Os julgamentos de Nuremberg

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Imagine um tribunal comum.

Pessoas aleatórias, o juiz, advogados de defesa e acusação, guardas, réus, testemunhas, etc.

Agora imagine maior. Com pessoas raivosas querendo o sangue dos acusados e os pacifistas da ONU impedindo os de cometerem assassinato.

Pense em uma fila de loucos, impassiveis, arrogantes ou emotivos Comensais da Morte, todos meio abatidos e com bolsas sob os olhos.

A Juíza Amélia Bonés e seu rancor pessoal contra a trupe de Tom, estavam fazendo maravilhas e concedendo penas cada vez mais severas... e bem merecidas, pois ela, apesar de querer vingar a morte do irmão, Edgar e da cunhada, queria ser um bom exemplo para a sobrinha, Susan, que tinha a idade de Harry.

Os guardas americanos pareciam particularmente mais arrogantes enquanto arrastavam os condenados mais reativos, com certa violência.

- Lucius Malfoy!- chamou Madame Bones- O anjo da Morte?- perguntou novamente.

- Malfoy está foragido, madame- respondeu o Coronel Alastor Moody, seu olho falso girando como se pudesse ainda encontrar Lucius entre as pessoas.

Harry assistiu as feições de Amélia Bones escureceram, ele bem sabia que Edgar foram atingido pelo tiro de Lucius, que pegou de raspão em sua perna o fazendo cair e ser pego.

Amélia era uma mulher forte, de queixo quadrado, e cabelos ruivos curtos em um corte masculino, deveria ter uns 40 anos, Potter chutou.

- Muito bem- ela suspirou- Draco Malfoy!- e as portas se abriram revelando Draco sendo empurrado por um oficial francês.

Harry se remexeu na cadeira em que se sentava.

-  Você, Draco Malfoy, foi acusado de torturar, matar e apoiar sob as ordens diretas de Tom Riddle, como se declara?

- Inocente.- respondeu o loiro, com uma voz rouca

As vozes aumentaram, centenas de pessoas discutindo essa declaração, Potter apertou os braços de sua cadeira até que os nós de seus dedos ficassem brancos.

- Ordem! Ordem no tribunal!- Bones bateu o martelo.

- Justifique se!- exigiu o promotor.

- Eu sou menor de idade, tive que obedecer as ordens do meu pai, um médico de alto escalão- respondeu Draco- Fui, inclusive, várias vezes punido severamente por não cumprir as exigências do chanceler.

Harry prendeu a respiração.

- E o que você fez de tão ruim que Voldemort te enviou para morrer?- perguntou Amélia.

- Eu sou... sou homossexual, excelência- suspirou Malfoy.

Os burburinhos voltaram.

A juíza respirou fundo, e Potter se viu imitando a ação.

- Eu declaro o réu inocente!- e bateu o martelo.

Harry sentiu  suas pernas se moverem em rápida velocidade em direção ao seu amado e o beijou apaixonadamente na frente de todos.

Draco o correspondeu ansiosamente, o abraçando com força como se  dos dois fosse evaporar a qualquer momento.

Alguém assoviou nas fileiras traseiras e foi acompanhado por uma salva de palmas.

Os rapazes uniram as testas mantendo o contato visual, azul no verde e verde no azul,e sorriram.

- Você está bem?

- Melhor agora, que sei que você está.

The Chancellor's ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora