25- Vinte e cinco🦋

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Procuração do Jisung ~ dia 1

Hwang Hyunjin | POV

Acordo um pouco atordoado, e lembro que hoje é quinta-feira. Essa será a pior quinta de toda minha vida, sem sombra de dúvidas.

Levanto da cama sentindo um peso no meu corpo, apesar do banho relaxante de ontem eu ainda me sinto horrível. Por que quando tudo poderia estar dando certo alguma coisa acontece?

Passo direto pelo banheiro do meu quarto, saindo dele descalço, pois pouco me importa os cuidados ao meu corpo hoje.

Desço as escadas sem um pingo de pressa, cogitando tropeçar em um dos degraus dela para ver se sinto alguma dor que não seja essa no meu peito e conciencia.

Porém lembro que meu braço ainda está em recuperação, não posso sair caindo assim pelos cantos, se não vou acabar causando algum ferimento pior.

Ponho a mão no bolso do meu roupão, me surpreendendo pelo meu celular estar dentro dele, já que eu não costumo dormir com ele no bolso, e continuo andando desestimulado.

Chego na cozinha e abro a geladeira, tomando o primeiro líquido que se pôs em meu campo de visão, e acabo acertando um iogurte de ameixa que minha mãe compra para mim todos os meses por ser meu preferido, apesar de que eu mesmo possa fazer isso.

— Bom dia, príncipe da mamãe.— ouço a minha mãe dizer, aparecendo na cozinha com sua cadeira de rodas, levantando dela em seguida para se sentar em uma das cadeiras posta a mesa.

— Bom dia mãe, cuidado para não se forçar muito, já bastar ter que descer e subir as escadas para o seu quarto, deveria ter me chamado.— digo me sentando junto dela, na sua frente, me escorando em meu braço não machucado.

— Hyunjin, a gente tem rampa.— ela diz me encarando preocupada, e eu a olho confuso.

— Temos?— pergunto pendendo a cabeça para o lado, lembrando que tem duas formas de ir para o segundo andar da casa: a rampa e a escada.

Não sei mais como minha casa é.

— Você está péssimo mesmo.— ela diz e eu dou de ombros, me incomodando um pouco pelo machucado causado pelo tiro ainda estar recente e doendo.

— Não quero viver nem morrer hoje, preciso só existir.— digo tomando mais um pouco do iogurte, me sentindo melhor sem motivo algum.

Antes que minha amada mãe pudesse responder alguma coisa, meu celular começa a tocar, chamando a atenção de ambos, e mesmo não estando afim resolvo atender.

— Quem é?— pergunto pondo o celular perto do meu rosto, esperando alguém me responder.

— O Batman, bocó, quem seria?— Minho pergunta sendo irônico, e eu reviro os olhos por isso.

— Aproveita e vai atrás do Coringa, palhaço, o que tu quer?— pergunto de volta, ouvindo ele respirar fundo.

— Bom dia primeiro né.— ele diz esperando uma resposta, e eu apenas murmuro um bom dia— Então, vão começar a procurar o Jisung em campo daqui uma hora, eu já chamei o Jeongin e a Alex para ir, mesmo sendo perigoso, você sabe, e aí? Vem com a gente ou ainda não dá por conta do braço?— finaliza seu questionamento realmente preocupado comigo, e eu começo a fazer os prós e contras na minha cabeça.

— Se já vai todo mundo, o que eu vou ficar fazendo na delegacia sozinho, hipoteticamente? Eu vou, fuca tranquilo, meu braço foi muito bem cuidado, só não posso bater ele.— respondo convicto, e sinto que ele confirma.

— Okay, eu já estou na delegacia, a Heejin veio buscar a gente junto com o Jeongin, só falta você chegar.— diz me conscientizando da situação.

— Okay, chego em quinze minutos.— finalizo desligando a chamada, terminando de tomar meu iogurte enquanto minha mãe me encrenca curiosa.

— Precisa trabalhar mesmo machucado, meu príncipe?— ela questiona me encarando com os olhos marejados, fazendo eu me sentir um pouco mal.

— Eu vou ficar bem, mamãe.— digo a abraçando cuidadosamente, enquanto ela assente um pouco tristonha.

— Tome o maior e todo cuidado possível, por favor.— ela pede e eu confirmo, indo me arrumar após isso.

Hoje, temos muito o que fazer.

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Narradora | POV

Depois da junção de todos os responsáveis pela busca do Jisung ser feita, a divisão para vasculhamento em campo começou às nove da manhã, em diferentes viaturas e rotas.

Mesmo que juntos eles trabalhem bem, Alex e Minho foram em equipes separadas, mesmo que a função da mesma não seja procuração.

Em geral os grupos ficaram divididos em: Hyunjin, Alex e Jeongin em uma viatura, Minho e Felix, junto de outro policial, em outra; mais outros três policiais dos quais trabalham na policial de força.

Por não terem a real certeza de quem sequestrou o Jisung, todos já foram preparados para encarar de tudo, inclusive o pior, pois nada pode acontecer de surpresa, se não a perca seria maior.

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Na hora do almoço, quando todos começaram a sentir o peso da falta de força e estresse pelo nervosismo, todos pararam por um pouco afim de se alimentar, mesmo que a real fome seja inexistente e a vontade também seja, já que suas mentes estão focadas em achar seu amigo e colega de trabalho.

Enquanto toda essa tensão se apossa dos policiais e detetives da principal delegacia de Seul, Jisung continua em sua paralela realidade com Yeji e seu irmão mais novo, que põe constantemente em risco os planos do pai, que nem mesmo lembra que o filho estava vindo para o país.

Niki tem um olhar, jeito e ações inocentes, o que deixa Yeji tensa, pois seu medo momentâneo é que Jisung desconfie de algo por conta das ações dela perto do irmão mais novo serem diferentes, que não faz ideia do que está acontecendo.

Nas contagens de Yeji, Jisung a partir de agora pode simultaneamente lembrar de algo e se por indiferente sobre ela, que está cada vez mais esgotada por estar agindo contra suas reais vontades.

O que ela não espera, é que algo a surpreenda simultaneamente, pois agora tudo pode acontecer, assim como nada também está em cogitação.

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Soulmates, When The Truth Comes | Hwang + YangOnde histórias criam vida. Descubra agora