Vinci - A Redenção De Um Homem

Capítulo 4

Debbie

Diante da máquina, com a mão na alavanca, meu coração pulava. A vontade de ganhar e ver as combinações surgirem na tela era imensa, algo me dizia que a minha sorte estava engatilhada. Olhei nos olhos de Vincent e pedi para que ele puxasse junto comigo a alavanca.

Quando as combinações surgiram e a máquina começou a gritar e a piscar freneticamente sinalizando que nós ganhamos, não acreditei. Dei um pulo no colo de Vincent que me segurou com força. Seu corpo uma parede de músculos densa, suas mãos irradiavam calor na minha cintura, seu cheiro másculo misturado com bebida e charuto me deixaram desejosa de beijar a sua boca.

Precisei contar pra ele da minha ID falsa e sua reação me surpreendeu. Ele riu, uma risada gostosa que todo o seu corpo balançou. Eu amei ouvir esse som, amei o fato do rosto carrancudo dele se transformar quando ele sorriu. Eu sou uma menina inexperiente e ele um homem, o fato de não ser americano explica o porquê de não estar chocado com a minha presença em um cassino. Sei que os britânicos nos acham puritanos, isso não é de hoje. Não consegui controlar a vontade de beija-lo, pois fiquei hipnotizada com a masculinidade e o calor das suas mãos em volta da minha cintura.

Não se compara o contato com um homem, dos contatos que já tive com os rapazes da escola. Apesar de nunca ter ido muito longe em relação ao sexo oposto, eu sei muito bem o que significa tesão e pude me permitir ser inconsequente. Eu o beijei, enfiei as mãos nos seus cabelos e ele correspondeu meu beijo. Sua boca com gosto de Whisky, sua língua hábil adentrando a minha boca, seu cheiro invadindo as minha narinas e principalmente suas mãos puxando o meu corpo em direção ao seu me tiraram o ar.

Eu nunca fui beijada assim, como se o pertencesse. O calor de suas mãos, desde o primeiro toque quando nos cumprimentamos até o momento desse beijo, fizeram meu corpo reagir como nunca reagiu. Eu já nem sei se é a bebida ou alguma espécie de energia que esse homem emana, mas sinto meu coração tão atordoado como o resto do meu corpo. Ele vai parando o beijo com selinhos carinhosos e eu sinto todo o cuidado dele comigo, Vincent realmente parece ser um cara muito legal.

Ele pega a minha mão e caminhamos até a administração do cassino acompanhados pelo responsável pela banca. Parecemos um casal, ele não me larga em nenhum momento e sua insistência para dividir o dinheiro comigo me emociona. A minha vó vai me matar, mas ao menos conseguiremos reformar a casa e eu posso guardar dinheiro para a pós graduação.

Quando voltamos para o cassino, o vinco na testa de Vincent voltou com tudo, ele estava irritado por nós não conseguirmos encontrar Antony e Michelle. Fiquei assustada, a Charlotte e o resto do pessoal sumiu, os telefones todos sinalizaram como fora da área. Michelle não iria me deixar sozinha se ela não confiasse que eu ficaria bem ao lado dele, ou iria?

Droga, estou em Vegas! Tudo de ruim pode acontecer aqui.

Vincent volta a se aproximar após encerrar uma ligação, alguém garantiu ter visto Antony no hotel, prefiro acreditar que Michelle esteja com ele, transando em algum lugar. E se for isso, espero que seja muito bom e ela se liberte dos seus traumas com sexo.

O convite para ir a suíte dele me assustou, não tem como garantir que ele não seja um maníaco, que não vá tentar abusar de mim, a partir do momento que eu ficar sozinha com ele.

Sua súplica para que eu subisse e seu olhar de cansado me convenceram, mas agora dentro do quarto o arrependimento bateu forte. Contudo o homem é um lord, se ofereceu a ficar no sofá para que eu ficasse a vontade na cama, eu não podia aceitar. Ele é enorme.

Recebo a roupa que ele me entrega antes de entrar no banheiro, com ele no banho, me visto rapidamente e olho por todo o quarto. Deixo o meu vestido e minha bolsa sobre o sofá, procuro um frigobar, pois estou com sede. Encontro um próximo a mesa, e tiro uma garrafinha de água gelada e tomo. Volto para o quarto e me deparo com ele saindo do banho. Seus olhos já estão mais cansados e eu nem sei qual movimento fazer.