos feito amor. Naquela noite e madrugada a dentro, Carla não possuía só o meu prazer, mas sim todo o meu coração.

CARLA

- Lindo... Lindo... acorda, raio - X. - Eu demorei mais tempo do que deveria para acorda - lo, eu estava com saudade de sentir os músculos fortes de seu peitoral e de seus braços perfeitos envolvendo meu corpo enquanto ele dormia. Depois de diversas rodadas de sexo e orgasmos adormecemos juntos na cama macia, completamente nus, porém satisfeitos, pelo menos por enquanto.

A maneira que estávamos entrelaçados um no outro fazia com que eu pudesse sentir o cheiro de sua pele na minha e isso era enlouquecedor. Eu imaginei aquela cena centenas de milhares de vezes, mas por conta de tudo que aconteceu nunca achei que minhas fantasias um dia iriam se realizar, por causa disso se eu pudesse, ficaria envolvida assim, em seus braços para sempre, mas ao olhar em volta e vê que eu estava num hotel no Egito fazia com que eu recobrasse os sentidos e me lembrasse que tinha uma agenda de trabalho e de viagem para cumprir. Já passava um pouco das 07h00 e logo Diego viria me maquiar para começarmos o dia e por mais que todos soubessem o que havia acontecido entre eu e Arthur, é óbvio que eu não queria que meu amigo nos pegasse naquela situação, seria constrangedor.

Pensando nisso respirei fundo e me virei de frente para ele, nossos rostos ficaram praticamente colados e seu braço me apertou um pouco mais quando chamei ele novamente e comecei a fazer carinho em sua barba ou melhor na minha barba. Arthur começou a abrir os olhos devagar e assim que me olhou abriu um sorriso que rapidamente correspondi, eu sabia só de olha - lo o que ele estava pensando e com certeza era a mesma coisa que eu. Estávamos juntos, mesmo depois de tudo. Nos amávamos mesmo depois de tudo. Ainda sorrindo e me olhando, o homem a minha frente se levanta e apoia a cabeça no cotovelo. Eu olhava para ele como se quisesse registrar cada traço daqueles, cada mínimo detalhe e linha de seu rosto, cada carinho que fazia em minhas costas e cada batida de seu coração perfeitamente sincronizada com o meu coração.

- Bom dia. - Ele disse, enquanto afastava algumas mechas de meus cabelos que estavam caídas em meu rosto e me fez soltar uma leve risada quando as pontas de seus dedos passaram pelo meu rosto, me fazendo cócegas.

- Bom dia. - Ele me olhava tão profundamente que eu acabei me perdendo naquela imensidão esverdeada que era os seus olhos. - Precisamos levantar. Já amanheceu e Diego a qualquer momento pode chegar para me arrumar, seguido de Fernanda para separarmos os lenços do dia, Fabrizio e Sarhan para passar os lugares que vamos e Gabriel para conferir as lentes da câmera. - Eu falava séria, mas não tinha credibilidade alguma no corpo, já que eu mesma não me movia, apenas continuei ali, sentindo aqueles braços pesados em torno de mim e fazendo carinho naquele nariz todo perfeitinho.

- Ah não minha linda, ainda não... quero te sentir mais um pouco. - Dizendo isso, ele deita seu corpo sobre o meu, acomodando os largos quadris entre minhas pernas que a aquela altura já estavam abertas.

- Isso é... você esta?

- Sim, estou.

- Meu Deus lindo, nós não podemos fazer isso agora... respira fundo vai, quer ir no reservado? - Digo rindo.

- Com essa risada gostosa você só está fazendo ele te querer ainda mais. - Ele diz isso com o rosto afundado em meu pescoço e naquele momento eu percebi que tentar resistir, já era uma batalha perdida. - Eu quero você Carla... eu preciso de você. - Sua voz estava baixa, rouca e com um tom de súplica desesperador contra a pele delicada de meu pescoço. - Às vezes eu ficava observando você e depois que tudo acabou ficava pensando como seria ter você comigo e nesses meses todos achei que nunca seria possível, que eu realmente havia te perdido. - Não sei se era porquê após dizer isso ele gemeu baixo e beijou meu pescoço, meu ombro, passava a mão em meus cabelos e acariciava meu rosto com o polegar, mas ao mesmo tempo que era fofo era sexy ouvir Arthur dizer tudo aquilo.