capítulo #6

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Os amigos da faculdade decidiram passar o carnaval em Recife. No entanto, Fabrício, Stella e Gustavo decidiram de última hora. Sem conseguir comprar passagem de avião ou ônibus, decidiram os três fazer uma viagem de carro, de São Paulo até Pernambuco.

Seriam os três no mesmo carro por quase 48 horas. Até aí tudo bem, mas tinha um porém. Fabrício era apaixonado por Stella desde a primeira vez que ele a viu entrar na aula de Introdução a Marketing, no primeiro período. Mas seu jeito tímido não permitiu que ele pudesse aborda-la devidamente. Impedimento este que Gustavo não tinha, e por isso namorada Stella há 6 meses já. Fabrício não podia negar, sentia ciúmes de seu amigo, mas tentava esconder ao máximo. Quando Fabrício soube do plano de Gustavo para viajar de carro, ele aceitou, sabendo que ficar 48 horas dentro de um carro com os dois seria no mínimo desconfortável. Mas como a vontade de viajar era maior, acabou aceitando.

Quando o casal passou em sua casa para busca-lo às 7 da manhã, era impossível dele não notar Stella. Ela tinha uma presença fortíssima, como se emanasse uma aura que todos que estivesse ao seu redor notassem ela. Sua pele cor de caramelo reluzia sobre o sol, como se fossem feitos um para o outro. O seu cabelo preto estava preso em sua cabeça, pois estava um dia bem quente. Pelo mesmo motivo as roupas de Stella eram no mínimo… provocantes. Um short jeans desbotado curtíssimo, uma camiseta cinza amarrada na frente, mostrando sua barriga quase negativa e realçando seus seios sedutores, e nada mais.

Fabrício chegou a tremer ao vê-la, sequer reparou a presença de Gustavo. Foi direto cumprimenta-la.

– Oi, Stella.

– E aí, Fabri. Pronto pra viagem. – Disse Stella, enquanto mastigava um chiclete.

– Ah, tô sim, vamos fazer essa peregrinação aí.

– Deixa de show. Aposto que você tá ansioso para pegar geral em Recife.

Fabrício deu uma risada desconfortável com o comentário de Stella.

– Sim. Quer dizer, nem tanto. Não sei.

– Ow, lesado. Me dá logo tua mochila aí – Gustavo cortou a conversa dos dois, já puxando a bolsa de Fabrício de suas mãos.

Mala devidamente arrumada, os três saíram em viagem. A viagem foi no geral bastante tranquila, apesar do calor que fazia. Na primeira parte da viagem, Gustavo dirigiu o carro de seu pai, com Stella no banco de carona e Fabrício no banco de trás. Fabrício reparou em algo que achou bastante peculiar. Gustavo e Stella estavam diferentes. Pareciam mais frios. Fabrício sempre os via trocando bastante carinho e afeto pela faculdade, o que fazia ele se sentir bastante enciumado com aquilo tudo. Mas agora, eles parecia mais distantes do que a distância entre dois bancos de um carro. Mal conversaram durante a viagem, permanecendo em silêncio quase todo o tempo, enquanto Fabrício ouvia música no seu celular. Gustavo até tentara fazer um carinho em Stella, levando sua mão até o seu pescoço, mas ela recusou o afeto.

O que Fabrício não sabia era que Gustavo e Stella estavam em uma fase complicada do seu relacionamento. Começaram a brigar bastante por besteiras, muitas vezes envolvendo a personalidade possessiva de Gustavo e a personalidade ‘atirada’ de Stella, como o próprio Fabrício falava. De fato, eles haviam brigado na noite anterior, quando saíram para comer algo na rua antes da viagem, e Gustavo achou estranho o jeito como Stella interagiu com o garçom do restaurante. Acontece que Stella sempre foi o tipo de pessoa bastante aberta, e é difícil até saber quando ela está de fato flertando com alguém ou sendo ela mesma inocentemente. E parece que Gustavo tinha problemas em identificar isso também.

Quando se deu por volta de 20 horas da noite, eles já haviam passado da divisa de Rio de Janeiro com Espírito Santo. Fabrício, cansado, pediu para deitar no banco de trás enquanto Stella seguiria dirigindo. Fabrício pulou para o banco do carona, enquanto Gustavo praticamente apagou, exausto.

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