Um Vampiro Nas Sombras

Cidade dos anjos

Tempest, Capital - 20 anos antes

A paz era certa na cidade celestial, tudo dentro da lei ninguém ousaria quebrar às regras alí absolutamente ninguém. Os anjos eram treinados para o combate e seus treinamentos vinham de eras, Natamiel era o mais novo soldado do grupo, porém todos tinham inveja dele, ele vinha da família dos arcanjos o que fazia dele um ser mais forte e de puro sangue. Mas, o que os outros anjos não sabiam era que Natamiel era mestiço e isso não o tornava de pura linhagem. Um segredo guardado a sete chaves. "Vejam só pessoal se não é o filhinho do rei deixando o conforto do seu palácio para se juntar ao treinamento em combate". Alguns anjos não gostaram nenhum pouco da presença dele ali, outros só mantiveram-se em silêncio enquanto admirava o jovem com suas asas cobertas de armaduras douradas. "Vejo que ainda não sabe manusear uma espada jovem príncipe!" Essa voz era conhecida aos ouvidos do Natamiel que logo teve uma expressão alegre em seu rosto de meio arcanjo. "Tânya? É você?" Ele responde com um sorriso de orelha a orelha ao rever a velha amiga. Suas pernas saltitavam, como às dos grilos ao som de música de verão. "Sim! Sou eu!" Responde curvando-se a sua alteza. "Tânya não é necessário!" Ele diz segurando no ombro dela, os outros anjos ainda continuavam a lhe encarar feio. Eles invejam a Tânya por ela ser amiga do filho do rei e por isso os anjos nunca a deixavam treinar com eles. Os anjos se curvaram assim que o rei surgiu ao campo de treinamento de Tempest. O silêncio foi mútuo e Tânya deu alguns passos curvando-se também. "Filho o que pensa que está fazendo? Volta para o palácio imediatamente." A voz do arcanjo rei cortou o ar atmosférico e um tom ensurdecedor. E nenhum anjo ousou encarar em sua face. "Eu quero treinar pai!" Responde o jovem príncipe com determinação." Não! Volte agora para o palácio!" Ordena aumentando ainda mais o tom.O silêncio foi a única coisa que permaneceu alí enquanto todos estavam de joelhos perante o rei, mantendo assim suas cabeças baixas. Natamiel não quis discutir, obedeceu o seu pai e alçou vôo rumo ao seus aposentos no palácio angelical. Tânya percebeu por um leve momento os olhos do rei arcanjo pairando sobre ela enquanto se mantinha curvada sobre ele. Em seguida escutou apenas o bater das asas gigantes do rei, o vento levantou do chão toda a poeira. Ninguém ousou se levantar até que o arcanjo já estivesse centenas de metros dali. Nenhuma palavra se ouviu a respeito do que acabara de acontecer, apenas olhares conformados com a situação. O rei sabia que seu filho não era bem vindo a arena e todos falavam mal dele por ser da linhagem dos arcanjos. Tânya foi o alvo dos anjos ali logo depois. "A protegida do príncipe!" Diz um outro anjo com uma cicatriz no rosto. "Aposto que já treparam pelos jardim sagrado do palácio real" retruca um outro. O que eles não sabiam era que esses insultos não iria intimidar a Tânya, apenas estava deixando ela com raiva. "Eu o desafio a lutar comigo aqui e agora!" Ela ergue sua espada desfiando o anjo que acabara de dizer tal coisa. Todos riram alguns acharam que fosse piada, mas ela bate sua espada em seu escudo sobrevoando no ar pairando alguns segundos enquanto a luz do Sol refletia a sombra de suas asas gigantesca no chão da arena. "Lute comigo covarde!" Grita enquanto serra os dentes. O anjo com certeza não pensou duas vezes, ele só não contava com a rapidez dela. No momento em que ele se preparava para pegar sua espada, Tânya rasgou o ar numa velocidade segurando sua espada com força, e arrancando fora uma das asas dele. Ela estava tão determinada a matá-lo que logo se virou rapidamente dando outro rasante, mas a ponta de sua espada foi de encontro ao escudo de um outro anjo que entrou na frente para defender seu amigo. Os gritos do anjo foi para além da arena e todos alí ficaram boquiabertos com o que viram. Sangue jorrou de uma da asas dele enquanto ela se debatia fora do corpo. A corda sempre quebra para o lado mais fraco, a notícia chegou aos ouvidos do rei naquela manhã. Tânya foi condenada a morte, Natamiel ficou sem chão quando soube que perderia sua melhor amiga para sempre. Ele suplicou ao seu pai que não a punisse que desse a ela outro castigo, mas foi inútil tentar pedir isso ao rei arcanjo.