Um monstro chamado Tom

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1933

- Nós não aprovamos esta reunião!- Anunciou o elegante cavalheiro ruivo.
- A decisão não está em suas mãos, Ministro Dumbledore- Suspirou o Chanceler Grindelwald- Nós da Alemanha temos provas de que o último incêndio foi causado por comunistas baderneiros- explicou pacientemente pelo que parecia ser a  décima quinta vez.
- A Inglaterra, aliás- o Ministro Inglês apontou o indicador para o homem a sua frente- O Reino Unido e suas colônias irão se opor a essa decisão- Dumbledore apoiou as duas mãos na enorme mesa redonda onde se sentavam os líderes das maiores potências do mundo- e vocês ainda devem pagar o que nos devem!
- O povo Alemão não vai pagar mais nada!- Grindelwald se irritou.
- Mas o tratado que fizemos exige reparações Gellert- Balbuciou o Ministro Daladier- Vocês perderam a última guerra...
- Bem!- gruniu de mal gosto- mas nós ainda vamos usar uma parte do dinheiro para financiar a expulsão dos comunistas vagabundos.
- Mas você não tem tanto tempo assim, quem vai te ajudar como o governo do país e o resto?- o Imperador Hirohito perguntou curiosamente.
- Ah, agora sim temos uma pergunta relevante...- O alemão sorriu charmosamente.
-... O tratado de Versalhes é relevante..- resmungou Dumbledore.
-... por favor recebam com muito carinho, o meu braço direito!- A porta se abriu, por ela entrou um homem de meia idade alto e elegante, ele sorria com seus dentes brancos alinhados completamente a mostra, seus cabelos pretos lisos penteados para o lado e um bigodinho engraçado que dançava a cada vez que seu nariz se franzia.
Ele parecia perfeitamente respeitável, o bigode curto o fazia parecer quase amigável e as covinhas fofas o deixavam com um ar mais jovial. Mas os olhos azuis frios como gelo, olhos de quem poderia assistir um assassinato sem perder o falso sorriso, sem desviar o olhar, olhos de um covarde desonrado, alguém de quem Albus com todo o seu cavalheirismo inglês jamais seria visto junto.
- Eu sou o Tom, Tom Riddle- ele se comportava como um soldado amigável, a postura perfeitamente reta e a posição de descansar o faziam parecer acessível- Sou ex combatente, eu era o menino dos recados- riu da própria piada.
- Tom vai me ajudar a colocar as coisas em ordem e expulsar esse vagabundos do país- garantiu Grindelwald.
- Eu ainda não concordo- a ministra Picquery discordou- de onde você tirara o capital para custear essa sua nova... ideia- a americana franziu a testa.
- Isso nós iremos decidir- Gellert trocou olhares com Tom, antes de sorrir.
- Tem certeza de que aquele... Fabrice... não, Fitzgerald...- Albus se esforçou para lembrar o nome exótico do homem em sua mente- Fleamont? Sim! Fleamont não era o seu assistente antes?
- Potter tem...algumas ideias diferentes das minhas- respondeu Gellert, perdendo o sorriso- Eu o convenci a tirar férias.
O inglês bufou a contra gosto.
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1934

- Temos a tristeza de anunciar a morte do nosso amado Chanceler Gellert Grindelwald, ontem, dia 2 de agosto de 1934- a voz grave do locutor soou- Grindelwald foi assassinado em sua casa pessoal a fortaleza de Nurmengard por comunistas, aqueles com quem sempre esteve em conflito...
- Um brinde, a uma nova era!- Tom ergueu sua taça, o sorriso frio em seu rosto deixava claro quem realmente havia assassinado o velho Gellert.
- Um brinde- seu velhos companheiros do exército, Abraxas Malfoy, Canopus Lestrange, Evan Rosier, Asher Avery e Orion Black saudaram.
- Que os Kommunisten, Fröhlich, Schwarz e Jüdische Schweine morram!- gritou.
- Morte aos Schweine!- gritaram os homens em uníssono.
Riddle sorriu.
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1935

O púlpito estava em um lugar alto, acima de todos os outros assentos, onde ele, o próprio Derr Voldemort sempre deveria estar. Ele sorria galantemente para as câmeras voltadas para ele, os clicks ensurdecedores vinham de todas as direções possíveis.
Ele não se importava em perder um final de semana com isso, seu descanso viria logo, ele tinha certeza.
- É um direito legítimo de autodefesa do nosso país!- exclamou- é meu dever como um de vocês, neste dia 16 de março, reestabelecerei o serviço militar obrigatório!
As palmas dos antigos militares soaram, os gritos de ' brilhante' e ' hail Voldemort' o acompanharam enquanto o homem seguia de volta para casa.
- Senhor, como vamos providenciar a aumento de 400 mil homens?- perguntou Lestrange, preocupado.
- Não duvide de mim Canopus,  eu sei o que faço- repreendeu- além do mais, os jovens de hoje são o futuro da nação, eles devem ser disciplinados e ensinados, como nós fomos.
- Mas, e os Aliados?- perguntou Avery.
- O que tem os Aliados?- Tom cuspiu o título como se fosse algo azedo.
- O serviço militar obrigatório...- Balbuciou Asher- vai contra o tratado de Versalhes, não vai?
Riddle sacou sua a Walther p38 e atirou no insolente.
- Mais alguém quer mencionar o maldito Versalhes?- perguntou friamente.
Ninguém respondeu.
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1936

The Chancellor's ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora