Imaginei que a conhecia, só não sabia que aquela bela voz tão familiar, era a mesma que havia me tocado naquele sonho.
Bastou só uma única frase: "Eu sei o que tem passado, guerreiro."
Aquilo me despertou a lembrança, ainda angustiado, resolvi a questionar sobre aquela frase.
— O que você sabe sobre essa frase? — perguntei com um tom de voz mais lento.
— Quê? — ela franziu a testa dando um passo atrás.
— O que essa frase significa? — insisti.
— Ah... — a belíssima jovem virou o rosto pro lado, abaixando um pouco a sua cabeça e continuou. — É uma frase que as esposas daqui costumam dizer aos seus maridos.
Seu rosto pálido começou a se avermelhar, se estendendo até suas orelhas.
A dama de cabelos longos, se virou ainda com a mesma expressão, indo em direção a bacia com água, pegou o pano e o torceu, tirando o excesso da água, voltando até minha frente.
— Senta. — disse rapidamente enquanto olhava para baixo, com certeza havia ficado tímida por ter me comparado como seu marido.
Dei um leve sorriso de canto de boca e me sentei em uma tábua de madeira velha, que estava sobre dois pedaços de tronco, provavelmente de alguma amoreira.
Bryana com total delicadeza então pôs o pano úmido sobre a superfície do meu rosto, e começou a passa-lo por toda minha face.
Enquanto isso, consegui olhar a linda moça de perto, observando seus detalhes, seios que eram tão perfeitos quanto as colinas do Alto Norte.
Abaixo do seu decote, não muito grande, pois era comportada, eles se destacavam entre os tons branco do linho e o marrom dos couros finos de sua veste.
Seu corpo, totalmente simétrico, curvas perfeitas em que meus olhos deslizavam enquanto os seguia, como se fossem campos florados e delicados como uma flor que recebe cuidados todos os dias, como um homem apaixonado que vai todos os dias regar da sua querida flor.
Percebi o quanto aquilo era errado, decidi suportar os meus desejos da carne e fechei meus olhos.
Sentia o pano úmido descendo com delicadeza sobre meu pescoço, a de olhos castanhos claros usaria sua mão como ninguém, tocando meu pescoço fora à fora com suavidade.
— Tira sua roupa de cima. — disse a moça com a bela voz.
— Quê? Eu não. Não, não. — abri meus olhos repentinamente balançando minha cabeça para os lados.
— Só tira! Eu preciso fazer isso pra acabar com a sua febre! — falou a linda jovem elevando um pouco seu tom de voz.
Fiquei em silêncio e voltei meu olhar ao chão, logo tirando meu colete de couro e o colocando ao meu lado, na superfície do banco onde estava.
Em seguida, levantei minha camiseta de pano grosso, tirando-a pela parte da cabeça, e a colocando ao meu lado também.
Bryana se aproximou um pouco mais de mim, se abaixou e colocou o pano molhado sobre meu peitoral, e começou a esfregá-lo gentilmente.
Conseguia ver sua feição, mesmo estando abaixada, aparentava estar nervosa com aquela situação, mas ela fez de bom grado para ajudar com a minha saúde.
— Saia dessa casa! Sabemos que está aí! — gritou uma voz do lado de fora da casa, enquanto esmurrava a porta com agressividade.
Com o susto, a lindíssima dama deu um pulo para trás, quase caindo com o susto, e sua face parecia desesperada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amoras, Vermelhas Como Sangue
RomanceEssa fanfic é destinada para a pessoa que amo, e continuaria amando mesmo que se nos conhecêssemos na era medieval. Que é o tempo dessa história, onde é contada sobre a vida de um cavaleiro solitário, único sobrevivente de um ataque que houve em sua...