CAPÍTULO SETE

273 14 3
                                    

Absorvi seu cheiro antes de engolir seu sangue quente em minha boca

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Absorvi seu cheiro antes de engolir seu sangue quente em minha boca. Sua presença me preenchendo por dentro, uma névoa espessa que se diluía em mim. Alguma coisa na sua simples capacidade de existir me fazia tremer, desejar, esperar algo que ainda não sabia identificar direito. O meu coração batia ao ritmo da questão que orbitava na minha mente, quem é você Kassius, quem é você? Me mostre, me explique, me devolva o que me tirou.

Quando seus dentes cortaram minha pele e ele interrompeu minha corrente sanguínea, esqueci como se ficava de pé, atordoada pela sensação de fraqueza que entorpeceu meus membros de um jeito assustadoramente delicioso. Apenas seus braços que me apertavam e seu peito que dava suporte às minhas costas, me permitiram continuar bebendo dele, mordendo seu pulso como se fosse a única corda me ligando à vida. Cada gole que tocava minha língua provocava em mim um ardor que queimava desde as minhas entranhas até às extremidades de forma devastadora.

Um formigamento ardente se expandia e se espalhava por todo o meu ser, como se o meu pequeno universo interior estivesse explodindo para todos os lados e minha carne fosse pouco para sediar aquele evento.

Apertei sua mão, reposicionando seu pulso, tentando escolher entre me afogar em sangue ou respirar, e a ideia do afogamento nem me pareceu tão ruim. Retirei minhas presas por um ínfimo segundo e a golfada de ar que inspirei intensificou o seu sabor, fresco, pungente, espesso, meu.

Sacudi a cabeça tentando espantar o pensamento de posse que surgiu poderoso e corrosivo, mas não consegui. Minha sede era infinitamente maior que a minha vontade e suas presas em meu pescoço junto ao aperto opressivo do seu braço me transportavam para um estado constante de torpor e necessidade latente que não entendia a origem. Era quase antinatural sentir tantas coisas por uma pessoa que eu mal conhecia, a urgência que eu sentia da intimidade e da proximidade era inevitável, irrefreável. Não que eu estivesse tentando, nunca tinha sido adepta de conter meus apetites, mas também nunca estive numa posição onde todas as minhas células gritavam, por favor, e toldavam meus pensamentos.

A fonte da minha sede estava logo ali, mas não parecia ser suficiente, eu queria mais, muito mais. Eu queria saber tudo, sentir tudo, lembrar tudo e queria já, queria junto.

Foi o fechar dos seus lábios na minha jugular e o arrastar da língua determinada ao varrer a pele da base do meu pescoço até ao pé da minha orelha que enviaram uma pulsação diretamente para a minha virilha, que latejou em resposta, em sincronia com meus batimentos erráticos e intensos.

Sua mão subiu nas minhas costelas, me apertando mais, posicionando o polegar entre meus seios e a palma da mão imediatamente à baixo. Meus mamilos enrijeceram, esperando um contato mais direto, frustrados na sua expectativa. Suspendi a minha respiração, segurando um gemido que implorava para ser libertado.

Senti o folego de Kassius na minha nuca e então perdi a batalha, o gemido escapou ao meu controle e senti um sorriso se formando em sua boca, não uma risada, apenas seus lábios florescendo de satisfação.

DOMÍNIOS DE LUA E SANGUEOnde histórias criam vida. Descubra agora