Eles já foram?
– Já. Acabaram de sair.
– Ótimo. O que quer fazer?
Victória não disse uma palavra, pois não precisava ser dito. Nós dois sabíamos o que ocorreria dali pra frente. Ela se aproximou de mim que estava sentada no sofá. Colocou os seus joelhos um em cada lado do meu quadril e sentou-se no meu colo. Seu jeito era dominante e sedutor, do jeito que a conheci e vivíamos há mais de 6 meses nesse amor às escondidas.
Ela colocou as suas mãos em meu rosto e me beijou, seus lábios eram macios, seu beijo era molhado e intenso como ela por inteiro. Com as minhas mãos segurei os seus seios e os apertei com vontade. Ela começou a tirar a roupa. Primeiro sua camisa, revelando para mim o seu sutiã preto. Depois, o sutiã também se abriu, e seus seios pularam para fora, direto em meu rosto. Minha boca foi direto da boca de Victoria para o seu seio direiro, e depois o esquerdo, beijando-os com sensualidade e agressividade ao mesmo tempo. Ela gostava de um sexo mais intenso, como fui aprendendo ao longo desses meses.
Era impossível para mim há pouco tempo atrás conceber uma relação como essa. Tudo começou quando minha mãe foi apresentar o seu novo namorado. Um cara de uns 50 anos de idade, boa pinta, do trabalho dela. Victória era sua filha, ele nos apresentou na segunda vez que eu o vi.
Ela tinha 22 anos. Apesar de 2 anos mais nova que eu, ela parecia 2 anos mais velha. Seu jeito cheio de atitude, seu visual de rockeira, seus longos e negros cabelos, seus olhos verde escuro, sua pele clara como a lua, seus seios fartos e seu corpo sensual me fizeram sentir borboletas em meu estômago quando a vi. Ela tinha uma atração quase magnética, era impossível você estar em qualquer lugar sem notá-la. E quando ela me olhou, era como se ela visse dentro de mim, no fundo da minha alma, lesse os meus segredos.
Ela se aproximou de mim, com um sorriso de canto de boca, e falando suavemente:
– Oi, eu sou a Victória. Prazer em te conhecer.
– Oi, eu sou Cecília.
– Cecília. É um nome muito bonito, assim como você.
Eu devo ter ficado completamente vermelha com aquele elogio, não consegui manter o contato visual com ela. Olhando para baixo, enquanto ajeitava o meu cabelo respondi.
– O-obrigada. Você também tem um belo nome.
– E quanto a mim? Você me acha tão bonita quanto o meu nome.
– E-eu…
Antes que eu pudesse responder, fui salva pelo gongo. Ou poderia dizer, pelo pai de Victória, que nos chamou para nos juntarmos à mesa para jantar. A noite seguiu bem, como o planejado. Apesar do jeito rebelde, Victória parecia ter uma boa relação com o seu pai.
– Você gosta de sair, Cecília? – Perguntou Victória
– Não muito.
– Por que não?
– Eu… Eu não tenho muitos amigos que gostam de sair.
– Bom, eu gosto de sair. Tem um bar aqui por parte que eu e alguns amigos meus vão toda sexta a noite. Você pode vir com a gente se quiser.
– Mas que ótima ideia, filha! – respondeu seu pai, já um pouco bêbado do vinho que ele a minha mãe degustavam.
Victoria olhou para mim, de novo com aquele olhar que parecia olhar dentro da minha alma, com um sorriso malicioso em sua boca e falou.
– E então? O que me diz, vamos sair sexta a noite?
– T-tudo bem.
– Ótimo!