- E então Arthur, o que realmente quer com a Carla? - A mulher a minha frente estava séria e naquele momento eu desejei apenas sair correndo dali, eu não sabia exatamente o que dizer. Naquele momento era como se eu tivesse desaprendido a falar, eu não sabia nem meu nome direito, mas eu sabia que a minha resposta seria decisiva e que se eu ainda tinha alguma chance de conquistar aquela senhora, aquele seria o momento, então pigarreio, bebo um gole da água que havia pedido no início do jantar e começo a falar.
- Então dona Mara eu... - Sou obrigado a parar de falar quando ouço meu celular tocando, olho para a mais velha que está em minha frente como se pedisse permissão.
- Fique à vontade, pode atender. - Agradeço e levo o aparelho até meu ouvido, tendo em seguida meu mundo desmoronando.
(Ligação on)
- Como assim Thaís? O que aconteceu com ele? Cadê ele? Deixa eu falar com ele.
- E - eu não se - sei como acon - aconteceu. - Minha irmã diz soluçando e chorando em desespero. - Eu preciso de ajuda Arthur, MEU FILHO PRECISA DE AJUDA. - Ela dizia em desespero. Percebi então que eu precisava passar segurança a ela, então tirando força e autocontrole não sei da onde, eu digo.
- Respira, eu vou mandar uma ambulância ir busca - los e encontro com vocês no hospital, mas tenta ficar calma, Pedro precisa disso.
- O - ok. Só não demora.
(Ligação off)
- Não sei o que aconteceu, mas toma aqui meu filho, fale com eles, explica a situação. - Dona Mara diz, me entregando o celular e quando o coloco no ouvido vejo que ela já havia se adiantado e já falava com os homens da ambulância, que logo após alguns minutos de conversa já estavam a caminho do meu apartamento. Assim que finalizo a ligação devolvo e agradeço o celular para a senhora a minha frente e ligo para Thaís.
(Ligação on)
- Eles já estão a caminho, como você e ele estão?
- Já parou de sangrar um pouco o corte na cabeça dele e eu estou tentando me acalmar.
- Vai ficar tudo bem, vovó está com a gente. Daqui a pouco chego no hospital, já estou indo.
(Ligação off)
- Desculpa dona Mara, mas eu preciso ir, minha família precisa de mim. - Digo já me levantando.
- Não precisa se desculpar, eu entendo, mas se não for te incomodar posso ir junto? Aliás, eu te levo, você está muito alterado para dirigir e eu quero ter notícias do menino, fiquei preocupada. E amanhã você pega um Uber e vem buscar seu carro.
"Carla realmente tinha de quem puxar a bondade e a nobreza" - penso comigo, assim que eu já estava entrando no carro junto com aquela senhora que a poucos minutos atrás tinha me deixado sem palavras e com vontade de fugir dali.
Alguns minutos depois...
- Com licença, preciso de notícias do paciente Pedro Picoli. - Digo quando já estou perto suficiente do balcão da recepção do hospital.
- O senhor é o que do menino? Pai? - Ela diz de maneira fria e arrogante.
- Sou tio do meni...
- Arthur? - Minha irmã diz e já vem logo me dar um abraço e se permiti chorar ali, encostada em meu peito.
- Ei. - Digo segurando o rosto dela nas minhas mãos. - Vai ficar tudo bem, Pedro é forte e está protegido pelo maior anjo que ele poderia ter, dona Sebastiana. Agora me diz, como aconteceu?
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O Gatilho da Minha Vida
FanfictionSerá que um simples gatilho poderia fazer minha Vida mudar totalmente de rumo e trazer meu grande amor de volta?? Sinceramente? Eu espero que sim.