Capítulo 58

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Sentir  alguém acariciando o meu rosto, abri os olhos e tentei sorrir ao ver a minha mãe. Por alguns segundos, eu voltei para a minha casa, no Brasil, ela sempre me acordava desse jeitinho.

Catharina – Sua amiga  me deixou entrar.– beijou a minha testa.– Como você  está? Você não atendeu as minhas ligações, fiquei preocupada.– Sentei.– Como o seu..– interrompi a mesma.

S/n – Mãe, você pode não fazer perguntas relacionadas ao Jesse?– pedi com a voz manhosa.

Catharina – Claro.– me olhou como se quisesse algo.

S/n – O que você  quer, Catharina?– Ela me olhou incrédula.– Não se faça de boba, toda vez que me olha assim, você  quer algo!– afirmei.

Catharina – Teu cu! E me respeita, palhaça!– repreendeu.

S/n – O que você quer?– repetir a pergunta.

Catharina – A ceia pode ser na sua casa?– suspirei.

S/n – Não tô no clima pra festa, Catharina..– ela revirou os olhos.

Catharina – É só uma ceia, filha... Só a família.– Ela suplicou.

S/n – Tudo bem..– tentei me animar.

Catharina – Sua amiga me disse o que aconteceu...– me olhava com reprovação.

S/n – Não me olha assim!– ela arqueou a sobrancelha.

Catharina – Você sabe que ele não ia gostar disso, né!?– Ai.. não.

S/n – Pedi pra você não tocar nesse assunto!– tentei levantar, mas em um movimento rápido, ela segurou as minhas pernas.

Catharina – Só não quero que você volte a ser como antes!– me lembrou de uma fase desagradável.– tirei suas mãos de cima das minhas coxas.– Não faz isso!

S/n – É mesmo? Como eu era antes, mãe? Problemática, como vocês se referiam a mim!?– ela ficou me olhando paralisada.– Eu não vou ser como "antes"!– fiz aspas, ironizando a última palavra. Levantei indo para o banheiro e fechando a porta.

Catharina – O problema, é que você está começando a fazer! – escutei a porta do quarto bater.

[...]

Dia da viagem....

Mais um dia no hospital, mas esse não é um dia qualquer. Hoje, é o dia da viagem para Carolina do Sul e sinceramente, eu não estou preparada para sair de perto do Jesse.
Nesses últimos dias, me desconectei das redes sociais e só estou com o WhatsApp porque a Amanda e Rudy me obrigaram, não aguento mais o olhar de pena das pessoas ao meu redor.
Posso dizer que o natal foi "divertido", para a minha família. Mesmo com todos os problemas, a Amanda foi visitar os pais, o Rudy ficou em casa ceiando conosco, fez vídeo chamada com a família, e me apresentou para eles. Acho que eles gostaram de mim, eu fui super educada e simpática. Mas, uma coisa me deixou sem jeito, sem querer a mãe do Rudy me chamou de Elaine, fiquei bem desconfortável, mas levei numa boa porque sei que isso acontece.
Cada um de nossos amigos, passou o natal com a família e enviaram mensagens desejando um feliz natal. Além disso, o Aaron me ligou querendo saber como eu estava, disse que queria marcar um dia para me ver novamente e apresentar alguns amigos, falar com ele ainda é um pouco estranho, mas vou me acostumar.
Fui tirada de meus pensamentos quando escutei batidas na porta do quarto.

Austin – Hey, baby!– sorriu. Fechei o caderno rapidamente por causa do susto.– O que você tá escrevendo?– se aproximou, curioso, tentando olhar o caderno. Coloquei o objeto em cima da mesinha ao lado da poltrona.

E se?..Onde histórias criam vida. Descubra agora