Accident

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palavras: 1143 Leitor X Vinnie Hacker
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- Ok, amor, eu chego em 10 minutos. - você disse, para desligar da chamada e entrar correndo no supermercado -

Hoje sendo final da semana, você e Vinnie estavam finalmente de folga para entrelaçarem-se juntos no sofá espaçoso e comer sorvete enquanto assistem filme.

Então, ele te ligou pedindo para comprar o pote de sorvete, já que em casa não tinha. Agora, você está parada em frente ao freezer na dúvida em qual sabor levar. Flocos ou chocolate? Talvez amendoim, ou não, amendoim não se dá muito bem com seu estômago. Morango nem pensar, muito menos napolitano, baunilha sendo a terceira das opções até agora.

Já sem paciência para dúvidas, pegou chocolate. Que você e Vinnie gostam e comem na maioria das vezes. Você com o pote na mão, caminhou em direção ao caixa para pagar e poder correr para casa. Ainda mais que hoje (sendo bem raro) está nublado em Los Angeles, melhorando o clima para a tarde e noite de filmes.

Você parou atrás da senhora e esperou que ela passasse seu carinho lotado de compras, enquanto você só estava com o pote suado de sorvete nas mãos. Ela sorriu para você e você se pôs a retribuir, o coração aquecido pelo sorriso e gentileza da senhora.

Mas quando ela passou tudo, seu sorriso havia sumido e desespero estava estampado em seu rosto enrugado. Você franziu as sobrancelhas, para se aproximar e perguntar o que estava acontecendo. Ela disse, com tristeza na voz, que o marido não poderia buscá-la de carro e ela não poderia levar as pesadas sacolas sozinhas, pois não dava conta.

Isso te comoveu e sem pensar duas vezes, você ofereceu à ela uma carona. Feliz da vida e sorridente, a senhora que você descobriu o nome ser Lucia te esperava passar o sorvete para com sua ajuda, caminharem até seu carro.

Você retirou a chave da bolsa e destrancou o porta-malas, para colocar as compras lá.

- Entre. - você abriu a porta para Lucia e a mesma entrou agradecendo, com um sorriso, você foi para o lado do motorista e entrou também -

Com o carro já ligado, você encarou Lucia e perguntou:

- Agora, me diga onde a senhora mora.

Ela começou a explicar e vocês puderam seguir caminho.

[...]

Após um 5 minutos de carro, vocês chegaram na casa dela e realmente não era muito longe. 5 quarteirões, no máximo. Ela realmente não poderia levar tudo sozinha. Você ajudou Lucia a colocar as compras para fora e depois de muita insistência, ela te convenceu que poderia ir embora que conseguiria colocar as coisas para dentro sozinha.

Então você estava finalmente indo para casa quando Vinnie te ligou, agora já preocupado que os 10 minutos que você prometeu, se tornaram 25 minutos. Para não ter perigo, você parou o carro numa curva para outra rua, sem imaginar perigo nenhum ali.

Mas você não estava achando o celular enquanto o barulho continuava, começando a te estressar o barulho irritante. Até que você viu a tela brilhando embaixo do banco e se agachou para pegar o celular.

Só deu tempo de você gritar e proteger sua cabeça quando uma alta buzina se fez presente e um carro preparado para pular.

[...]

Ele estava andando de um lado para o outro, a pura confusão fazendo parte da sua mente. Porra. Ele não pode te perder. Não agora. Vocês ainda nem escreveram suas iniciais numa árvore qualquer, mas que depois seria um ponto importante para vocês. Vocês nem se quer casaram ainda. Nem se quer envelheceram ainda.

Com um suspiro, Vinnie sentou na cadeira da sala de espera e baixou a cabeça entre os joelhos, o espaço apertado parecendo reconfortante. Ele começou a orar. Pedir para quem quer que fosse o Senhor para te curar, não deixar você morrer e poder ter muitos filhos e gatos juntos. Pequenas gotas escorriam dos olhos dele, seu rosto agora acumulado em águas.

- Por favor, babe, sobreviva. Eu não posso suportar esse mundo terrível sem você.

Agora a culpa bate em seu peito. Talvez se não tivesse pedido para você comprar o maldito sorvete, você não estaria há mais de uma hora numa sala de cirurgia cheia de médicos tentando salvar sua vida.

Vincent tentou procurar ar quando o primeiro soluço veio, em seguida de outro e outro, para começar vários deles. Ele precisava ter calma, mas só de imaginar você num caixão, ele não suportaria.

Foi você quem o tirou do poço que parecia infinito, agora ele será posto lá novamente? Não, simplesmente não.

Ele respirou e parecia não haver motivo, mas você não está morta ainda, não é. Ainda há esperanças.

Após inúmeros minutos, uma moça baixinha apareceu e o viu de cabeça baixa. Ela suspirou e cutucou Vinnie, que levantou a cabeça depressa. O rosto molhado foi seco pelas mãos dele. Parecia envergonhado. Não gosta que o veem chorando.

- Você é o namorado da garota S/n? - a enfermeira perguntou, os olhos pequenos atrás do óculos encarando Vinnie -

- Sim. - ele respondeu, para ficar em pé com rapidez -

- Ela está na U.T.I, mas pode vê-la um pouco se quiser. - Vinnie apenas assentiu e seguiu a moça com ansiedade para ver você -

Eles entraram na U.T.I e Vinnie jura nunca sentir uma energia boa vinda desse lugar. É gelado e sem cor, como alguém doente. Eles pararam em frente o quarto 201 e lá estava a garota, um tubo dentro da sua boca, provavelmente para fazê-la respirar melhor.

- Será você quem passará as noites com ela? - a enfermeira perguntou, agora uma prancheta posta em seus braços -

Ele assentiu com a cabeça, encarando sua namorada que tem um machucado na boca, um corte na bochecha pálida e a cabeça enfaixada. Vinnie reprimiu um suspiro, aliviado e ao mesmo tempo triste. Ela está viva. Ele deveria agradecer, e não querer chorar de novo.

- Ela sofreu uma hemorragia no meio da cirurgia, por isso a tamanha demora. Se você reparar, na perna direita há uma faixa porque a barra de algo bem afiado perfurou ela, mas está tudo bem agora. Sua namorada sobreviveu, garoto. - Vincent deu um pequeno sorriso e agradeceu a enfermeira, para perguntar em seguida se poderia ficar sozinho com você -

A mulher assentiu e saiu do quarto concentrada em sua prancheta. O garoto então se aproximou mais da cama para puxar a poltrona branca e poder aproximar-se ainda mais de você. Com cuidado, ele pegou sua mão e a beijou, para aquecê-la um pouco da palidez e frieza de suas mãos.

Dois dias depois você acordou e depois de MUITAS promessas, Vinnie aceitou que você estava bem e que melhoraria logo, para o bem dele e seu.

Você não poderia menos. Ele realmente pensou que você fosse morrer (nunca para o desejo dele).

// voltaremos a rotina de postagem aos domingos. acho que começamos hoje com esse imagine :)

obg pelo 7k de leituras 💖

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