Kunais e sangue

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*S/n on*

Depois do encontro com Tobirama no jardim, fiquei trancada no meu quarto pelo resto do dia. 

Quando ele tirou a própria blusa e pediu para que eu batesse nele, pensei que o albino tivesse enlouquecido. Mas quando cedi, a cada golpe senti como se um parte da minha dor escapasse. Pouco a pouco, na mesma medida em que a pele do Senju ia ficando sensível e machucada, o luto revoltoso e tóxico ia deixando de me envenenar. 

Não totalmente, mas o suficiente para que eu sobrevivesse dentro da minha casca por mais algumas horas. Não sei o que fez Tobirama enxergar aquela necessidade em mim, o que o fez notar que o veneno precisava ser extraído. Muito menos sei porquê ele próprio sorveu daquela dor ao se deixar apanhar. Mas havia funcionado, eu estava um tanto mais leve. 

Mesmo assim, não quis sair do meu quarto até a tarde seguinte. Estava evitando qualquer contato com o Senju pois, ultimamente, sempre que estávamos perto as coisas acabavam intensas. 

Ainda conseguia lembrar nitidamente das sensações que meus dedos e a minha imaginação sobre ele causaram no meu corpo. Da intensidade dos orgasmos que eu tive ao invocar a lembrança dos lábios do Senju na minha pele. Em algum momento durante aquela madrugada, senti o chakra do Tobirama responder ao meu. Aquilo foi o meu fim. Absolutamente o meu fim. 

E agora, quase dois dias depois, só conseguia me convencer de que aquele momento de luxúria surreal não passara de uma consciência: eu estava me divertindo sozinha e calhou de Tobirama fazer o mesmo. Apenas isso. Um momento de loucura que nenhum dos dois parecia querer reconhecer que aconteceu.

E eu estava grata por isso. Se Tobirama dissesse qualquer coisa sobre as sensações do meu chakra, simplesmente não conseguiria achar uma resposta plausível...

Em algum ponto durante aquela tarde, cansei de encarar as paredes do quarto e resolvi sair. Eu ainda precisava arranjar uma forma de me libertar dos braceletes, precisava voltar para casa...

Corredores e corredores iguais. Não achava absolutamente nem um lugar novo, nem uma passagem para algum esconderijo no qual Tobirama escondesse algo útil. Quando já estava quase voltando, parei de frente para aquele corredor que eu evitava ir: o da sala de Butsuma. 

Passei direto pela porta do patriarca dos Senjus, não sem antes tentar espiar alguma conversa. Nada. Provavelmente a reunião diária deles aconteceria mais tarde. Então segui pelo largo corredor acobreado, testando uma ou outra maçaneta.

Apenas salas vazias e pequenas bibliotecas, um ou outro quarto de hóspedes empoeirado. Sobrou apenas uma. Num último suspiro de esperança, forcei a fechadura. Inicialmente não abriu, mas com um pouco mais de pressão, as dobradiças rangeram e a porta de madeira lustrosa se escancarou. 

Olhos sanguinários +18Onde histórias criam vida. Descubra agora