Não pode ser...

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"Infelizmente meu sexto sentido nunca errava, mas dessa vez ele precisava errar. Eu precisava poder ser feliz com Arthur. Nós merecíamos isso."

- Amiga, Carla...

- O - oi.

- Tá longe hein? Tá bem?

- Tô sim Gab... tô sim. - Eu dizia aquilo mais para me acalmar do que realmente responder meu amigo, eu estava uma pilha de nervos desde o momento em que vi aquele avião enorme decolar e não poder simplesmente ligar ou mandar uma mensagem para ele perguntando se estava tudo bem, me corroia por dentro.

- Carlinha. - Diego diz pegando em minha mão. - Tá tudo bem, relaxa. Ele vai chegar são e salvo no Brasil, você vai vê.

- Tomara amigo, tomara.

- Vai dar certo, agora come e para de pensar besteiras. - Sorrio fraco e volto a comer a massa que havia pedido.

Após algumas taças de vinho eu havia finalmente conseguido relaxar mais, então com ajuda de Fernanda cheguei até meu quarto, coloquei meu pijama, tirei minha maquiagem e deitei.

- Obrigada Fer. - Digo quando ela ameaça a sair do quarto.

- Magina Carlinha, agora tenta descansar e para de besteiras.

- Vou tentar. - Digo respirando fundo e lembrando que o meu coração ainda sobrevoava grandes mares.

- Vai conseguir, sua conchinha já tá chegando. - Ela diz rindo e me faz rir.

- "Pobi" de mim, a diferença de uma conchinha para a outra é gritante, Diego não dá nem metade do Arthur.

- Eu ouvi isso Carla Days. - Diego diz ao entrar no quarto.

- Mas é a verdade amigo, tem nem como comparar. - Digo rindo e fazendo uma carinha de safada.

- O que ele te da realmente não posso oferecer, é no máximo um carinho no cabelo e ainda meio receoso.

- Mas é um besta mesmo hein?! - Digo rindo e todos riem também.

- Bom eu vou indo descansar que amanhã temos mais um dia longo.

- Boa noite Fer. - Eu e Diego falamos em uníssono.

- Agora dormir mocinha. - Diego diz se jogando na cama.

-Ta cedo ainda.

- Tá cedo, mas eu tô com sono e não quero ficar amanhã horas tampando suas olheiras, já basta todos esses últimos dias.

- Tá reclamando? Olha que não te trago mais.

- Fica falando essas coisas que eu te deixo dormindo sozinha.

- Não... não faz isso não. - Digo deitando ao lado dele e com voz de súplica.

- Então dorme. - Diego diz passando a mão na minha cabeça.

- Amigo. - Digo algum tempo depois.

- Oi.

- Será que ele tá bem? Será que nós vamos ficar bem? - Digo com a voz meio embargada.

- Por que esta me perguntando isso?

- Tem uma coisa que não te contei. - Digo me sentando de frente para ele.

- O que?

- Faz uns dois dias que ando tendo umas sensações estranhas e com certeza é sobre o Arthur ou minha relação com ele.

- Sensações? E que certeza é essa Carla?

- Sensações do tipo calafrio, tremedeira e palpitação e isso só acontece quando penso nele, em nós ou no Brasil.

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