Ela e Eles

capítulo 7

•Alice•

Depois que o tarado voltou pra sala, fui resolver as minhas coisas.

Não tinha muito oque fazer por agora, apenas revisei alguns documentos e assinei alguns relatórios.

Nesse tempo o senhor tarado de olhos azuis não saia da minha cabeça.

Eu poderia ser maluca em falar que não, mais ele estava mechendo comigo e isso de fato não é legal.

Primeiro fato: ele não vai gostar de mim.
Segundo fato: ele deve me trair na primeira oportunidade.
Terceiro fato: ele é muito grosso as vezes parece até sem coração.
E tem outras coisas aí.

Tudo bem, que talvez por obra do destino ele venha gostar de mim na mesma intensidade e acabar ficando juntos.

Mais é uma possibilidade bem distante né?

Saio dos meus pensamentos com o barulho de sua porta se abrindo.

Sr. Venturelli- senhorita Trent- ué mais não era ruivinha?- quero que desmarque todos os meu compromissos de hoje, você vem  comigo pra almoçarmos juntos...não aceito não como resposta.

Ok né, senhor bipolar.

As íris de seus olhos estavam mais escuras e isso já chegou acontecer semana passada mais não me importei, e não é hoje que vou me importar.

Eu- Sr. Venturelli, eu já vou indo tenho que ir no banheiro e pegar a minha bolsa.

Sr. Venturelli- certo, te espero.

Aí que cavaleiro.

Sei lá meu nome ficaria legal né, Alice Trent Venturelli....

Aí não para ele não te pediria em casamento sua anta.

Sai do banheiro e peguei minha bolsa, ele estava me esperando mesmo.

Eu- vamos.

Assim que entramos no elevador eu fui apertar o botão do térreo, mais ele foi também, e meio que nossas mãos se encostaram.

Uiii, que choque foi esse senhor.

Deixei ele apertar e fiquei quieta no cantinho.

O clima estava meio desconfortável, parecia que eu não conhecia ele, e depois das mãos se encostarem ele também ficou mais estranho.

Quando o elevador marcou o 6° andar, ele do nada me imprensou na parede e começou a me beijar.

Bom eu não sou boba nem nada e também tem a probabilidade de estar gostando dele, carro que não iria rejeitar.

Ele pediu passagem com a língua e dei de bom grado, estamos praticamente em uma briga de línguas, a tensão entre a gente dava pra ser percebida.

Eu já estava toda descabelada e com a saia pra cima.

Tivemos que acabar parando por conta da falta de ar, nessas horas quando precisamos nos pulmões dão problema só pode.

Estávamos com as testas coladas igual a última vez, mais deu pra perceber que era diferente, foi mais bruto, só que de um jeito bom.

Ele tá mechendo comigo, não tô gostando disso.

O elevador se abre, e dói graças a Deus por não ter ninguém, pois estava toda desarrumada.

Durante o trajeto da empresa ao restaurante não falamos nada, mais estava até que confortável, era como se cada um tivesse com seus próprios pensamentos.

O restaurante era chique, isso pode dizer, a entrada parecia a de um castelo.

Deus, não devo nem conseguir pagar um grão de arroz.

Eu- Sr. Venturelli ah hum não é muito caro aqui não?? Eu acho que não vou poder comer com o senhor não devo ter dinheiro suficiente me desculpe.

Sr. Venturelli- fique tranquila senhorita, eu irei pagar.

Uii comida de graça delicinha.

Eu- fico te devendo essa, obrigada.

Sorrio pra ele, mais deve ter voltado a ser grosso e só me encarou e voltou a andar.

...- olá sr. Venturelli, sua mesa já está separada, me sigam.

Nossa mesa era pra dois, em um lugarzinho bem no fundo, mais bem aconchegante e com a vista incrível.

O cardápio chegou a nossa mesa e por mais que eu nunca tenha comigo em um restaurante desses, entendo um pouco dos pratos.

Eu- eu vou querer um risoto de shitake, por favor.

Sr. Venturelli- humm boa escolha, vou querer o mesmo também.

...- certo, algo pra beber??

Eu- eu gostaria de uma coca cola por favor.

Sr. Venturelli- vou ficar na água mesmo, obrigado.

...- ok já trago os pedidos.

Assim que o garçom sai, o silêncio voltou de novo, eu queria falar sobre o beijo, até porque é a segunda vez e até agora fico sem entender esses agarramentos.

Sr. Venturelli- então ruivinha, eu te trouxe aqui pra conversarmos um pouco oque acha??

Eu- acho uma ótima ideia, não querendo perguntar mais já perguntando, o porquê o senhor não me chamou de ruivinha quando saiu da sala??

Nessa hora ela da uma leve congelada, como se não soubesse que tinha me chamado de outra coisa a não ser ruivinha, e suas íris ficaram mais claras de novo.

Sr. Venturelli- ah então você gosta, desculpe devia de estar nervoso não o culpe.

Não o culpe?? Deus ele falou se referindo a outra pessoa??
Será que ele tem problema??

Eu- ah tudo bem então senhor.

Sr. Venturelli- me chame de James, por favor, em indeterminada situação, senhor me faz parecer velho.

Eu- ok... James, sei que não dever querer tocar no assunto, mais, porque me beijou??