Fui para o quarto ainda furiosa, me controlei o máximo para não socar aquele rosto ridículo da Katherine e descontei na parede. Peguei a maleta de primeiros socorros na prateleira do banheiro sentei na cama. Eu estava tremendo, respirando fundo, tentando não ceder a raiva que estava me consumindo por dentro de novo. Fiz um curativo e enfaixei minha mão, pois com a força do soco, acabei cortando a pele da cabeça do metacarpo. Não eram cortes profundos, mas feriu às quatro cabeças e alguns arranhões entre os dedos.
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Ligação...
Mãe ❤️
Não estava muito no clima para atender, mas fazia tempo que eu não escutava a voz da minha mãe. Então, atendi.
S/n – Oi, mãe!– falei, empolgada. Tentando disfarçar a voz de indignação.
– Oi, meu amor. Como você tá?
S/n – Bem, mãe. E vocês?– perguntei, preocupada. Mas não era aquela preocupação achando que havia acontecido alguma coisa grave, não. Era só por curiosidade mesmo.
– Estamos bem, e com saudades! Quando você vem nos visitar?– pergunto, na verdade estava mais para um pedido.
S/n – Não sei, anjo. As gravações ainda estão terminando, ainda não sei os planos após o término. Mas eu ainda tenho o Jes e..– fiquei paralisada e parei de falar quando me dei conta que vou ter que criar um bebê.
– Filha?– Quebrou o silêncio.
S/n – Hum?– respondi.
– O que você queria falar?
S/n – Você vai ser avó!– disparei.
– Você tá grávida?– disse, surpresa em alto e bom som. E eu pude escutar a voz do meu irmão, como se estivesse um pouco distante: "O que?! Não acredito!– Cala a boca, Victor! Sai daqui!– brigou com meu irmão.
S/n – Não, mãe, eu não estou grávida!– ri.– Mas vou adotar um bebê!– falei, empolgada e preocupada!
– Como assim, minha filha? Me explica isso direito!
S/n – É o bebê do Jesse! A Katherine não quer, os avós paternos também não é muito menos os maternos!– bufei, triste.– E eu não pudia deixar ela dar pra adoção.
– É uma situação complicada. Mas se você está decida, tudo bem! Vai dar tudo certo, meu amor!– me incentivou.
