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PVD kiana

Quando voltei para o Canadá , não consegui falar com ninguém apenas fui dormir, porém assim que acordei, fui a cozinha e encontrei meu pai e a tia lena  muito quietos, percebi que eles haviam parado de conversar assim que entrei no cômodo.

- Filha. Nós precisamos falar com você. – Meu pai disse assim que peguei um copo para beber água.

- Pode falar pai. – Disse bebendo água.

- Acho melhor você sentar filha. – Tia lena disse, o que me fez estranhar. Eles estavam agindo muito estranho.

-O que aconteceu? - Perguntei já começando a me preocupar.

- Você tem falado com a olivia? - Meu pai perguntou me olhando.

-Sim. Nos falamos por skipe. Mais o que está acontecendo? A livie está bem? Aconteceu algo com ela? – Falei já me levantando pronta para ir atrás olivia.

- Sim ela está bem, mas existe uma coisa que você não sabe. - Meu pai disse.

-O que? Meu Deus, falem logo. - Disse completamente agoniada pelo suspense.

- olivia está gravida. – Tia lena disse.

- Não. Isso é brincadeira. Livie não pode estar grávida, eu nunca vi nenhuma barriga. – Falei, mas lembrei que havia sentindo um volume quando a abracei da última vez. - Quando vocês descobriram isso e de quantos meses ela está? - Perguntei querendo matar o infeliz que a engravidou.

- Descobri ontem no baby chá. E minha filha está de oito meses. - Tia lena respondeu.

-Quem foi o infeliz que a engravidou? Eu vou matar ele. – Falei e os dois se olharam.

- Isso você terá que perguntar a ela. - Meu pai disse. - Mais quero que você quando souber a verdade, não a julgue e sim fique ao seu lado, pois ela teve os motivos dela. – Meu appa disse me olhando e eu fiquei sem entender nada.

- Tia Lena , a senhora tem o endereço do local que ela está morando? - Perguntei a ela, que tirou algo do bolso.

- Sim, aqui está eu anotei ontem para ir lá. – Ela disse me - entregando.

- Então eu já vou. Preciso falar com a livie. Disse saindo, mas antes dei um beijo no rosto de meu pai e no de tia lena.

Entrei no carro como se minha vida
estivesse em jogo. Como eu pude
ser tão burra, como não percebi que
Olivia estava grávida e que precisava
de mim nesse momento e eu deixei
ela ir embora. Que droga! Eu sou uma imbecil, mas, espera um momento. Oito meses, isso significa que ela engravidou no dia da sua festa de aniversário e uma mulher entrou em meu quarto nesse dia. Não pode ser... olivia teria me contado a verdade. Ou não? Pensei nas palavras que meu pai disse antes de eu sair e acabei chegando na conclusão de que sim. Olivia era a mulher que havia entrado em meu quarto aquela noite, afinal a mulher era virgem e olivia também. Meu Deus. Agora percebo que sou duplamente idiota, esse filho que ela está esperando é meu. Preciso chegar na casa que ela está o mais rápido possível, nem que seja para esperar ela sair do colégio. Acelerei o carro o máximo que pude para ver se chegava mais rápido e decidi ligar para a tia de emily.

- Alô? - Tia Dara disse.

- Tia Dara, sou eu, kiana. Você sabe me informar se a livie já chegou do colégio? - Perguntei a ela, mas apenas conseguia ouvir barulho.

- olivia foi para o hospital. A bebê já está nascendo. - Ela disse, mas depois fez silêncio.

- Por favor, a senhora poderia me passar o endereço do hospital? - Perguntei a ela que me passou. - Obrigado, nem sei como agradecer. - Disse desligando o celular.

Corri o máximo que meu carro permitia, eu já havia perdido toda a gravidez da minha filha, não poderia perder o seu nascimento.

PVD olivia:

Droga, essa dor está me matando. Já estou a algumas horas em trabalho de parto, o médico já veio fazer os exames de toque e disse que eu estava com seis centímetros de dilatação e perguntou se eu queria a anestesia, porém eu decidi ter um parto completamente natural, no início estava tranquilo, mas agora essa dor está me matando.

- emily você quer parar de andar pelo quarto. Isso está me irritando.- Falei aguentando mais uma contração.

- Não dá, eu estou nervosa, minha afilhada está para nascer. – emily- falou continuando a andar.

- Quem está sentindo a dor sou eu cacete. Para de andar. - Falei jogando o travesseiro em emily, que acabou acertando o seu rosto.

- Aish parei. - Ela disse devolvendo o travesseiro e pediu para eu sentar que ela faria uma massagem que aprendemos no curso para grávidas.

Me virei e emily começou a fazer a massagem, confesso que deu uma pequena aliviada na dor, mas não fez passar, pelo contrário, depois de um tempo a dor intensificou mais ainda.

-emy para, eu preciso deitar. - Falei voltando a posição anterior que eu estava. Parecia que quando eu deitava de lado melhorava um pouco.

Algumas horas se passaram, as meninas já haviam chegado, elas entraram no quarto, porém não puderam ficar todas ali, a enfermeira disse que apenas três pessoas poderiam ficar, então ficaram, emily, ryan e sadie. Então foi quando a dor chegou em um nível tão forte que eu mandei chamar o médico, pois eu já estava a seis horas em trabalho de parto naquele hospital e essa menina não nascia.

- Estou aqui. Vou fazer o exame de toque e ver se esse bebê já está pronto para nascer. – Dr. Henrique disse. - Sim. Você já está com dez centímetros. Então assim que você sentir a próxima contração faça força. - Ele falou e eu assenti.

A primeira contração veio, então fiz força tentando não perder o folego. Assim que a contração parou eu também pude respirar, mas em seguida veio a segunda, comecei a fazer força de novo, até que escutei uns gritos do lado de fora e não estava entendendo o que estava acontecendo, até ver kiana entrando no quarto.

- kian o que... - Não terminei de falar, pois ela pediu que não fala-se nada.

Mais uma contração, mas força eu fazia, a dor era torturante, o médico disse que já poderia ver a cabeça de minha filha.

- Continua livie, a cabeça já está saindo. - kiana disse com lagrimas em seus olhos.

Fiz mais força a cada contração, até que finalmente minha filha estava ali em meu colo e eu pude ver seus olhinhos castanhos pela primeira vez.

- Oi... Seja bem vinda, viktoria welch. - Falei olhando-a.

- Desculpa, mas na verdade é. Seja bem vinda, viktoria welch madeira.

Kiana disse, o que me fez olhar para seu rosto, que em seguida desceu deixando um beijo na testa de nossa filha e depois fazendo o mesmo em mim. Esse dia não poderia ter sido mais que especial.


Fate IronyOnde histórias criam vida. Descubra agora